Fomos em busca de algumas memórias do Românico.

Uma viagem inspiradora a “lugares com História, amadurecida em terra forjada de verde, repleta de saberes e sabores”.

“…O território da Rota do Românico é uma das regiões onde o regime senhorial mais se fez sentir. A maior parte das terras pertencia a nobres (honras) e extensas áreas eram administradas por mosteiros (coutos). As pessoas que ali trabalhavam ou viviam estavam também sujeitas à jurisdição dos seus senhores, nobres ou religiosos”.

Pela N101 seguimos até à terra onde Nasceu Portugal e dali pela mesma estrada seguimos até ao desvio para a M563, que nos conduziu à primeira paragem da viagem, o Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro.

Santa Maria de Pombeiro foi um dos mais importantes mosteiros beneditinos do Entre-Douro-e-Minho, tendo sido fundado por D. Gomes Echiegues e sua mulher Gontroda, em 1102.

Havendo necessidade de melhor compreender toda a envolvente, decidimos ir pela M562, pela N207-1 e pela M605 até ao Centro de Interpretação do Românico.

O Centro de Interpretação é uma belíssima obra de engenharia, composta por 7 torres unidas entre sí por uma estrutura de madeira e vidro,  que abriu ao publico em 2018 e, de forma muito simples e intuitiva, explica as origens do românico pelas zonas dos vales do Sousa, Douro e Tâmega.

Excelente lugar que merece uma visita tranquila.

A visita apresenta um custo de 3 euros por pessoa e, se optarmos por conhecer o Centro Interpretativo da Escultura Românica acresce mais 1 euro, no bilhete combinado.

Neste local, que superou largamente as nossas expectativas, ainda nos foi oferecido um mapa, um passaporte e uma documentação relativa a cada um dos 58 monumentos que compõem a rota.

Desconhecíamos a existência de um passaporte para estas zonas contudo este apresenta algumas particularidades. 

A título de exemplo refere-se que, para ser carimbado, temos de responder a uma pergunta sobre o monumento. 

É interessante pois obriga-nos a estar mais atentos, a sermos mais perspicazes e aumenta a nossa cultura sobre cada local visitado.

Depois de “bebermos” toda esta cultura que o nosso Portugal nos apresenta, fizemos-nos novamente à estrada, por percursos secundários que nos conduziram ao Mosteiro de São Pedro de Ferreira.

A Igreja do Mosteiro de São Pedro de Ferreira é um dos mais expressivos monumentos do românico português.

E, porque nem só de cultura vive o homem, decidimos fazer uma pausa para o almoço. 

Tínhamos planeado experimentar o bacalhau do restaurante Cozinha da Terra mas... não conseguimos marcação. Estava fechado para um evento privado.

A opção alternativa foi um pic-nic em Briteiros.

O parque de merendas é excelente e oferece todas as condições necessárias.

Como registo fica ainda o fato de neste local existir o Moto Clube Amigos do Arpanho.

Reposta as baterias, seguimos pela N106 e posteriormente pela N306 que nos levou ao Centro de Interpretação da Escultura Românica.

Local muito interessante e que nos dá uma visão de como a engenharia românica foi colocada em prática em Abragão.

Seguindo por estradas secundárias em direção a Norte passámos pela Igreja de Vila Boa de Quires e chegámos a uma obra inacabada mas de uma beleza impar.

Há monumentos que, inacabados, são obras de arte repletas de história e autenticidade. 

A Casa do Fidalgo, que data do século XVIII, é considerada uma das mais imponentes fachadas barrocas da arquitetura Portuguesa e está classificada como Imóvel de Interesse Público

Um local perfeito para um filme de mistério e terror!

Uma obra encantadora e envolvida em mistério!!!

É importante visitar este local e reservar algum tempo apenas para o contemplar.

Continuando pela M1245 em direção a Norte, decidimos que estava na hora de regressar a casa. 

A poucos quilómetros da Casa do Fidalgo há um nó da A4 que, em 40 minutos, nos transportou até ao nosso destino.

E foi assim mais um passeio de Mototurismo por estradas de Portugal.

Foi um bom passeio de moto.

Boas curvas e até breve.

Referências históricas em  https://www.rotadoromanico.com/pt/