Passeio de Moto ao Alentejo

2018 04

Este fim de semana o S. Pedro teve pena de nós e deu-nos tréguas…..

Pelo que se falava e pelo que se ouvia….tivemos sorte e fugimos literalmente da chuva.

Não há dúvida que o Alentejo na Primavera tem um encanto especial.

Esta província foi a escolhida para um fim de semana prolongado, onde o prazer da estrada acontece quando se viaja em 2 rodas.

 De Braga saímos com o objectivo de ir até Ponte de Sor e durante o percurso vimos motards de todos os géneros e feitios. 

Desde um avantajado grupo de Harlistas, que se deslocavam a boa velocidade para Cadiz, passando por outros grupos de motos menos elitistas, que se dirigiam para Marrocos, vimos um pouco de tudo.

Durante o percurso decidimos parar no famoso castelo de Almourol onde há sempre lugar para uma fotografia da praxe e aproveitou-se para descansar um pouco o esqueleto.

Seguindo pela N118 fomos até aos arredores de Abrantes e descemos ate Arraiolos, fazendo uma escala técnica naquela que é a terceira maior cidade do Distrito de Portalegre,   Ponte de Sor.

Ponte de Sor tem um Centro de Artes e Cultura que exibe um painel de rolhas de cortiça, registado no Guiness Book of Records, com 157,12 m2, da autoria de um Albanês.

Para além disso ainda se pode apreciar uma antiga fábrica de arroz, bem como uma exposição de fotografia.

Foi uma agradável surpresa. Recomenda-se a visita.

De Ponte de Sor a Arraiolos, optámos pela N370.

A paisagem é digna de registo e passa por Avis e pela Barragem do Maranhão, levando-nos a Arraiolos.

Arraiolos é sempre um local interessante, onde o tempo teima em não passar.

Descemos até Évora onde uma pausa fazia parte do percurso, anteriormente delineado, e dali a Albernoa.

A paisagem é tipicamente Alentejana e nesta altura do ano,  apresenta um toque especial.

Am Albernoa fica a Herdade do Grous onde o magnífico repasto teve lugar

Ao outro dia, de Albernoa, fomos até às minas de Lousal.

Optámos pela estrada que passa na Barragem do Roxo e que nos leva a Ferreira do Alentejo, passando por Ervidel. 

Os campos circundantes estão com umas cores únicas e magníficas.

Lousal é um local interessante de conhecer pois tem o Centro de Ciência Viva onde podemos ficar a conhecer um pouco melhor a realidade da extracção das pirites.

Daqui saia o minério que, depois de processado, era a matéria prima para os abudos da SAPEC.

Devido à crise da extracção do enxofre, originada pela indústria petrolífera, a mina encerrou as suas portas nos anos 80.

Do Lousal lá fomos até à cidade onde nasceu Vasco da Gama. A cidade de Sines.

Do que vimos, Sines é uma cidade com pouco interesse. 

É uma cidade com muito pouco movimento, nesta altura do ano, e a paisagem é descaracterizada pelas tubagens das centrais térmicas e petrolíficas, onde o cheiro é demasiado intenso para o comum dos mortais.

Em Sines pernoitámos e o Cais da Estação foi o local onde decidimos ir jantar.

O prato mais afamado é o arroz de lingueirão com choco frito e, sem dúvida, para quem gosta destas iguarias é algo imperdível.

O Chef esteve irrepreensível e nós à altura.

 Após mais um descanso seguimos pela costa alenteja.

Feita uma pausa técnica no Restaurante D Bia, imperdível para os amantes de peixe e mariscos, rumamos até ao ferry que liga Troia a Setúbal.

Apesar de ser caro, justifica a viagem pois o destino seguinte era o Cabo Espichel e poupou-se muitos km e cansaço.

Para conseguirmos o objectivo, pela Serra da Arrábida seguimos. 

A viagem de moto é deslumbrante.

Visitado o Cabo era tempo de ir para casa.

Optámos por apanhar a autoestrada perto da Ponte Vasco da Gama e, umas horas depois, chegamos ao local onde a odisseia teve o seu início.

 

E foi assim mais um passeio de Mototurismo por estradas de Portugal

 

Boas curvas e até breve.