HIV

Conceito

O vírus da imunodeficiência humana (HIV) apresenta um amplo espectro de manifestações clínicas desde a fase aguda até a fase avançada da doença. Em estágios avançados, as infecções oportunistas e neoplasias são comuns, o que caracteriza a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).

A gestante deve ser orientada sobre a importância da testagem no pré-natal e os benefícios do diagnóstico precoce, tanto para o controle da infecção materna quanto para a prevenção da transmissão vertical.

Testagem na gestação (teste rápido ou laboratorial)

- preconizada na 1ª consulta de pré-natal, idealmente no 1º trimestre;

- no início do 3º trimestre (a partir da 28ª semana);

- no momento do parto ou em caso de aborto e natimorto;

- exposição de risco;

- violência sexual.

Transmissão vertical

O risco de uma gestante infectada, não tratada, transmitir o vírus para a criança é de 25 a 30%. A taxa de transmissão vertical do HIV é inferior a 1% em gestantes em uso de antirretroviral que mantêm níveis de carga viral-HIV abaixo de 1.000 cópias/mL, sendo, portanto, muito baixa quando a carga viral estiver indetectável.

Formas de transmissão: intraútero, no momento do parto e durante o aleitamento.

Sorologia para HIV reagente ou teste rápido positivo

- A gestante deve ser encaminhada para serviço de pré-natal de alto risco e infectologia (SAE - Serviço de Atenção Especializada) ;

- Manter seguimento do pré-natal na Atenção Básica;

-A terapia antirretroviral está indicada para toda gestante infectada pelo HIV, independentemente de critérios clínicos e imunológicos, e não deverá ser suspensa após o parto.

- Manter o uso de preservativo peniano ou vaginal nas relações sexuais, protegendo-se de sífilis e outras IST.

Via de parto

- Carga viral desconhecida ou maior que 1.000 cópias/mL após 34 semanas de gestação: cesariana eletiva na 38ª semana.

- Gestantes em uso de antirretroviral e com supressão da carga viral sustentada, caso não haja indicação de cesárea por outro motivo, a via de parto vaginal é indicada.

- Orientar a gestante que no momento da internação é possível que seja administrado AZT;

- Não é necessário uso de AZT EV naquelas gestantes que apresentem CV indetectável após 34 semanas de gestação e que estejam em TARV com boa adesão. Entretanto, independentemente da CV, se houver história de má adesão à TARV, a equipe de assistência pode eleger ou não o uso do AZT intraparto.

Puerpério

- As mulheres HIV positivas deverão ser orientadas a não amamentar;

- A puérpera HIV positiva deve ser informada e orientada sobre o direito a receber fórmula láctea infantil.

- O seguimento do tratamento deverá ser continuado no SAE.