Plano de Parto

O plano de parto retrata um novo momento na obstetrícia, no qual se observa um empoderamento das mulheres e o resgate do seu protagonismo no trabalho de parto e parto. É recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e tem sido cada vez mais utilizado nas maternidades.

O plano de parto é uma carta de intenções, na qual a gestante declara qual é o atendimento que espera para si e para o seu bebê, durante o processo de nascimento, destacando quem vai estar presente, quais são os procedimentos médicos que aceita e quais prefere evitar, como prefere passar pelas diversas fases do trabalho de parto e como gostaria que seu bebê fosse cuidado após o nascimento.

Para que a gestante elabore seu plano de parto durante o pré-natal, ela precisa ser estimulada a estudar sobre o parto e receber informações de fontes atualizadas de pesquisa. É importante orientar livros, sites, vídeos, grupos de apoio às gestantes e fornecer suporte para as dúvidas e questionamentos. Alguns pontos relevantes devem constar no plano de parto, tais como:

● Presença de acompanhante por livre escolha;

● Liberdade de movimentos durante o trabalho de parto;

● Liberdade de posição para o nascimento;

● Não realização de procedimentos desnecessários, tais como amniotomia, episiotomia, lavagem intestinal, tricotomia;

● Uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor;

● A presença da doula durante o trabalho de parto e parto;

● Clampeamento oportuno do cordão umbilical;

● Contato pele a pele após o nascimento;

● Aleitamento materno na primeira hora de vida;

● Contracepção pós-parto - Dispositivo intra uterino (DIU), se assim, a mulher desejar;

O plano de parto desempenha papel relevante em uma atenção humanizada ao parto. Ele ajuda a mulher a fazer suas verdadeiras escolhas e consiste numa importante ferramenta na preparação para o nascimento, resgatando o poder e a liberdade de parir das mulheres. A presença das doulas na cena de parto pode contribuir para uma experiência menos dolorosa, com mais acolhimento e apoio emocional. Desde 2002 o Recife possui um projeto de Doulas voluntárias que atuam nas Maternidades Barros Lima, Bandeira Filho e Arnaldo Marques. O Hospital da Mulher desde que foi inaugurado também conta com a presença de doulas em um projeto semelhante.