KV Mini

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Nascido para substituir o modelo Solyto, o KV Mini foi lançado em janeiro de 1970 com motor de 125 cm³ e opção de cores verde metálico e cinza metálico. Apresentava várias características únicas, como o motor, projeto próprio da KV que contava com ignição eletrônica (adotada no Solyto em 1965, e que na época só era presente na Fórmula 1), e que podia girar nas duas direções, bastando para isso ativar um seletor no painel. Além disso, o sistema de transmissão era no mínimo exótico, um sistema continuamente variável também desenvolvido pela própria KV para o Solyto, baseado em correias Polly-V (semelhante ao usado pela DAF na época) que transmitia força para as rodas através de rolos de borracha pressionados contra os pneus (conceito semelhante ao de alguns brinquedos em parques de diversões, onde uma roda de automóvel transmite movimento do motor para o brinquedo através do contato com outro elemento circular). Inicialmente este sistema contava com um kit para ajuste da tensão de contato entre os rolos e pneus, mas esse sistema foi abandonado em prol de um sistema não-ajustável de mais fácil operação. Era possível também comprar um kit, o único opcional do modelo, para utilização em terreno com neve, que consitia de lâminas raspadoras instaladas próximo as rodas traseiras para evitar o acúmulo de neve nos rolos de transferência.

Dois modelos Mini 1. À direita um modelo ano 1973 e a esquerda um fabricado em 1982, já com a marca KVS.

O unusual trem de força do KV Mini combinava um um motor que podia girar em ambos os sentidos a uma transmissão CVT por correia com transmissão do movimento por contato direto.

Em 1975 o carro passou a ser comercializado sob a marca KVS, o S vindo de Joseph Spalek (responsável pela transmissão CVT e pela adoção da ignição eletrônica), que adquiriu parcela moajoritária da empresa naquele ano. Ainda foram desenvolvidos uma pequena evolução, o Mini 2 (vendido nas versões P, S, L, B, LS, SL e BL) e a versão Gad'Jet, com motor de 49 cm³. A década de 80, no entanto, viu uma redução na procura de microcarros que não exigiam licensa na França, o que levou Spalek a decisão de encerrar a produção do Mini em 1989, após cerca de 2000 unidades produzidas.

Ficha Técnica

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