0042 CAMADAS IÔNICAS E SUA DINÂMICA
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acima do solo, é composta de íons positivos, negativos e elétrons. A Ionosfera é influenciada
pelos raios cósmicos e caracterizada pela baixa perda de elétrons por fenômenos
de transporte. Sua detecção foi inicialmente a partir de medições de densidade eletrônica
realizadas por foguetes e por sondagem em VLF [12]. Outra característica é a absorção
de ondas de rádio. Acima da camada C, existe outra região conhecida por camada D. Se
localiza em altitudes a partir de 60 km e 90 km. Em função de sua altitude, se sobrepõe
algumas vezes à camada C, isso dificulta a identificação de ambas. Na região, a atenuação
de RF, é causada pela alta densidade de elétrons-livres gerada pela radiação solar
[19]. Processo semelhante ao que ocorre com a camada C, que é pronunciada durante o
dia. À noite, a ionização cessa, e consequentemente a atenuação também. A região E /“E
esporádica”, localiza-se acima da camada D e embaixo da F, a altitude média é entre 80 e
100 até 140 km. Semelhante à camada D, se forma e se mantém durante o dia, à noite se
dissipa.
Em algumas ocasiões, dependendo das condições de vento solar e energia absorvida
durante o dia, a camada E pode permanecer esporadicamente à noite, quando
isto ocorre é chamada de camada E Esporádica. Esta tem a particularidade de ficar mais
ativa quanto mais perpendiculares são os raios solares. [1, 19]. A região F, durante o dia
se divide em duas camadas, F1 e F2 (Figura 9). Em certas épocas do ano e próximo ao
equador terrestre surge uma camada F3. A camada F1 está acima da camada E, e abaixo
da camada F2, entre 100 km a 140 km até aproximadamente 200 Km. A camada F2 está
entre os 200 e 400 km de altitude. É o principal meio de reflexão das ondas de rádios que
dependem da ionosfera para se propagar. Na região F, a camada F3, quando se forma,
está numa altitude aproximada de 500 km a 700 km, ocorre geralmente ao amanhecer a
aproximadamente 170. de latitude, aparece ao Norte e ao Sul do Equador Magnético.
Para elementos que compõe a atmosfera, à exceção do hidrogênio, ocorre um
acréscimo da densidade em grandes altitudes. Estudos apontam que na região onde se
encontram os prótons aprisionados pelo campo geomagnético ocorrem variações importantes
da densidade atmosférica em altas altitudes [12, 19].
É perfeitamente conhecido que o fluxo de partículas muda de comportamento
conforme se altera o ciclo de atividade solar. Ao descrever o fenômeno do movimento
oscilatório e o deslocamento longitudinal, a combinação dos dois movimentos obriga as
partículas formar uma espécie de “nuvem”. Esta se desloca em grandes altitudes, e, em
(c) Ângelo Antônio Leithold. py5aal