QUARTA PARADA

A PRODUÇÃO DO CAFÉ

O QUE VAMOS CONHECER NA QUARTA PARADA?

  • O CAFÉ SOLÚVEL

  • A CIA. CACIQUE DE CAFÉ SOLÚVEL

  • O CAFÉ PELÉ

  • MEMORIAL HORÁCIO SABINO COIMBRA

  • IBC - INSTITUTO BRASILEIRO DO CAFÉ

  • O CAFÉ ATUALMENTE

  • IAPAR - PROGRAMA CAFÉ

O CAFÉ SOLÚVEL

Nas décadas de 1950 e 1960 registrou-se a redução da participação do café brasileiro no mercado internacional, resultando na inserção do café robusta africano, o qual, solubilizado, proporcionava elevado rendimento em xícaras.

No Brasil, desde 1953 fabricava-se café solúvel em pequena quantidade, mas desvinculado da exportação. Após estudos, chegou-se à conclusão de que a produção desse tipo de café deveria ser incentivada.

A CIA. CACIQUE DE CAFÉ SOLÚVEL

Em 1958, após alguns anos de estudos, a Cia. Cacique de Café Solúvel foi instalada e entrou em operação. Sua implantação deu-se por Horácio S. Coimbra e pelo Banco Nacional do Paraná e Santa Catarina, fundado em Londrina.

Os anos seguintes foram ótimos para o setor por causa dos baixos preços de aquisição de matéria-prima e da existência de grandes estoques de café que estavam parados pois não se enquadravam nas exigências para a exportação, mas que eram excelentes para a produção do solúvel.

Fonte: Pozzobon, Irineu. A epopeia do café no Paraná. Londrina. 2006.

Fachada da Companhia de Café Solúvel Cacique, fotógrafo Yutaka Yasunaka.- Acervo Museu Histórico de Londrina.

Foto: Museu Histórico de Londrina

Foto: Museu Histórico de Londrina

Foto: site oficial

O café solúvel Cacique está presente em mais de 70 países com mais de 65 produtos.

Possui aproximadamente 1100 colaboradores.

O slogan da empresa era "jogue fora o coador".

Foto: Museu Histórico de Londrina

O CAFÉ PELÉ

Em 1970, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, assina contrato para utilização de seu nome e de sua imagem, nascendo assim o Café Pelé.

Inicialmente era comercializado torrado e moído e, posteriormente, solúvel, tanto no mercado interno como no mercado externo.

Foto: Museu Histórico de Londrina

MEMORIAL HORÁCIO SABINO COIMBRA

No dia 07 de setembro de 1997 foi inaugurado, na entrada da Cia. Cacique de Café Solúvel, o Memorial Horácio Sabino Coimbra.

O mural artístico em homenagem ao fundador da companhia mostra a rota do café, desde seu plantio, colheita, industrialização e embarque nos navios.

Foto por Douglas Estevam - Agora Londrina

IBC - INSTITUTO BRASILEIRO DO CAFÉ

Fonte: Pozzobon, Irineu. A epopeia do café no Paraná. Londrina. 2006.

Entidade autárquica, jurídica, patrimônio próprio e com autonomia para amparar e defender a produção e o comércio de café, regular o escoamento e a oferta nos diversos mercados, retirar as sobras ou fazer estoques estratégicos.

No Paraná, o IBC mantinha sua estrutura de comercialização composta por três agentes - Londrina, Maringá e Curitiba. Também possuía no Estado 50 armazéns.

Além de estocar e supervisionar a compra de café, o IBC também possuía uma rede de assistência técnica para ajudar nas lavouras.

Fonte: Pozzobon, Irineu. A epopeia do café no Paraná. Londrina. 2006.

Atuou até o ano de 1990 e depois os armazéns foram sendo cedidos para a instalação de pequenas indústrias e para o armazenamento de outros produtos.

Trabalhador descansando entre sacos de café na sede do IBC, provavelmente década de 1970. Acervo Museu Histórico de Londrina.

Trabalhador do IBC realizando contagem de sacas de café, provavelmente década de 1970. Acervo Museu Histórico de Londrina.

O CAFÉ ATUALMENTE

A cafeicultura paranaense é composta por aproximadamente 8 mil produtores rurais, sendo que 85% destes exploram a atividade em regime de agricultura familiar!

A produção está hoje concentrada nas regiões do norte pioneiro, norte novo, centro-norte e noroeste do estado, sendo o norte pioneiro a região com maior número de unidades produtivas.


A erradicação de áreas improdutivas, a renovação de talhões e a necessidade de adoção de tecnologia mecanizada são os principais fatores que motivaram a redução da área do café no Paraná, que hoje conta com 40 mil hectares.

Contudo, com a tecnologia, o café continua sendo uma ótima opção de renda para os agricultores familiares.

Atualmente, a produtividade média é de 27 sacas por hectare, abaixo do ponto de equilíbrio e abaixo do potencial produtivo.

Fonte: IAPAR - Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná

IAPAR - PROGRAMA CAFÉ

O Programa Café iniciou suas atividades em 1973, tendo como objetivo principal o desenvolvimento de tecnologias para o controle da principal doença do café: a ferrugem alaranjada.

Ainda na década de 1970, foram iniciadas as pesquisas para amenizar os danos provocados pelas geadas e o desenvolvimento de tecnologias para viabilizar o cultivo de café no sistema adensado. Além disso, foram desenvolvidas tecnologias relacionadas ao manejo da fertilidade do solo.

Na década de 1980, foram iniciadas pesquisas voltadas para o controle da bacteriose mancha aureolada e do inseto broca-do-café.

Na década de 1990, foram iniciadas pesquisas voltadas para o desenvolvimento de cultivares com resistência ao inseto bicho-mineiro.

Na década de 2000, foram iniciadas pesquisas mais intensas voltadas para a qualidade da bebida.

Foto: Bem Paraná

Foto: Consepa - Conselho Nacional das Entidades Estaduais de Pesquisa Agropecuária

Novas linhas de pesquisa também foram criadas, para solucionar problemas atuais: mudanças climáticas (calor e seca), falta de mão-de-obra, demanda por cafés especiais e o surgimento ou agravamento de novas pragas e doenças.