SEGUNDA PARADA

DISTRITO DE WARTA

O QUE VAMOS CONHECER NA SEGUNDA PARADA?

  • O INÍCIO

  • IMIGRAÇÃO POLONESA

  • POR QUE O NOME WARTA?

  • GRUPO ESCOLAR DA WARTA

  • PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO

  • CULTIVO DO CAFÉ NO PARANÁ

  • EMBRAPA

O INÍCIO

A Warta é o único distrito que fica ao norte da cidade de Londrina.

Foto atual da Warta por Rodolfo Gaion e Carlos Eduardo

Em 1932, graças as propagandas da Companhia de Terras do Norte do Paraná (CTNP), o polonês Eduardo Cebulski, que vivia em Blumenau-SC, tomou conhecimento da cidade que aqui nascia e resolveu vir conhecê-la.

Eduardo ficou tão entusiasmado com o que viu e ouviu que retornou para Santa Catarina e convidou diversas famílias residentes da colônia polonesa de Pinheiro para se mudarem para o local que havia conquistado seu coração.

IMIGRAÇÃO POLONESA

A imigração polonesa, assim como a dos tchecos, russos, ucranianos, alemães, italianos e japoneses, se deu principalmente graças à Companhia de Terras do Norte do Paraná (CTNP), que fez uma grande propaganda das terras londrinenses e do desenvolvimento da cidade.

Contudo, alguns poloneses chegaram em terras paranaenses antes mesmo da CTNP. Jerônimo Durski é considerado o primeiro polonês a fixar residência no Estado do Paraná, por volta do ano de 1863. No ano de 1938, com a formação das duas colônias polonesas do Paraná (Warta e Gleba Orle), o número de poloneses no Estado chegou a 100 mil pessoas.

Para os estrangeiros, foi difícil se adaptar aos diferentes aspectos da vida na cidade que se formava, como a terra vermelha, o novo idioma, o clima e o novo estilo de vida. Mas muitos descendentes continuaram aqui ou estão espalhados pelo Estado nos dias de hoje: atualmente, no Paraná, a população de descendência poloneses constitui cerca de 10% da população residente do Estado (cerca de 8,5 milhões de habitantes).


Fonte: Revista de Reflexão Brasil - Polônia (POLONICUS). 2016.

POR QUE O NOME WARTA?

O nome foi escolhido em uma reunião feita com os moradores da região na época, que se sentaram em uma grande peroba que acabara de ser derrubada. Foi João Langowki (comerciante) quem deu a ideia.

GRUPO ESCOLAR DE WARTA

Acervo Museu Histórico de Londrina

Acervo Museu Histórico de Londrina

Com o crescimento da localidade e a chegada de novas famílias era preciso pensar na educação das crianças dali.

Foi a CTNP que doou o terreno para a construção da primeira escola, que foi feita em madeira serrada à mão. Para levantar o dinheiro para a construção foram organizados bailes e mutirões.

A escola possuía uma grande sala, uma biblioteca e um palco para apresentações, além das acomodações para a família do futuro professor. As primeiras professoras foram Helena Werpachowska e Bogdana Tamara Werpachowska, mãe e filha, que lecionavam português e polonês.


Em 1953, o deputado Edwino Tempski foi até a Warta e, vendo o tamanho do progresso, solicitou ao prefeito Hugo Cabral a construção de um grupo escolar, e assim surgiu o primeiro Grupo Escolar da Warta, construído em alvenaria, no local da antiga escola.

Eduardo Cebulski foi escolhido como patrono do local.

Acervo Museu Histórico de Londrina

PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO

Em 17 de fevereiro de 1957, o Bispo Dom Geraldo Fernandes, em visita a Warta, sentiu a necessidade da criação da Paróquia Santo Antônio.

Foto dos anos 1960, onde pode-se ver a praça e a Paróquia Santo Antônio. Acervo Museu Histórico de Londrina.

A religião era um fator muito importante para os imigrantes poloneses, e, por isso, a primeira missa ocorreu já em 1936.

Com o crescimento da comunidade a construção de uma igreja tornou-se necessária. Ficou pronta no ano de 1957.

Também foi construída uma capela lateral onde destaca-se os dizeres (em polonês e em português): "Aos valorosos pioneiros, que com espírito cristão e sob as bênçãos de Nossa Senhora de Czestochowa colonizaram essa terra, a homenagem de Warta".

Foto por Wilton Miwa

CULTIVO DO CAFÉ NO PARANÁ

O registro do primeiro plantio de café no Paraná data de 1884, com 4 mil pés de café, as margens do rio Cinza, na conhecida Colônia Mineira (hoje Tomazina). A região do Norte do Paraná, que ficou conhecida como "eldorado", "paraíso da terra roxa" e "terra da promissão", por causa da fertilidade do solo, teve como ponto principal Londrina, e foi responsável pelo crescimento do cultivo do café no Estado.

Fonte: Pozzobon, Irineu. A epopeia do café no Paraná. Londrina. 2006.

As relações de trabalho no cultivo do café:

Colonato: O "Colono", junto com sua família, recebia uma remuneração fixa para manter limpa a lavoura e prepará-la para a colheita, e outra remuneração relacionada ao número de sacas de café colhidas.

Parceria: O Parceiro, também chamado de "Porcenteiro", era remunerado por porcentagem de produção.

Empregado Mensalista: Trabalhador rural contratado pela fazenda para executar trabalhos.

Volante: Trabalhador diarista, contratado para serviços de urgência e reforço de trabalho em épocas de maior demanda.

Fonte: Pozzobon, Irineu. A epopeia do café no Paraná. Londrina. 2006.

Foto por Armínio Kaiser

Acervo Museu Histórico de Londrina

Acervo Museu Histórico de Londrina

A Colheita se processava entre maio e agosto. Nos primeiros anos, por causa da grande fertilidade do solo, não se adubava. A produção era influenciada pelo ciclo bienal - uma safra elevada sucede uma seguinte de menor volume (esse comportamento está associado ao sistema de cultivo adotado no Brasil, a pleno sol).

Acervo Museu Histórico de Londrina

Para o trabalho com o café, existiam os seguintes trabalhadores:

Fazendeiro: Renda da produção e usa mão de obra assalariada.

Sitiante: Tem seu rendimento básico na atividade agrícola em pequenas propriedades.

Comerciante/Maquinista: Compravam o café em coco, beneficiavam, preparavam, ensacavam e vendiam.

Ensacador/Saqueiro: responsável por transportar as sacas de 60 kg de café na cabeça.

Catadeira: Examinavam os grãos, separando manualmente seus defeitos.

Corretor: ligava o produtor individual ao comprador.

Fonte: Pozzobon, Irineu. A epopeia do café no Paraná. Londrina. 2006.

Foto por Armínio Kaiser

Acervo Museu Histórico de Londrina

Foto por Armínio Kaiser

Acervo Museu Histórico de Londrina

EMBRAPA

Foto: site oficial Embrapa

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi criada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 1973, para desenvolver a base tecnológica de um modelo de agricultura e pecuária genuinamente tropical.

A Embrapa Soja é uma das 43 unidades de pesquisa da Embrapa e está localizada na Fazenda Santa Terezinha, no Distrito de Warta. A fazenda possui 350 hectares, sendo 35 referentes à área de preservação ambiental, e o restante em campos experimentais.

HISTÓRIA DA EMBRAPA SOJA

Em 1975, a Embrapa Soja instalou-se junto à Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar), órgão do governo do Estado do Paraná, e mudou-se para junto do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) no mesmo ano.

Somente em 1989, a Instituição ganhou sede própria: uma fazenda experimental de 350 hectares, localizada no Distrito de Warta, onde permanece até hoje.

Sua fundação em 1975 tinha o propósito de desenvolver tecnologias para a produção de soja no Brasil, tornando-se referência na pesquisa da cultura de soja em regiões tropicais (até 1970, os plantios comerciais de soja no mundo restringiam-se à regiões de climas temperados e subtropicais).

A Unidade também é responsável pelo Programa Nacional de Girassol para todo o território nacional e pela pesquisa do trigo, desenvolvida em parceria com a Embrapa Trigo (em Passo Fundo - RS) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná - IDR-PR para o Estado do Paraná.

Foto: site oficial Embrapa

Foto: site oficial Embrapa