G 4A

PARECER DESCRITIVO DO 2° SEMESTRE DE 2021

NEIM CAETANA MARCELINA DIAS

PARECER DESCRITIVO DO

2° SEMESTRE DE 2021

GRUPO IV-A



FLORIANÓPOLIS, DEZEMBRO DE 2021

PROFESSORAS: Sandra Mara Machado - Prof. Regente

Adriana Julia Melo Barbosa- Aux. Sala

Salai Medeiros Machado- Aux. Sala

Shirley Maria Lima Vieira da Silva - Prof Aux Ensino

Maria Clara Soares - Prof. Ed. Física


“ É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar.

E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera.

Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir!”

Paulo Freire



E chegamos ao final de mais um ano com o desejo (e esperança) de que o próximo nos traga os encontros, alegrias, abraços apertados e descobertas que não foram possíveis devido ao medo e as restrições que a pandemia nos trouxe.

Nesse período, mesmo distante de vocês, nos debruçamos para encontrar formas de chegar a cada casa, a cada família e a cada coração e foi assim que surgiu o projeto: Vamos ouvir uma história? que devido a avaliação positiva das famílias foi estendido até o fim deste ano. Nesse projeto, a cada livro escolhido, a cada narração, cada uma de nós se doou ao máximo para que pudéssemos agradar de alguma forma as nossas crianças e contribuir assim para o seu desenvolvimento e ampliação da linguagem, seja ela oral, escrita ou visual.

Conhecemos juntos as mais diversas histórias: falamos sobre passarinhos, sobre o grande rabanete, boi de mamão, da lagarta comilona, e outras tantas que alimentaram o imaginário das nossas crianças. Foram muitas vozes, fantoches, livros, fotografias, instrumentos musicais indígenas e murais usados com muito amor, tudo para tentar de toda forma diminuir a distância e estreitar os laços entre crianças, famílias e professoras.

Sabemos que a contação de histórias desperta na criança o lado lúdico, característica muito importante para seu desenvolvimento. Nosso intuito sempre foi o de relembrar os momentos de roda, vivenciados com frequência quando as crianças estavam no NEIM. O resgate desses momentos nos ajudou a manter os laços afetivos que nos une.

Na Educação Física, também iniciamos o segundo semestre de forma híbrida, ou seja, ações planejadas de forma remota e de forma presencial. Contudo, logo no início do retorno das férias, a professora Maria Clara passou a acompanhar o grupo apenas de forma remota, enviando através do app de whatsapp e do Portal Educacional ações comunicativas pertinentes à Educação Física.

Pensando num planejamento que percorresse todo o segundo semestre, as professoras de Educação Física organizaram um projeto coletivo que envolveu ações tanto na unidade educativa, com as crianças que estavam presenciais, quanto no lar de cada criança, que optou pelo acompanhamento remoto. Para ilustrar tal projeto, trouxeram à tona as obras do artista plástico Ivan Cruz, que retrata em sua essência, brincadeiras tradicionais comuns às crianças, que nos dias atuais acabam se perdendo em meio a tanta interferência das tecnologias. Para nomear tal projeto, utilizaram o nome “Brincadeiras de Criança”.

Para iniciar este trabalho coletivo, as famílias responderam através de um questionário no Google Formulários, quais as brincadeiras preferidas das crianças e quais as brincadeiras que os pais ou responsáveis mais gostavam quando eles eram crianças. As respostas para estes questionamentos deram um pontapé inicial para as nossas ações planejadas. A partir daí, foram pensadas inúmeras propostas, fazendo uma mescla, das brincadeiras retratadas nas obras do Ivan Cruz e as brincadeiras citadas pelas famílias na pesquisa.

Em cada vídeo encaminhado uma obra aparecia para ilustrar a brincadeira, e esta era apresentada na íntegra, ou de forma adaptada para atender as diferentes faixas etárias presentes em nosso NEIM. Desta forma, as crianças tiveram a oportunidade de se desenvolver brincando, através de diferentes estímulos envolvendo a percepção e esquema corporal, noções de tempo e espaço, a coordenação motora ampla, fina e óculo-manual, o equilíbrio, a força de membros superiores e inferiores, percepções visuais e olfativas, entre outros, além de ampliar o repertório cultural acerca das brincadeiras infantis e das artes plásticas.

Quanto à interação e ao envolvimento das crianças e das famílias nos projetos e nas ações da Educação Física, nem sempre é possível a participação de todos, e em tempos tão adversos, como o que ainda estamos vivendo, isto é mais que compreensível. Contudo, consideramos que as diversas devolutivas que recebemos e a grande participação das famílias no questionário, foi imprescindível para o sucesso da trajetória da educação física deste NEIM, neste segundo semestre de 2021.

Por fim, ensejamos que tempos melhores virão, e que nossos pequenos, num futuro bem próximo, estejam correndo pelos espaços do NEIM Caetana, experimentando novas possibilidades corporais e vivenciando suas brincadeiras de criança.

Terminamos o ano com a esperança de que nos fala Paulo Freire e desejamos que o próximo ano seja mais leve e que possamos verdadeiramente nos encontrar.

Um grande beijo e Boas Férias.

Ass: As professoras.

MOSTRA CULTURAL 2021

Semana de 22 de novembro a 26 de novembro


~Nossas Vivências 2021~


Queridas crianças e famílias!

Segue um vídeo produzido por nós, professoras, com alguns momentos vividos neste ano de 2021.

Que o próximo ano seja recheado de experiências significativas para nós.

Grande beijo,

Professoras G4A.

INSERÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA :

ENCONTROS VIRTUAIS AMOROSOS COM AS CRIANÇAS DO GRUPO 4 A E SUAS FAMÍLIAS



Iniciamos nosso texto apresentando o Grupo 4 A do NEIM Caetana Marcelina Dias, neste ano de 2021. Nosso grupo é constituído por vinte crianças (10 meninas e 10 meninos) com idades entre três anos e 4 anos incompletos. Destas, quinze estão matriculadas em período integral, quatro no período matutino e uma no vespertino. Nosso grupo docente é composto por uma professora regente, uma professora auxiliar, duas auxiliares de sala e uma professora de Educação física.

Neste ano, devido termos iniciado ainda de forma virtual, diante da gravidade da pandemia do COVID-19 em nosso estado e município, precisávamos pensar em formas de receber, acolher e nos aproximarmos das nossas crianças, mesmo que de forma virtual. Iniciamos nosso primeiro contato (individual) com as famílias ainda no mês de fevereiro. As profissionais do grupo, utilizaram o whatsapp para fazer os agendamentos com cada família, perguntando qual a melhor forma de contato e os horários. Em posse dessas informações fizemos uma tabela de horários e meios de contato escolhido e iniciamos todas juntas, salvo exceções, as conversas. Nossas conversas com as famílias aconteceram da seguinte forma: seis (6) delas via google meet, dez (10) via vídeo chamada, três (3) via chamada telefônica, e apenas uma (1) a conversa teve que ser cancelada, e estamos no aguardo de uma data para refazermos o contato.

Receber as crianças de forma virtual, nos apresentarmos as famílias, como as professoras que farão parte da vida das suas crianças durante este ano, e nos aproximar das crianças através das telas, foi bastante desafiador. No entanto, nunca tivemos em todos os anos de encontros pessoais e físicos, tanto carinho e acolhimento, tanto das crianças quanto das suas famílias. Nessas conversas virtuais de forma individualizada, tivemos a oportunidade de conhecê-las no seu íntimo, com o maior respeito e empatia. Para nós, essa forma de inserção tão inusitada, nos possibilitou acolher de forma integral cada família. Saímos de cada conversa, mais fortalecidas.

Iniciamos as conversas dando voz às crianças. Com as câmeras ligadas, podemos nos ver e sermos vistos. As profissionais novas nesse grupo, puderam se apresentar às crianças e suas famílias. As conversas foram respeitosas e amorosas, como devem ser. Diante das câmeras algumas crianças falaram bastante sem inibição, outras mostraram seus desenhos e brinquedos, e algumas vieram nos dar um oi através das chamadas telefônicas. Apesar da pouca idade, grande parte delas queria contar sobre a sua rotina. E cada uma, do seu jeito.

Fomos recebidas com muito amor pelas famílias, isso foi percebido pelas falas e sorrisos. Demonstraram gratidão pela oportunidade de serem ouvidas e assim externalizar seu momento atual. Muitos disseram que dividir suas dúvidas conosco, perguntar, ouvir e ser ouvido, as deixaram mais tranquilas e acolhidas.

Nessas conversas, uma das questões mais importantes para nós, era saber como estavam essas crianças e famílias: Estavam bem de saúde? Do que brincavam? Com quem interagiam? Essas foram algumas das nossas indagações a fim de nos aproximarmos e saber como estavam essas famílias e crianças.

Em relação à interação, em casa, nossas crianças interagem com os adultos como pais, mães e avós, com irmãos e primos e outros com vizinhos que moram na mesma rua. Sobre essas interações, todas relataram que estão fazendo o possível para que esse contato seja com um número menor de pessoas, por medo, diante do agravamento da pandemia. Estão fazendo o possível para dar atenção às crianças, sem pô-las em risco.

Quanto à volta ao atendimento presencial (híbrido) das 19 famílias, apenas uma relatou a necessidade de enviar seu filho para o NEIM, quando voltarmos ao atendimento na unidade. Dezoito famílias deixaram claro em nossas conversas, que estão bastante assustadas com o agravamento da pandemia e apesar da necessidade, jamais colocariam a vida dos seus filhos em risco. Nos disseram inclusive, que devido a pandemia alguns arranjos tiveram que ser feitos e que preferem continuar com esses arranjos até a diminuição dos contágios e da vacinação. Em todas as conversas a VIDA foi colocada em primeiro plano. A vida de todos, das crianças, das famílias e das demais pessoas.

Por fim ficou claro que todos queremos estar juntos, mas sem medo. Queremos uma educação Infantil com tudo o que temos direito: Com brincadeiras, contato físico e interações entre as crianças e professores. Queremos o direito a dar beijos, colos e abraços. Queremos o direito de acarinhar suas cabeças nas horas do sono. Queremos ACOLHER no sentido da palavra: Oferecer ou obter refúgio, proteção ou conforto físico; abrigar(-se), amparar(-se).

Fica aqui registrado o nosso MUITO OBRIGADA a cada família que nos recebeu em sua casa (virtualmente falando), e dividiu conosco o seu tempo, com o propósito de nos conhecermos e nos ajudarmos.

Um grande beijo a todos e que nossa jornada possa continuar assim, pautada no amor, no respeito e cumplicidade.


ASS: Professores do Grupo 4 A.

Florianópolis, 16 de Março de 2021.

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