O perigo do anonimato na Internet


A internet que estamos habituados surgiu com esse formato no final dos anos 90 e início dos anos 2000. Desde então, foi possível acompanhar informações e a vida de outras pessoas em tempo real, e assim foi criado um espaço para se opinar sobre tal livremente.


O Instagram possui cerca de 250 milhões de usuários ativos diários, 250 milhões de pessoas interagindo, registrando, compartilhando e dizendo as mais variadas coisas. Se pudéssemos filtrar toda essa informação trocada em um único dia, quantos comentários que expressam ódio ou como muitos dizem “opiniões ácidas” poderíamos encontrar? Um número bem expressivo certo?


O avanço das redes sociais se tornou uma arma de ofensas gratuitas na mão de algumas pessoas, existem pessoas específicas que estão ali focados em ofender, criticar e diminuir figuras públicas ou anônimas a todo custo, eles são os haters, palavra que traduzida literalmente do inglês, quer dizer odiadores, ou seja, pessoas que espalham ódio gratuitamente.


Existem vários casos de resultados trágicos advindos do “hate” na internet. Como o caso da cantora Luísa Sonza que teve que se afastar das redes sociais por conta da sua saúde mental terrivelmente afetada por comentários de ódio. E também exemplos que são mais dolorosos ainda, como o caso do Lucas, um adolescente de 16 anos que se suicidou em agosto de 2021 por conta do constante ódio destilado nos comentários de suas publicações no TikTok.

Exemplos como esses nos fazem refletir, qual o limite de dizer sua opinião e/ou atacar alguém de graça. Não precisamos ser haters para incitar o ódio em nossos comentários, às vezes aproveitamos, sem perceber, do nosso anonimato na internet para falar aquilo que pensamos e não sofrer nenhuma consequência por isso. Usando a desculpa de “não foi por maldade”. Mas o que está em questão de fato é se: “aquela pessoa precisa ouvir isso de mim?” ou “ eu gostaria de ouvir isso se fosse comigo?”.


Se colocar no lugar do outro não é frescura, é respeito e responsabilidade, principalmente se tratando de figuras públicas, que muitas vezes são consideradas como pessoas inalcançáveis que jamais vão ver todos os comentários em seus posts, mas elas vêm e sentem. Repensar antes de clicar no botão publicar é uma atitude por você e pelo outro.


Fontes:


https://sproutsocial.com/insights/estatisticas-do-instagram-para-marketeiros/

https://www.cartacapital.com.br/diversidade/os-alertas-deixados-pelo-suicidio-de-lucas-um-adolescente-vitima-do-odio-e-da-lgbtfobia-no-tiktok/