As eleições municipais em tempos de pandemia da covid-19

A pandemia do novo coronavírus mudou a forma de trabalhar, estudar e até mesmo de se consultar com um médico. Isso não seria diferente com as eleições municipais deste ano.

Muitos brasileiros foram às urnas no dia último dia quinze de novembro para escolherem os prefeitos e vereadores de suas cidades, que governarão nos próximos quatro anos. Depois de muita discussão sobre se o pleito aconteceria ou não em 2020, a Câmara dos Deputados decidiu adiar a votação. O primeiro turno ocorreu em quinze de novembro e o segundo turno está previsto para o dia vinte e cinco do mesmo mês. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ampliou o horário da votação em uma hora para reduzir a possibilidade de aglomeração nos locais de votação. Neste ano, os eleitores idosos com mais de 60 anos receberam horários preferenciais para irem às urnas, visto que fazem parte do grupo de risco. Os demais cidadãos votantes puderam votar após os mais velhos.

Por conta da pandemia, o TSE excluiu a necessidade da identificação biométrica, que vinha sendo estudada e implementada à fim de aumentar a segurança e evitar fraudes nas votações. Campanhas recomendavam levar além de documentos de identificação, que já eram indispensáveis, máscaras, obrigatórias, e canetas, para realizar as assinaturas. Outro grande aliado foi o álcool em gel, presente ao lado das urnas, e também nas mesas dos mesários.

Assim como em 2018, a maior aliada nas eleições de 2020 foram as redes sociais. As propagandas em televisões, rádios e mídias impressas também foram utilizadas. Por conta das restrições de distanciamento social, muitos candidatos não fizeram as famosas caminhadas junto aos seus eleitores, nem puderam se reunir em locais fechados com muitas pessoas à fim de mostrarem suas propostas.

Com o fácil acesso da população à internet, candidatos investiram bastante em divulgar propostas e agendas em redes sociais, conseguindo engajamento maior, principalmente por parte da juventude. Outro motivo que levou candidatos a investirem em redes sociais foi a falta de tempo de televisão, que é ditado de acordo com o tamanho do partido. Figuras que já eram conhecidas nas redes acabaram tendo certa vantagem sobre os novatos. Vale citar também que com a facilidade e velocidade de propagação de notícias, surgem muitas “fake news”, que inclusive teve um canal criado pelo TSE para que eleitores as denunciassem.


por Vítor Augusto

4º período