A (nova) indústria do entretenimento na pandemia
Com a chegada da pandemia do novo coronavírus, a indústria do entretenimento foi uma das que mais se viu afetada. Como haveria eventos, shows, festas, com todas as medidas de isolamento social? A internet, portanto, foi a solução encontrada por vários artistas e também por vários setores do mercado durante esse período de quarentena.
[Live da dupla sertaneja Jorge e Mateus, considerada a maior do YouTube com 3,2 milhões de visualizações]
As lives, por exemplo, ainda continuam fazendo muito sucesso no Brasil, principalmente as lives de artistas sertanejos, como Luan Santana e Marília Mendonça. No exterior, alguns artistas, como a cantora pop Lady Gaga, também participaram de eventos ao vivo — e à distância. No entanto, foi aqui no Brasil que o fenômeno "bombou", já tendo arrecadado quase 18 milhões de reais só em doações para ajudar no combate ao coronavírus. Além disso, somos o país com mais lives feitas no YouTube — e a tendência é que o número aumente, já que a pandemia ainda está longe de acabar.
Outros mercados do entretenimento viram seus números decolarem: foi o caso da Netflix e do Spotify, dois dos mais famosos serviços de streaming do mundo. A Netflix, especializada em séries, filmes e documentários, ganhou mais de 15 milhões de assinantes na pandemia, ultrapassando a Disney como a maior empresa de entretenimento audiovisual do planeta. O Spotify, serviço de streaming de músicas e podcasts, registrou novos 130 milhões de assinantes da sua função Premium e diz ter atingido quase todas as metas estipuladas para os primeiros meses de 2020.
[Fila na livraria Saraiva em Salvador]
O mercado editorial também registrou um aumento de 31% durante a quarentena. Os livros digitais, por exemplo, contribuíram muito para o crescimento desse número. Em alguns países, como na França, os clientes fizeram filas nas portas das livrarias. Aqui no Brasil, o anúncio de fechamento de algumas unidades de lojas da Saraiva também atraiu inúmeros clientes, mesmo durante esse conturbado período de isolamento social. Além disso, alguns eventos, como bienais e feiras, tiveram de se adaptar ao "novo normal". A Feira do Livro da USP, por exemplo, terá sua edição de 2020 completamente virtual (que você pode acessar neste link).
Nesse momento de incertezas, o entretenimento nos serve como um alívio e um escape em meio a tantas dificuldades. E você, como tem se entretido durante sua quarentena? Conta pra gente se você está maratonando na Netflix ou acompanhando todas as lives no YouTube!
por Glenda Corteleti