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NEOPENTECOSTAIS

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ATENÇÃO

Antes de julgar e condenar as pessoas e suas situações e condições, a partir do preconceito e intolerâncias de muitos líderes religiosos, estude, saiba, pesquise o que o histórico pessoal, social e existencial promoveu a cada pessoa; não se prenda aos erros humanos cometidos por muitos, mas ao muito que esse assunto tem a oferecer ao bem coletivo, ao bem social de todos e suas dificuldades existenciais, que é o que mais agrada ao coração de Deus; nesse sentido é que somos sal da terra e luz do mundo.

TERMO

O termo neopentecostalismo, ou a expressão Terceira Onda do Pentecostalismo, designam a terceira onda do movimento pentecostal. É um movimento dentro do cristianismo que surgiu em meados dos anos 1970 e 1980, algumas décadas após o movimento pentecostal do início do século XX, ocorrido em 1906. Dissidente do evangelicalismo que congrega denominações oriundas do pentecostalismo clássico ou mesmo das igrejas cristãs tradicionais (batistas, presbiteriana, metodistas, etc), o neopentecostalismo é considerado um movimento sectário.[1][2]

Em alguns lugares são chamados de carismáticos, tendo como exceção o Brasil, onde essa nomenclatura é reservada quase exclusivamente para um movimento dentro da Igreja Católica chamado Renovação Carismática Católica, mas aos poucos o termo vem sendo resgatado por pentecostais e neopentecostais no País, por exemplo, a "paróquia" Capela Carismática (Manaus), que faz parte da Igreja de Deus Pentecostal do Brasil.

No Brasil, alguns dos maiores e mais representativos grupos dessa corrente são a Igreja Universal do Reino de Deus, a Igreja Internacional da Graça de Deus, a Igreja Mundial do Poder de Deus, a Igreja Renascer em Cristo, a Igreja Apostólica Fonte da Vida e a Comunidade Cristã Paz e Vida, que aceitam apóstolos, bispos e pastores ou missionários presidentes que norteiam o rumo de suas igrejas no País e pelo mundo. Possuem um evangelismo massivo (boa parte delas possuem ou se utilizam de TVs, rádios, jornais, editoras ou literaturas próprias e portais ou sites). Assim como nos Estados Unidos, os neopentecostais brasileiros passaram por um sincretismo entre os movimentos evangélicos tradicionais e as religiões de matrizes africanas como o candomblé e a umbanda.[3][4]


CRÍTICAS

Vários grupos cristãos têm criticado o movimento pentecostal e neopentecostal por dar muita atenção às manifestações místicas, como a glossolalia, que seria o sinal espiritual mais importante para um crente, caindo por terra com gemidos e gritos durante os cultos, bem como seu anti-intelectualismo.[10]

A base da doutrina Neopentecostal está fundamentada na Teologia da Confissão Positiva, a qual é considerada herética pela ortodoxia cristã.[1][11] Segundo críticos, a prática dessa doutrina ameaça pontos fundamentais da fé cristã protestante, como a soberania de Deus, a sola scriptura, além de distorções à doutrina da graça, do ascetismo e a soteriologia cristãos.[12][13][14]

John Rushdoony, em seu livro O Plano de Deus Para a Vitória, quando se refere ao neopentecostalismo, diz:

O neopentecostalismo produziu uma vida intelectual e vocacionalmente superficial. A prova da fé tornou-se uma experiência emocional, e, não surpreendente, as mulheres começaram a predominar nos círculos neopentecostais. A religião tornou-se um assunto de mulheres.

O neopentecostalismo exaltou as pessoas medíocres e piedosas, que reduziam a fé a uma pura efusão de misticismo que abrange desde curas milagrosas, exorcismos, falar em línguas profecias e revelações particulares até a determinação positiva. Os fiéis são divididos em duas categorias: a dos santarrões e a dos pecaminosos. As pessoas medíocres evitam os pecados abertos, não porque amam e temem a Deus, mas porque são almas tímidas, que amam e temem as pessoas, e não ousam definirem-se como possuídas pelo demônio. Em suas mãos, a virtude deixou de estar associada com domínio e fortaleza, e passou a estar associada com fraqueza e medo.

Os reformadores eram homens do mundo: Lutero, um professor antes de tudo; Calvino, um advogado-teólogo chamado para reformar Genebra pelo concílio da cidade. A Reforma significa proclamar o poder salvador de Cristo e aplicar toda a Palavra de Deus a cada área da vida. Qualquer coisa aquém disso não é o evangelho.

Os protestantes há muito têm criticado a ideia do monasticismo, mas, sob a influência dessas duas visões milenaristas [pré-milenismo e amilenismo], têm tornado toda a igreja num retiro do mundo, com exceção apenas do celibato sacerdotal. Os homens são convocados a abandonar o mundo e procurar refúgio na igreja. Nada é dito sobre estabelecer o reinado e governo de Deus em cada área da vida, pensamento e ação.

A questão da graça também é problemática no movimento. Conforme Ricardo Mariano (1999) o preço a ser pago em troca do conforto espiritual e da certeza na salvação na comunidade dos eleitos é altíssimo. De acordo com Mariano (1999) os crentes pentecostais de modo geral frente à dificuldade de se conduzir na sociedade em conformidade com os novos deveres ascéticos e sectários, acabam criando para si verdadeiros “monastérios” e neles se fecham. A exemplo da igreja e da casa.[15]

Gedeon Alencar (2005) alerta que, como todos os movimentos de iniciativa popular, principalmente envolvendo negros, o neopentecostalismo tem sido alvo de muito preconceito por parte da academia e de outras denominações evangélicas. Esse olhar preconceituoso de fundamento racista, segundo Alencar, teria sido responsável por muitas generalizações e maus entendidos ligados ao neopentecostalismo. Que precisaria ser analisado fora da perspectiva do protestantismo clássico com sua rejeição natural à cultura brasileira devido ao predomínio de uma teologia incapaz de pensar o ser da “cintura para baixo”, antes de qualquer pretensão relativa a sua categoria de pertencimento. Nesse sentido para se discutir a inserção do neopentecostalismo como categoria do protestantismo é preciso que primeiro haja um deslocamento do próprio conceito de protestantismo histórico construído nos moldes da Europa, considerando toda a especificidade do continente em relação aos países do continente sul americano, em especial o Brasil. Pois neste contexto cultural diverso, dificilmente o sacerdócio universal, a autoridade suprema das escrituras e a salvação pela fé, assumiriam contornos similares aos que assumiram na Europa. Portanto, para Gedeon Alencar (2005) o neopentecostalismo é uma forma de manifestação genuinamente brasileira de pentecostalismo e se constitui manifestação do protestantismo, só que fora dos moldes de protestantismo europeu com seu racionalismo teológico impregnado da cultura europeia branca[16] e sincretizando com religiões de matrizes africanas em seu universo místico e ritualístico.[9]

Uma doutrina particularmente controversa nas igrejas neopentecostais é a da teologia da prosperidade, que se espalhou nas décadas de 1970 e 1980 nos Estados Unidos, principalmente por televangelistas pentecostais e neopentecostais.[17][18] Esta doutrina é centrada no ensino da fé cristã como um meio de enriquecer-se financeira e materialmente, através de uma "confissão positiva" e uma contribuição para os ministérios cristãos.[19] Promessas de cura divina e prosperidade são garantidos em troca de certos montantes de doações.[20][21] A fidelidade no dízimo permitiria evitar as maldições de Deus, os ataques do diabo e da pobreza.[22] As ofertas e dízimo ocupam muito tempo nos cultos.[23] Muitas vezes associada ao dízimo obrigatório, esta doutrina é por vezes comparada com um negócio religioso.[24][25][26] Em 2012, o Conselho Nacional de Evangélicos da França publicou um documento denunciando essa doutrina, mencionando que a prosperidade era de fato possível para um crente, mas que essa teologia levada ao extremo leva ao materialismo e à idolatria, que não é a propósito do evangelho.[27][28] Pastores pentecostais que aderem à teologia da prosperidade têm sido criticados por jornalistas por seu estilo de vida bling-bling (roupas luxuosas, casas grandes, carros luxuosos, avião particular, etc.)[29]

Em 2013, o pastor evangélico John F. MacArthur criticou o movimento carismático pelo apoio da maioria à teologia da prosperidade, o que levou a escândalos financeiro e moral, sua proximidade com a Nova Era onde Deus é apresentado como um servo das necessidades dos crentes, falsas profecias e cultos desordenados.[30] O Pentecostal Superintendente Geral do General Council of the Assemblies of God in the United States of America, George O. Wood, admitiu que houve casos isolados de comportamento e ensino errôneos em igrejas pentecostais e carismáticas, mas que o movimento deu uma grande contribuição para a evangelização no mundo.[31]

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