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O BRASIL PARA CRISTO

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ATENÇÃO

Antes de julgar e condenar as pessoas e suas situações e condições, a partir do preconceito e intolerâncias de muitos líderes religiosos, estude, saiba, pesquise o que o histórico pessoal, social e existencial promoveu a cada pessoa; não se prenda aos erros humanos cometidos por muitos, mas ao muito que esse assunto tem a oferecer ao bem coletivo, ao bem social de todos e suas dificuldades existenciais, que é o que mais agrada ao coração de Deus; nesse sentido é que somos sal da terra e luz do mundo.

IGREJA

Iniciada por Manoel de Mello e Silva (1929-1990), um trabalhador da construção civil que veio a São Paulo da Mata Sul de Pernambuco, converteu-se ao movimento evangélico na Assembleia de Deus e algum tempo depois aderiu à Cruzada Nacional de Evangelização, hoje nomeada Igreja do Evangelho Quadrangular. Foi ordenado ministro pela International Church of the Foursquare Gospel (Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular), igreja estadunidense que organizou os trabalhos missionários que fundaram a Igreja Quadrangular no Brasil.[1]

Em 1955, Manoel teria tido uma visão de Jesus Cristo, a qual ele próprio narra: "Em 1.955 tive uma visão espiritual na qual o Senhor Jesus me apareceu e me deu ordens para começar, no Brasil, um movimento de reavivamento espiritual, evangelização e cura divina, e o Senhor Jesus mesmo deu-me o nome: 'O Brasil Para Cristo'. Obedeci a ordem. Aleluia! Sem dúvida alguma começava no Brasil o maior movimento de evangelização e reavivamento espiritual de toda a América Latina."[2]

O seu programa A Voz do Brasil Para Cristo ficou no ar por duas décadas e ainda continua na Rádio Musical FM, 105,7 com o seu filho Pastor Paulo Lutero de Mello. Conduziu reuniões em praças públicas e estádios de futebol. A Igreja O Brasil Para Cristo cresceu na maior parte em áreas pobres e operárias da Zona Leste de São Paulo.

Templo sede da Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil Para Cristo, em Telêmaco Borba, no Paraná.

A igreja O Brasil Para Cristo alcançou destaque entre as denominações pentecostais do Brasil mas é timidamente representada no exterior. O Ministério Casa da Bênção teve origem na igreja. Por um período de tempo, a igreja O Brasil Para Cristo foi membro do Conselho Mundial das Igrejas.

Missionário Manoel de Mello deixou a direção de sua igreja em 1986 e morreu em 05 de maio de 1990. Possui hoje, 2300 congregações com 180.000 membros no Brasil e presença no Paraguai, Bolívia, Peru, Chile, Uruguai, Argentina, Portugal e nos EUA.[1]

Templo da Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil Para Cristo, no interior do estado de Mato Grosso.

A igreja O Brasil Para Cristo tem como sua sede o Grande Templo, no bairro da Pompeia, zona oeste de São Paulo, na Rua Carlos Vicari 124. O Grande Templo começou a ser construído nos anos de 1960, com capacidade de aproximadamente 9000 pessoas.



FUNDADOR

Manoel de Mello e Silva passou a infância e juventude em sua cidade natal, até se mudar em 1947 para São Paulo. Tornou-se membro da Assembleia de Deus e foi consagrado diácono. Casou-se em 1951 com Ruth Lopes, e teve dois filhos, Boaz de Mello e Paulo Lutero de Mello.

Durante o dia, trabalhava como mestre de obras e à noite, atendendo a convites, pregava em igrejas das Assembleias de Deus. Depois, une-se à Cruzada Nacional de Evangelização, que deu origem à Igreja do Evangelho Quadrangular brasileira.[1] Em 1952, Mello contraiu uma paralisia intestinal, da qual relatou ter sido milagrosamente curado. Deixa então o trabalho de mestre de obras para dedicar-se totalmente à pregação do Evangelho e ao ministério. Em 1955, nos Estados Unidos, foi ordenado ministro pela International Church of the Foursquare Gospel (Igreja do Evangelho Quadrangular). Neste mesmo ano, relata que teve uma visão de Deus, que o comissiona a começar uma nova obra, que ficaria conhecida como O Brasil para Cristo. O missionário inicia um programa de rádio em janeiro de 1956 com o título A Voz do Brasil Para Cristo. Apenas em março de 1956 que realiza a fundação da igreja, nascida a partir do programa, e depois herdeira do seu nome. [2]

Graças ao uso do rádio, Manoel de Mello torna-se então um dos maiores líderes do pentecostalismo brasileiro, chegando a reunir, em suas campanhas, até duzentas mil pessoas, levando também ao crescimento da igreja.[1] [3] As acusações de curandeirismo e charlatanismo, aliado às denúncias que fazia dos abusos e injustiças do regime militar, fizeram o missionário ser preso 27 vezes. Além disso, teve tabernáculos e tendas queimados, sofrendo perseguição de outras igrejas.[4]

Manoel de Mello filiou-se ao Conselho Mundial de Igrejas e tomou parte na organização da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), formada pelas igrejas brasileiras membras do CMI, em junho de 1973. A CESE buscava uma maior cooperação das igrejas no serviço social aos mais pobres, com uma visão ecumênica e tolerância religiosa. [5]

Sua atuação o tornou o primeiro pastor sistematicamente visitado por políticos brasileiros, que queriam aproveitar a influência que Mello exercia entre os evangélicos na época.[6] Viajou para mais de uma centena de países, falando em igrejas, universidades, simpósios e convenções, e foi recebido por diversas autoridades, como o presidente americano e o primeiro ministro alemão. Seu nome e ministério no Brasil foi noticiado por redes de televisão e jornais de diversos países. Recebeu o prêmio de religião como o pregador que mais se destacou em 1972, pela Fundação Edward Browning. Em 1978, recebeu o título de O Bandeirante do Brasil Presente, concedido pelo Instituto Nacional de Expansão Cultural (INEC).[7] [8] Mello foi o primeiro evangélico a ser capa da Revista Veja, na matéria Pentecostais: o milagre da multiplicação, de 07 de outubro de 1981.[9] [10]

Em 1976, após vinte anos, Missionário Manoel de Mello deixou a direção da denominação. Em 1979, na presidência do seu sucessor, foi inaugurado o templo sede da O Brasil para Cristo na Vila Pompeia, então um dos maiores templos evangélicos do mundo.[4] Em 3 de maio de 1990, Mello foi acometido de um mal súbito, quando estava a caminho dos estúdios de uma emissora de televisão, para gravar programa que estaria em cadeia nacional em poucos dias. Dois dias depois, faleceu.[1][11]


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