Discurso. Do latim discursu (m). Ação de correr por ou para várias partes. Discorrer sobre vários assuntos. No plano da oratória, designa a elocução pública, que visa a comover e persuadir.
Trata-se de um termo de largo uso e de sentidos diversos:
a) O discurso pode ser verbal — centrado nas palavras — e não-verbal — centrado na imagem, nos gestos etc.
b) O discurso verbal pode ser oral ou escrito — também chamado texto.
c) Considerando que a unidade máxima do sistema da língua é a frase, podemos dizer que o discurso está centrado nas sequências frasais — eventualmente numa frase.
d) O discurso implica um esforço expressivo do eu — o que irá configurar o estilo — no sentido de transitar uma mensagem para alguém.
Discurso direto. O narrador reproduz o discurso com as próprias palavras do interlocutor.
As duas características do discurso direto são:
a) Vem introduzido por um verbo dicendi (verbo que anuncia a fala da personagem);
b) Antes da fala da personagem há, geralmente, dois pontos e travessão.
Exemplo: O ministro disse: — O Brasil precisa de técnicos.
Discurso indireto. O narrador usa suas próprias palavras para comunicar o que as personagens disseram.
As características principais do discurso indireto são:
a) Vem introduzido por um dicendi.
Exemplo: Diógenes disse a Alexandre que não tirasse o sal.
b) Vem introduzido por uma conjunção subordinativa integrante (que, se)
Exemplo: O general bradou que não fizessem aquilo.
Fonte de Consulta
(1) OLIVEIRA, Ana Tereza Pinto de. Minimanual Compacto de Redação e Estilo: Teoria e Prática. São Paulo: Rideel, 1999.