A Justiça do Trabalho em Cabo de Santo Agostinho
- A Justiça do Trabalho em Cabo de Santo Agostinho
- Os Aspectos Históricos
- As Varas do Trabalho de Cabo de Santo Agostinho
A História do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região
Com a instalação do Conselho Regional do Trabalho da 6ª Região em Recife no dia 1º de maio de 1941, Pernambuco foi um dos oito Estados a sediar um órgão da Justiça do Trabalho no Brasil.
A Justiça do Trabalho foi estruturada em três níveis: Conselho Nacional do Trabalho, Conselhos Regionais do Trabalho e Juntas Conciliação e Julgamento e Juízes de Direito. Apesar de sua nomenclatura, estava vinculada ao Poder Executivo.
De acordo com a Constituição de 1946, a Justiça do Trabalho passou integrar o Poder Judiciário, composta pelo Tribunal Superior do Trabalho, pelos Tribunais Regionais do Trabalho e pelas Juntas de Conciliação e Julgamento.
O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, inicialmente, possuía jurisdição sobre os estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.
A 1ª Instância era composta por cinco Juntas de Conciliação e Julgamento (duas em Recife e uma em cada Capital dos Estados jurisdicionados). As Juntas eram integradas por um Juiz do Trabalho e dois representantes leigos, o Vogal representante dos empregadores e o Vogal representante dos empregados.
Na 2ª Instância, o órgão Colegiado era composto por cinco Juízes do Tribunal, um Presidente (Juiz Togado), dois alheios e dois representantes classistas.
Anos depois, durante o período autoritário, a Justiça do Trabalho permaneceu a mesma na Constituição de 1967 e não foi alterada pela Emenda Constitucional de 1969, constitui-se como fundamental um espaço de garantia de direitos sociais.
A Constituição Federal de 1988 trouxe, na época de sua promulgação, algumas alterações, destaca-se a ampliação da Justiça do Trabalho, por meio da exigência de um Tribunal Regional do Trabalho em cada Estado da Federação e no Distrito Federal.
Com a publicação da Emenda Constitucional nº 24, de 09 de dezembro de 1999, ocorreu a extinção da representação Classista na Justiça do Trabalho e as Juntas de Conciliação e Julgamento passaram a ser chamadas de Varas do Trabalho.
Hoje, o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, com competência sobre Pernambuco e com Sede em Recife, possui 70 varas do Trabalho na 1ª Instância, encontrando-se presente em todas as Regiões do Estado, estendendo-se do Litoral ao Sertão. Na 2ª Instância, dezenove Desembargadores/as compõem o Tribunal Pleno.
Ao longo de oito décadas de incondicional compromisso com sua missão, que é "contribuir para harmonia social, solucionando os conflitos que decorrem da relação entre o capital e o trabalho de forma efetiva, ética e transparente", o TRT6 permanece focado na efetividade da prestação jurisdicional, na democratização do acesso à Justiça e, por meio do reconhecimento do valor social do trabalho, colabora com a construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
Cerimônia de inauguração do Edifício Sede do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região em Recife/PE, denominado Fórum Agamemnon Magalhães, no dia 1º de maio de 1972.
A Justiça do Trabalho no Cabo de Santo Agostinho
A 1º Junta de Conciliação e Julgamento do Cabo de Santo Agostinho, criada pela Lei n° 5.650, de 11 de dezembro de 1970, foi instalada em 19 de agosto de 1971.
Na época, a economia do Município era baseada no desenvolvimento da monocultura da cana-de-açúcar, porém, já mostrava sua alteração com o desenvolvimento industrial provocado pela instalação do Complexo Industrial Portuário de Suape, o que demandava maior atenção por parte da Justiça do Trabalho.
Com a publicação da Emenda Constitucional nº 24, 09 de dezembro de 1999, ocorreu a extinção da representação Classista na Justiça do Trabalho e as Juntas de Conciliação e Julgamento que passaram a ser chamadas de Varas do Trabalho.
Em 1999, foram inauguradas as novas instalações da Vara do Trabalho do Cabo de Santo Agostinho.
Localizada, anteriormente, no pátio da feira, o que ocasionava transtornos a quem procurava a Justiça do Trabalho na cidade, a Vara do Trabalho do Cabo de Santo Agostinho foi instalada em outro prédio, mais amplo, com central de ar-condicionado e área externa para estacionamento de veículos. Foi a primeira inauguração realizada na gestão do Juiz Presidente do Tribunal, Josias Figueirêdo.
O aumento gradativo da demanda industrial e a grande migração de trabalhadores, propiciaram a criação da 2ª Vara do Trabalho do Cabo de Santo Agostinho, por meio da Lei 10.770/2003, que foi instalada em 05 de agosto de 2005. O Fórum leva o nome de “Luiz Delgado''.
Acompanhando a evolução tecnológica e adotando ferramentas digitais com a finalidade de aperfeiçoar a prestação jurisdicional, em 30 de janeiro de 2013, é implantado o Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe-JT) nas Varas do Trabalho do Cabo de Santo Agostinho.
O Município do Cabo de Santo Agostinho é considerado um dos complexos industriais e portuários mais importantes do país, com indústrias de relevância regional e nacional, além de contar com vasta rede comercial e hoteleira.
Com a desmobilização decorrente do fim de diversas obras no complexo industrial de SUAPE, nos anos de 2015 e 2016 houve um incremento substancial na distribuição de processos para as Varas do Trabalho do Cabo de Santo Agostinho.
No dia 16 de outubro de 2023, o Município recebe a sua 3ª Vara do Trabalho, em decorrência da transferência da Sede da Vara do Trabalho de Catende, conforme Resolução Administrativa TRT6 nº 27/2023. A cerimônia de inauguração da 3º Vara do Trabalho do Cabo ocorreu no dia 18 de outubro de 2023.
Atualmente a 1ª, a 2ª e a 3ª Vara do Trabalho do Cabo de Santo Agostinho têm sob suas jurisdições apenas seu próprio Município.
Os Aspectos Históricos
Cabo de Santo Agostinho é um Município do Estado de Pernambuco. Faz parte da concentração urbana do Recife e integra a Região Metropolitana de Recife, distando aproximadamente 33 quilômetros da Capital.
A região, antes ocupada por diversas aldeias indígenas, teve sua colonização iniciada em 1536, com o donatário Duarte Coelho Pereira. Foram intensas as ações para expulsar os grupos indígenas daquela região, sendo concluídas em 1571.
O povoamento da região começou em 1618, com a construção de uma capela consagrada a Santo Antônio. Para ficarem perto da igreja, muitas pessoas foram construindo casas naquele local, e em pouco tempo formou-se um núcleo populacional.
No período colonial, o Cabo passou a ser um dos grandes centros açucareiros do Estado, com diversos engenhos, onde desenvolveu-se a aristocracia rural.
Em 09 de julho de 1877, a Vila do Cabo foi elevada à categoria de Cidade com a denominação de Santo Agostinho do Cabo. Tal denominação foi dada após expedição portuguesa que, explorando a costa brasileira, esteve no local no dia do falecimento desse santo (28 de agosto).
Posteriormente, em 1994, o Município passa a se chamar Cabo de Santo Agostinho.
A princípio, a economia do município era baseada no desenvolvimento da monocultura da cana-de-açúcar, até os anos de 1950. Este cenário foi sendo modificado com o desenvolvimento industrial trazido com a instalação do Complexo Industrial Portuário de Suape.
Atualmente, o Município do Cabo de Santo Agostinho é considerado um dos complexos industriais e portuários mais importantes do país.
Localização do Cabo de Santo Agostinho no Estado de Pernambuco.
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_de_Santo_Agostinho
Ruínas do Forte Castelo do Mar: Cabo de Santo Agostinho, PE.
O Forte Castelo do Mar foi construído em 1630. Após a invasão dos holandeses, deram-lhe o nome de Walter Kastell ou Castelo do Mar. É considerada a edificação militar mais importante no litoral de Pernambuco, o Forte tinha o objetivo de defender a entrada da barra do Porto de Nazaré e o estuário dos Rios Ipojuca e Massangana.
Rua Teixeira de Sá: Paróquia de Santo Antônio, Cabo de Santo Agostinho, PE.
A partir do povoamento da região onde hoje fica o Município de Cabo de Santo Agostinho, foi construída uma Capela dedicada a Santo Antônio.
Em 1622, foi criada a Freguesia de Cabo de Santo Agostinho e a Capela foi elevada a Paróquia. Santo Antônio foi escolhido como padroeiro da Paróquia, que foi reformada em 1876 e 1914. Seu altar-mor é em estilo Barroco.
Fonte: IBGE https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/cabo-de-santo-agostinho/historico
As Varas do Trabalho de Cabo de Santo Agostinho
Jurisdição: o respectivo Município
Fórum Trabalhista Luiz Delgado (situação abr/2024)
Av. Pres. Getúlio Vargas, 576 - Cabo de Santo Agostinho - PE
CEP 54505-560
Juiz Diretor do Fórum: Sérgio Murilo de Carvalho Lins
Expediente: das 7h30 às 17h, com atendimento ao público das 8h às 14h
1ª Vara do Trabalho do Cabo de Santo Agostinho
Juíza Titular: Maysa Costa de Carvalho Alves
Diretor de Secretaria: Otoniel José do Nascimento Filho
Fone: 81 3521-0207
e-mail: varacabo1@trt6.jus.br
2ª Vara do Trabalho do Cabo de Santo Agostinho
Juiz Titular: Sérgio Murilo de Carvalho Lins
Diretor de Secretaria: Sérgio Ricardo Cavalcanti de Sá
Fone: 81 3524-1265
e-mail: varacabo2@trt6.jus.br
3ª Vara do Trabalho do Cabo de Santo Agostinho
Juíza Titular: Tânia Regina Chenk Allatta
Diretor de Secretaria: Ewerthon Luiz Alves de Araújo
Fone: 0800-0001093
e-mail: varacabo3@trt6.jus.br
Fórum Trabalhista Luiz Delgado, Cabo de Santo Agostinho (PE).
Fonte: https://www.trt6.jus.br/portal/forum-trabalhista-do-cabo-de-santo-agostinho