3 - A História Secreta da Talidomida

A HISTÓRIA SECRETA DA TALIDOMIDA

Stolberg é uma cidade de edifícios atrativos que assentam num vale verde em torno de um castelo medieval na periferia de Aachen, Renânia do Norte (Alemanha).

Católicos devotos da família Wirtz tem sido por diversas décadas o pilar da sociedade de Aachen, e a filantropia deles incluiu um novo telhado da Catedral Imperial da cidade, construída por Carlos Magno em 786. No romper da Segunda Guerra Mundial, a empresa da família estava nas mãos de Herman Wirtz, auxiliado pelo seu irmão Alfred, um engenheiro e membro do partido nazista. A companhia beneficiou-se do programa de arianização de Hitler e se apossou de duas empresas judaicas, uma das quais produzia a linha de perfumes e colônias Tabac que é vendida até hoje pela GrünentHal.

Antes da primeira guerra as empresas fabricantes de tintas e produtos químicos alemães tinham uma posição dominante no mercado mundial, que foi perdida durante o conflito; então para reconquistarem a posição perdida só houve uma saída: a fusão de empresas que ficou conhecida como IG FArben (Associação de Interesses de Indústria de Tintas SA) que foi feita no natal de 1925. Participaram dessa fusão as empresas Basf, Bayer, Hochst, Cassela, Kale, Agfa e Teer Meer.

Em 1926 o grupo IG Farben possuía uma capitalização de mercado de 1,4 Bilhões de Reichmarks e uma força de trabalho de 100.000 pessoas. Em 1931 foi completado o prédio da sede do grupo e em 1936 o grupo IG Farben possuía 218.000 empregados.

Do quadro do pessoal da IGFarben, fizeram parte os seguintes ganhadores do prêmio Nobel: Carl Bosch e Fiederich Bergus, que dividiram o prêmio Nobel de Química em 1931; Gerhard Domagk, Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1939; e Kurt Adler, Nobel de Química em 1950. Além destes, Otto Bayer, que recebeu a medalha Charles Goodyear em 1975, a mais alta honra da American Chemical Society, também integrava o time.

Fusões similares ocorreram em outros países: No Reino Unido as empresa Bunner Mond, Nobel Industries, United Alkali Company e British Dyestuffs se fundiram para criar o conglomerado chamado de Imperial Chemical Industries. Na França, a Établissements Puulenc Frères e a Societe Chimique des usines du Rhone se fundiram para formar a Rhône Poulenc. Os exércitos industriais para a conquista de mercado estavam formados, enquanto que os exércitos militares desses países estavam hibernando com um olho aberto e outro fechado esperando sua hora para conquistarem outras nações e seus respectivos mercados e se apoderarem de suas matérias primas.

Em 1941 uma investigação expôs um casamento de cartel entre a IG Farben e a Standar OIl Corporation de Jhon Rockfeller, e também trouxe novas evidências de um complexo acordo de preços entre a IG Farben e a Du Pont, o principal investidor da United States Alcohol Company e sua subsidiária, Cuba Desttiling CO, que eram produtores de gasolina usando chumbo como aditivo. Usada pela força área alemã para bombardear a Inglaterra e demais nações, sem essa gasolina os bombardeiros alemães não teriam saído do chão. A investigação foi interrompida quando dezenas de outras indústrias de diferentes espécies poderiam estar formando cartéis, devido à necessidade de alistar o apoio das indústrias no esforço de guerra. Entretanto, os altos dirigentes das companhas de petróleo se demitiram e as ações das companhias de melaço foram vendidas como parte de um compromisso acertado.

Durante a ocupação da Tchecoslováquia e a posterior invasão da Polônia pelos nazistas, a IG Farben seguiu no rastro das forças invasoras, se apoderando das fábricas de produtos químicos. O envolvimento da IG Farben com o regime nazista permitiu a empresa a criar uma fábrica de borracha sintética e combustíveis líquidos na Polônia.

O campo de concentração de Monowitz foi criação da IG Farben e estava livre dos bombardeios aliados. Havia disponibilidade de matérias primas como carvão, calcário e sal extraídos das minas polonesas, e, o mais importante, a força de trabalho escravo para a fábrica e as minas do próximo campo de Auschwitz. Além disso, usava os presos como dos campos como cobaias humanas para testes de vacinas e medicamentos desconhecidos. Nos arquivos de Aushwitz foi descoberta uma correspondência entre o comandante do campo e o alto executivo da Bayer Levrkusen para a venda de 150 prisioneiras para serem usadas como cobaias para e experiência com um novo medicamento para sono induzido. A Talidomida?

Em 01 de Maio de 1937, Oto Ambros se juntou ao Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei (NSDAP), mais conhecido como Partido Nazista. Em 1938, ele foi nomeado para o conselho de gestão da IG Farben como membro pleno. Em 1940, ele se tornou um assessor do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento do Plano de quatro anos da IG Farben, se tornando assessor do presidente da empresa Carl Krauch. Ambros, especialista da IG Farben em gás venenoso e borracha sintética, trabalhou como um "líder da economia militar" na seção de armas químicas.

Em meados de maio de 1943, em uma apresentação pessoal, no quartel general do Führer, ele explicou a Hitler o efeito dos novos gases nervosos tabun e sarin. No ano seguinte, tornou-se diretor-gerente (gerente de fábrica) de Buna-Werk IV e da instalação de produção de combustível em Auschwitz. Neste ano foi condecorado com a Cruz de Mérito de Guerra no Grau de Cavaleiro por sua participação na descoberta do gás Sarin. Entre 1941 e 1944, ele visitou o canteiro de obras da IG Farben em um total de 18 vezes. Ambros era um ativo defensor da utilização de prisioneiros de campos de concentração no local da construção, e em 12 de abril de 1941, ele escreveu a um diretor da IG Farben, Fritz Meer: "Por ocasião de um jantar oferecido para nós, pela gestão do campo de concentração, foram determinadas todas as providências relativas à excelente operação do campo de concentração em apoio das plantas Buna”.

"Através da criação de Monowitz, a IGFarben queria melhorar as condições para os presos; dessa forma eles já não teriam que andar cerca de 14 quilômetros todos os dias e a eficiência do trabalho dos detentos também poderia ser aumentada. Também foi nosso desejo manter os nossos trabalhadores prisioneiros o mais afastados possíveis do Campo de Concentração de Auschwitz. Além disso, um surto de tifo tinha ocorrido no Campo de Concentração de Auschwitz em 1942, e a IG Farben, desejando eliminar o perigo de contaminação, decidiu a criação de Monowitz, que havia sido sugerido para mim e Heinrich Buetefisch por Walther Duerrefeld e/ou o engenheiro-chefe, Faust enquanto estávamos em Auschwitz em 1942. Nós concordamos. O resto das negociações foram conduzidas por Walther Duerrfeld e Faust com a gestão do Campo de Concentração de Auschwitz. Não houve falta nem de material e nem de pessoal quando Monowitz foi construída; na fábrica havia aquecimento, havia enfermarias para pessoas doentes, para 10% da população do campo. Havia também uma sala para realização de operações. Walther Duerrfeld me disse que era espaço suficiente para abrigar as pessoas doentes".

Só que isso era para os presos privilegiados, a grande massa que ficava nos campos trabalhava nas minas para a extração das matérias primas para manter a fábrica e estavam sujeitos a espancamentos, desnutrição, tortura e morte a qualquer momento. O gás Sarin foi certamente testado nos prisioneiros para a comprovação de sua eficácia.

Em 1946, Ambros foi preso pelo Exército dos EUA, mas foi autorizado a continuar a trabalhar para a BASF em Ludwigshafen, na zona de ocupação francesa. Ele não foi entregue à justiça até pouco antes do Julgamento da IG Farben em Nuremberg. Ambros foi considerado culpado de "escravidão" e "assassinato em massa" e em 1948 foi condenado a uma pena de prisão de oito anos. Uma pena bem leve se considerarmos que muitos membros do partido nazista acabaram na forca.

Há uma teoria de que na verdade o próprio Otto Ambros convenceu Hitler a não usar armas químicas contra as tropas aliadas. Alguns historiadores sugeriram que Ambros mentiu para Hitler que as forças ocidentais também tinham agentes químicos semelhantes (que nunca fez) e iria usá-los contra os alemães em retaliação. Então, de certa forma, ele é ao mesmo tempo um criminoso de guerra e um herói que impediu milhões de mortes de soldados aliados e de civis ao mesmo tempo, pois Hitler possuía as V2 e se bombardeasse por exemplo Londres com Gás sarin, teria causado inúmeras mortes.

Após cumprir apenas três anos de sua sentença original de oito anos. Ambros foi levado para os Estados Unidos, como conselheiro no programa desenvolvimento de armas químicas do exército. Ele trabalhou também como consultor econômico em Mannheim, e entre os seus clientes figuraram o chanceler Adenauer e o magnata industrial Friedrich Flick. Depois de sua morte, em 1990, a BASF fez uma homenagem a ele em um obituário como "figura empreendedora expressiva de grande carisma".

Aqui está a história: Em 1936, um cientista alemão chamado Gerhard Schrader da Bayer, estava trabalhando em um inseticida para quebrantar o sistema nervoso de insetos. Schrader experimentou com uma classe de compostos químicos chamados organofosforados para matar piolhos e pulgões. Ele e seu assistente haviam sintetizado um composto chamado de tabun quando, acidentalmente, eles foram expostos a uma gota do líquido incolor que caiu sobre a bancada do laboratório. Eles ficaram muito atordoados e também com grande dificuldade de enxergar e respirar. Eles levaram três semanas para se recuperar totalmente. Schrader acabava de descobrir a primeira classe de agente nervoso conhecido pelo homem. Tabun foi o primeiro na série G de agentes nervosos descobertos pelo "pai de gás de nervos".

Imediatamente, o governo nazista instruiu Schrader para mudar o foco de sua pesquisa de matar insetos a matar humanos. Novas fábricas dedicadas à produção de tabun foram construídas, e os nazistas estocaram mais de 12.000 toneladas de tabun. Nos anos seguintes, Schrader refinou mais três compostos na série G: sarin (ou GB), soman (GD) e cyclosarin (GF). Criaram também o Howarin, que era 500 vezes mais tóxicos do que o cianeto, mas os alemães se prenderam ao tabun como sua principal arma química. Depois da guerra, o governo britânico tentou recrutar Gerhard Schrader, mas em 1947 ele havia retornado ao trabalho na Bayer e não aceitou o convite dos oficiais de inteligência que se aproximaram dele com uma oferta de trabalho para desenvolvimento de armas químicas para a Grã Bretanha.

Estou feliz por estar totalmente engajado novamente no campo da proteção vegetal. O meu trabalho durante a guerra no campo de substâncias tóxicas nunca cumpriram com os meus desejos. Eu gostaria de ajudar na melhoria da nutrição, mas não em infligir novas feridas.

Em 1945, no final da II Guerra Mundial, as forças soviéticas capturaram a fábrica que produziu tabun e derramou o agente nervoso no rio Oder. Em uma série da Operação CHASE, o Exército dos EUA carregado de uma dúzia de navios com dezenas de milhares de toneladas de munições não desejadas, mais de 32 mil toneladas de gás dos nervoso e gás mostarda, navegou cerca de 360 kilômetros ao largo da costa Leste dos EUA e depois afundou-os .

Na sequência das invasões soviéticas e alemãs nazistas da Polônia na Segunda Guerra Mundial, a pesquisa de Weigl atraiu a atenção dos nazistas. Quando eles ocuparam Lwow, lhe ordenaram a criação de uma fábrica de produção de vacinas no seu Instituto. Com a finalidade de obterem vacinas para as tropas alemãs e para o pessoal que geria os campos de concentração de prisioneiros. Cerca de mil pessoas trabalhavam lá. Weigl empregou e protegeu intelectuais poloneses, judeus e membros da resistência polonesa. Suas vacinas foram contrabandeadas para os guetos em Luvov e Varsóvia, salvando inúmeras vidas, até que o Instituto foi fechado pela União Soviética após ofensiva contra o exército nazista ocupante da Polônia.

Em 2003, meio século depois de sua morte, o Professor Weigl foi reconhecido por Israel como um Justo entre as nações do mundo. Que é um prêmio instituído pelo Memorial de Israel para lembrar as vítimas judaicas do Holocausto. Este prêmio é concedido aos não judeus que salvaram judeus durante o período do Holocausto, com o risco das próprias vidas. São honrados pelo Yad Vashem como justos entre as nações.

Em contrapartida, também nos campos de concentração, prisioneiros eram obrigados a trabalhar na produção de vacinas contra o tifo para suprir as vacinas necessárias às tropas do exército alemão e das tropas da SS. O então prisioneiro em Auschwitz, Dr Ludwik Fleck, trabalhou no bloco 46 na produção de vacinas contra o tifo. Também participou como chefe das experiências das vacinas contra o tifo o Dr. Henrich Muecter. O Dr. Heinrich Mückter [Mueckter], nasceu em 14 de junho de 1914 em Körrenzig foi um médico alemão, farmacologista e químico (faleceu em 1987). Em 1933 ele se tornou um membro da SA e em 1937 ingressou no Partido Nazista. Durante os anos da II Guerra Mundial, ele foi diretor de pessoal médico e vice-presidente do Instituto de Pesquisa do vírus de tifo, e do Alto Comando do Exército, em Cracóvia. Fez "experiências médicas" em prisioneiros de campos de concentração que foram utilizados como objetos de estudo, ele causou centenas de mortes com seus experimento em Poloneses condenados a trabalhos forçados, os quais foram utilizadas como hospedeiros para os piolhos usando–se o método Wighl para a produção de vacinas. O doutor trabalhou nos seguintes locais além de Cracóvia em suas pesquisas: Grodno, Auschwitz e Bunchenwald. Sabendo que estava sendo procurado na Polônia e com certeza de que seria condenado à morte, Wighl voltou para a Alemanha e foi se refugiar como prisioneiro na zona de ocupação do que se tornaria a Alemanha ocidental.

Antes do fim da Segunda Guerra, ocorreu a Segunda Conferência de Quebec (1944) para a implementação do chamado Plano Morgentahu, na época secretário do Tesouro dos Estados Unidos para ocupação da Alemanha. Após a guerra, se aplicado e seguido a risca, seria um genocídio alemão, pois a ideia era transformar a Alemanha num país agrícola, destruindo o seu parque industrial. Seria a condenação dos habitantes da Alemanha, que importava 40% de seus alimentos baseados nas vendas industriais. Estes morreriam de fome, ou seja, cerca de 20.000.000 milhões de seres humanos.

A ideia do desmantelamento de toda indústria alemã era muito bem vista por Stálin e Churchill. O primeiro se apossaria de todo o maquinário industrial em sua zona de ocupação, montando fábricas na União soviética, levando também a mão de obra especializada alemã. Para a Inglaterra ficaria reservado o espaço de mercado antes ocupado pela Alemanha. Devido à inviabilidade do plano Morgentahu, ele foi abandonado não antes de produzir inúmeros prejuízos, fome e morte de cidadãos alemães, notadamente dos prisioneiros de guerra, que foram categorizados como DEF (Forças Inimigas Desarmadas), que foram presos após o dia 4 de maio de 1945 e morreram nos campos de prisioneiros mantidos pelos aliados em condições idênticas de subnutrição e doenças aos campos que eram mantidos pelos nazistas, pois os prisioneiros considerados como DEF não estavam protegidos pela Convenção de Genebra. Sendo assim, a obrigação de alimentá-los era do governo alemão, que na prática nem existia. Morreram mais de 100.000 prisioneiros de fome, sede e de doenças, pois estes soldados ficaram em terrenos cercados por arames farpados, mas sem nenhum alojamento, nada que os abrigasse das intempéries.

A gigantesca IG Farben foi desmantelada em suas companhias originais, devido ao seu envolvimento com o governo nazista. A Grünenthal foi fundada por Herman Wirtz com o nome de Grünenthal Chemie, e depois renomeada como Grünental GmbH e sua sede foi mudada para Aachen. Os países que ocuparam a Alemanha em 1945 proibiram as companhias alemãs de pesquisar e produzir a penicilina. Quando a proibição foi levantada, a Grünenthal foi a primeira companhia a introduzir a penicilina no mercado no período pós-guerra dentro do mercado alemão. Este investimento deu um grande impulso financeiro à companhia.

Com a falta de mão de obra especializada gerada pela Segunda Guerra, a Grünenthal, assim como as demais empresas, precisava dessa mão de obra. Graças aos ofícios de Alfred Wirtz, antigo membro do Partido Nazista, a pacata Stolberg converteu-se senão em um refúgio para os ex-nazistas, “que tivessem as qualificações exigidas para trabalhar em uma indústria de medicamentos". Foram recrutados os seguintes profissionais:

  1. Martim Stammler, era o principal proponente da Higiene Racial nazista. Seguindo a invasão da Polônia pela Alemanha ele trabalhou com a SS em sua política sobre a população decidindo quem deveria viver, e quem não deveria. Na Grünenthal ele foi o chefe da patologia no tempo que a Talidomida estava sendo vendida.
  2. Hans Berger Prinz, outro entusiasta do programa da eutanásia na Alemanha que eliminou perto de 270.000 deficientes usando gás carbônico automotivo nas câmaras de gás criadas nos hospitais psiquiátricos. Também chefiava o chamado programa T4, cujo quadro de pessoal era composto dos campos de concentração e extermínios criados pelo nazistas.
  3. Dr. Ernst-Günther Schenck, retratado em Downfall, o filme de 2004 sobre os últimos dias de Hitler, é o único nazista uniformizado conhecido por ter encontrado refúgio no Grünenthal, embora ele não estivesse envolvido no programa da talidomida. Ele foi impedido de trabalhar como médico na Alemanha depois de voltar de 10 anos como prisioneiro de guerra na União Soviética.

Grünenthal também ofereceu emprego a Heinz Baumkötter, um capitão da SS, o médico-chefe do campo de concentração em Mauthausen e Natzweiler-Struthof, e, mais notoriamente, a partir de 1942 o médico-chefe em Sachsenhausen. Condenado à prisão perpétua pela União Soviética, em 1956, ele, assim como Schenck, voltaram para a Alemanha, onde ele foi contratado pela família Wirtz em Chemie Grünenthal.

Entre os recrutados na Stolberg, estava Martin Staemmler, um dos principais defensores do programa nazista "higiene racial". Após invasão da Polônia pela Alemanha, ele havia trabalhado com a SS em sua política de higienização da população, o que vale dizer decidir quem deveria viver e quem não deveria. Na Grünenthal, ele era chefe de patologia na época em que a talidomida estava sendo vendida.

Talvez o mais conhecido dos funcionários assassinos de Grünenthal foi Otto Ambros. Ele era claramente um químico brilhante, descrito como carismático, mesmo charmoso, ele era assessor de Hitler na guerra química e tinha acesso direto a Hitler. Em 1948 Ambros foi considerado culpado em Nuremberg de assassinato em massa e escravização e condenado a oito anos de prisão. Mas, quatro anos depois, ele foi posto em liberdade para ajudar o esforço de pesquisa da Guerra Fria. O que ele fez, trabalhando para J. Peter Graça, Dow Chemical, e o Exército dos EUA Chemical Corps. Ambros era o presidente do comitê consultivo da Grünenthal na época do desenvolvimento da talidomida e fazia parte do conselho administrativo da empresa, quando Contergan estava sendo vendido. Tendo coberto tanto do seu próprio passado, ele poderia fornecer suas habilidades para encobrir a trilha que ligava a origem da produção da talidomida aos campos de extermínio.

Dr. Heinrich Mückter [Mueckter] foi um médico alemão, farmacologista e químico.

Em 1933 ele se tornou um membro da SA e em 1937 ingressou no Partido Nazi. [1] Durante os anos da II Guerra Mundial, ele foi diretor de pessoal médico e vice-presidente do [Instituto de Pesquisa do vírus de tifo, e do Alto Comando do Exército, em Cracóvia. Fez "experiências médicas" em prisioneiros de campos de concentração que foram utilizados como objetos de estudo, ele causou centenas de mortes com seus experimentos em Poloneses condenados a trabalhos forçados, os quais foram utilizadas como hospedeiros para os piolhos usando –se o método Wighl. para a produção de vacinas .O bom doutor trabalhou nos seguintes locais em além de Cracóvia em suas pesquisas , Grodno, Auschwitz e Bunchenwald.

Sabendo-se procurado na Polônia e com certeza seria condenado á morte voltou para a Alemanha e foi se refugiar como prisioneiro na zona de ocupação do que se tornaria a Alemanha ocidental ,onde acabou prisioneiro dos Norte Americanos, indo trabalhar na Grunenthal tornou-se chefe das pesquisas e com os bônus que recebeu para colocar o Contergan no mercado sem testes rigorosos tornou – se um homem rico e viveu tranquilamente até sua morte em 1987.

Essa equipe tendo como presidente do comitê executivo Otto Ambross e sendo chefes das pesquisas Henrique Muckter chegaram a criar a talidomida ou talvez o termo melhor a ser empregado fosse recriar

O Doutor Martin Jhonson, presidente da Talidomida Trust uma organização que tem por objetivo fornecer assistência às vítimas da talidomida no Reino Unido afirma que a talidomida foi testada por Otto Ambross no campo de concentração da IG Farben em prisioneiros, por documentos descobertos por Martin Jhonson.

Um outro documento descoberto pelo escritor argentino Carlos de Napoli em 1944, parece comprovar essa assertiva. A prova mais contundente foi achada por De Napoli na antiga sede da empresa em Frankfurt, na Alemanha: um memorando que circulou entre os principais executivos da I.G. Farben, em 1944, com a fórmula da talidomida. "Naquele ano, os nazistas já estavam usando a droga, não tenho a menor dúvida", afirma o historiador. "Não que o objetivo dos cientistas de Hitler fosse gerar crianças deformadas. Eles apenas estavam trabalhando em mais uma de tantas substâncias que foram testadas nos campos de concentração.

O nome Contergan, com o qual foi lançada a talidomida no mercado alemão, foi comprado da Rhône Poulenc, a empresa francesa controlada pelos nazistas durante a ocupação da França durante a Segunda Guerra. Martin Jhonson observa que a Rhône Poulenc em 1942 registrou 14 nomes de marca de medicamentos terminados com o mesmo sufixo ergan, e que a talidomida supostamente descoberta cai facilmente nessa categoria.

A Grünenthal Química sintetizou a talidomida em 1954 e adquiriu uma patente exclusiva por vinte anos. Logo depois de adquirir a patente, a companhia iniciou os ensaios clínicos do medicamento. No início de novembro de 1956 comercializou a droga para o tratamento de infecções respiratórias com o nome comercial de Grippex, uma combinação de Talidomida, Quinino, Vitamina C e Ácido Acetil salicílico (aspirina). Posteriormente os pesquisadores da Grünenthal Química descobriram que a droga era eficaz na diminuição dos sintomas de enjoo na gravidez e, consequentemente, a companhia começou a comercializar agressivamente o medicamento sob o nome de Contergan.

Martin Johnson observa ainda que em 1954 a patente da Grünenthal da talidomida deixa implícito que os testes em humanos já havia sido realizados, mas nenhuma documentação foi fornecida a respeito de tais testes.

"As patentes sugerem que a talidomida foi, provavelmente, um de uma série de produtos desenvolvidos [no laboratório químico] Dyhernfurth ou Auschwitz-Monowitz sob a liderança de Otto Ambros no curso da investigação do gás Sarin.

A talidomida surgiu no mercado na Alemanha em 01 de Outubro de 1957. Foi comercializada como sedativo e hipnótico com poucos efeitos colaterais. A indústria farmacêutica que a desenvolveu acreditou que o medicamento era tão seguro que era próprio para prescrever a mulheres grávidas para combater enjoos Os procedimentos de testes das drogas eram muito menos rígidos e, por isso os testes feitos na talidomida não revelaram seus efeitos teratogênicos . Os testes em roedores, que metabolizam a droga diferente dos humanos, não acusaram problemas. Na Alemanha Ocidental sem testes comprobatórios de sua eficácia e inocuidade comprovada. Porque na época os remédios não eram testados para efeitos teratogênicos. Eles eram somente testados em roedores, como era a prática usual.

A talidomida tornou-se uma das prescrições de medicamentos de maior sucesso na história da medicina. No Reino Unido a Companhia Farmacêutica Britânica The Distillers Company Biochemicals ltd, uma subsidiária da Distillers Co ltd, comercializaram a Talidomida sob o nome de marca Distave, como um remédio para enjoo da gravidez, por todo o Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia. O anúncio do Distave alegava que “Distave podia ser administrado com segurança completa para as mulheres grávidas e mães que estivessem amamentando, sem efeitos adversos para a mãe e a criança.” O excelente e seguro Distave foi prescrito por quase três anos no Reino Unido.

Em todo mundo mais e mais companhias farmacêuticas começaram a fabricar e a comercializar a droga sob licença da Grünenthal, em meados da década de 1950, 14 companhias farmacêuticas estavam comercializando a Talidomida em 46 países sob 37 nomes diferentes (outras fontes citam 51 nomes). Nos Estados Unidos, representantes da Grünenthal Química, abordaram a empresa Smith-Kline & French para comercializarem a distribuição da droga. A empresa Smith-Kline & French (SKF) conduziram testes com animais e conduziram um ensaio clínico com 857 pessoas incluindo mulheres grávidas em 1956 e 1957. Em 1956 pesquisadores da SKF envolvidos ensaios clínicos notaram que mesmo usando em doses muito altas, a Talidomida não podia induzir sono em ratos. E quando a talidomida foi administrada em doses 60 a 650 vezes maiores do que o recomendado pela Grünenthal Química “para o sono induzido” não conseguiram alcançar o tão falado efeito hipnótico com as cobaias, que tinha sido alcançado com seres humanos. Depois de terem encerrados os testes clínicos e baseados em razões que ficaram ocultas por décadas, a SKf recusou comercializar a droga. Posteriormente, em 1958 a Grünethal Química chegou a um acordo com a Willian S Merrel Company de Cincinnati Ohio para comercializa e distribuir a Talidomida por todo os Estados Unidos. Foi rapidamente prescrita à milhares de mulheres e espalhada para todas as partes do mundo (46países) sem circular no mercado norte-americano

O FDA dos Estados Unidos (departamento que aprova a distribuição de alimentos drogas nos Estados Unidos) recusou-se a aprovar a talidomida para a comercialização e distribuição nos Estados Unidos,entretanto a droga foi distribuídas em grandes quantidades para fins de testes depois que o fabricante e distribuidor americano Richardson Merrell ter pedido sua aprovação em setembro de 1960. A funcionária encarregada do FDA, Frances Oldham Kelsey, uma experiente farmacologista formada pela universidade McGill e pós-graduada pela Universidade de Chicago que trabalhou com o Dr Gellin, o qual foi incumbido pelo FDA para investigar 107 mortes incomuns relacionadas com o Elixir Sulfanilamida. Frances Kelsey colaborou neste projeto de pesquisa o qual mostrou que as mortes foram causadas pelo solvente etileno glicol, presente na fórmula do referido medicamento.

No ano seguinte o congresso dos Estados Unidos institui a lei federal de 1938 de alimentos, drogas e cosméticos. Nesse mesmo ano Frances Kelsey completou seus estudos e recebeu o título de doutora em farmacologia na universidade de Chicago; durante o seu trabalho com o Dr Gellin, Frances Kelsey interessou–se pelos teratogênicos, drogas que causam mal formações congênitas. Ao completar seu doutorado Frances Kelsey entrou para a faculdade da Universidade de Chicago. Em 1942 como muitos outros farmacologistas, estava pesquisando uma cura sintética para a malária e como resultado desses estudos, descobriu que algumas drogas são capazes de passar através da barreira placentária e atingir o feto em formação.

Em 1960 Frances kelsey foi contratada pelo FDA em Washington DC. Ela era apenas um dos três médicos que trabalhavam em tempo integral e mais quatro jovens médicos que trabalhavam em tempo parcial, revendo as drogas para o FDA. Uma de suas primeiras atribuições for rever a avaliação para aplicação da droga Talidomida para a Richardson Merrel (sobre o nome comercial Cevado) como um calmante e analgésico com indicações específicas para prescrever a droga para enjoo em mulheres grávidas. Apesar de ter sido aprovada no Canadá e mais de vinte países Europeus e Africanos. Frances Kelsey reteve aprovação para a aplicação para a droga e exigiu estudos adicionais; apesar das pressões do fabricante e distribuidor da Talidomida. Frances Kelsey insistiu informações adicionais ao fabricante para explicar um estudo feito na Inglaterra que documentou um efeito colateral causado pela Talidomida no sistema nervoso. Ela não se baseou em informações da empresa que não incluiu nenhum resultado de testes A companhia Richardson Merrell foi intimada a fazer os testes e apresentar os resultados. A companhia se recusou a apresentar qualquer resultado e demandou seis vezes pela aprovação da droga junto ao DFA que recusou todas as tentativas para a aprovação.

No final dos anos 1950, foram descritos na Alemanha , Reino Unido e Austrália os primeiros casos de má formação congênita onde crianças passaram a nascer com focomelia , mas não foi totalmente óbvio , o motivo para tal doença. Os bebes nascidos dessa tragédia são chamados “bebes da talidomida“ ou “Geração talidomida”. Em 1962 quando já haviam mais de 10.000 casos de defeitos congênitos a ela associados em todo o mundo ,(a ingestão de um único comprimido de talidomida durante os três primeiros meses é o suficiente para provocar a focomelia o que foi descoberto em 1961.

Sendo inicialmente considerado um medicamento seguro, a droga foi responsável por deformidades em crianças nascidas depois de suas mães terem-na usado durante a gravidez antes do terceiro trimestre , em 1961 a talidomida foi banida do mercado alemão devido a pressão maciça do público e da imprensa. Peritos estimam que a droga causou a morte de aproximadamente de 2000 crianças e sérios defeitos congênitos em mais de 10.000 crianças, sendo que cerca de 5000 na Alemanha Ocidental.

Pesquisadores descobriram que a Talidomida ultrapassou a barreira placentária e causou graves defeitos congênitos em bebês.

Mais tarde foram feito testes em coelhos e primatas, produziram os mesmos efeitos horríveis que a droga causara em fetos humanos.

A talidomida foi removida da lista de remédios indicados. Os Estados Unidos foram poupados desse problema graças a ação firme de Frances Oldham Kelsey farmacologista encarregada pelo FDA.

A recusa de Frnces kelsey de que a droga deveria ser amplamente testada antes da aprovação, foi plenamente justificada quando o nascimento de bebês deformados na Europa foram ligados a ingestão da Talidomida por suas mães durante a gravidez. Pesquisadores descobriram que a Talidomida ultrapassou a barreira placentária e causou graves defeitos congênitos em bebês.

Frances kelsey foi aclamada na primeira página do jornal de Washington Post, como uma heroína por evitar uma tragédia similar nos Estados Unidos

. Morton Mintz autor do artigo no Washington Post disse que Kesley impediu o nascimento de centenas ou milhares de crianças sem braços e sem pernas.

Depois que Morton Mintiz trouxe ao conhecimento da nação da tragédia evitada por Frances kesley houve um substancial clamor público a emenda Kefauver Harris foi aprovada por unanimidade pelo congresso norte americano em outubro de 1962,esta emenda tornou mais rígido a regulamentação de medicamentos. A partir da publicação da emenda as empresas foram obrigadas a demonstrar a eficácia de novos medicamentos e a relatarem as reações adversas ao FDA, e solicitar o consentimento dos pacientes que estejam participando dos estudos clínicos. As reformas de testes de medicamentos, exigiu limites mais estritos sobre os testes e distribuição de novos medicamentos para evitar problemas similares. A emenda reconheceu pela primeira vez que a eficácia dos medicamentos deve ser obrigatoriamente comprovada antes de sua comercialização. Como resultado de seu bloqueio a introdução da talidomida no mercado norte americano. Frances Kelsey recebeu o prêmio do “Presidente por Serviço Civil Federal Distinto”. Recebendo-o das mãos do Presidente Jhon F Kennedy , tornando-se a segunda mulher a recebe-lo. A empresa britânica Phaté lançou um filme de Kennedy reconhecendo o trabalho de Frances Kelsey em um discurso.

Depois de receber o prêmio Frances kelsey continuou o seu trabalho no FDA, onde ela desempenhou um papel chave em moldar e fazer cumprir a emenda de 1962. Ela também se tornou a responsável para dirigia a vigilância do teste de medicamentos no FDA . Frances Kelsey se aposentou do FDA em 2005 aos 90 anos, após 45 anos de serviço.

Em 2010 o FDA criou o prêmio Kelsey a ser concedido aos empregados do FDA . (X)

Em 1998 em uma mudança controversa o FDA aprovou a talidomida para ser usada em mieloma múltiplo sendo também aprovada para combater sintomas da lepra .

Histórico da Talidomida no mundo:

1954: Na Alemanha é desenvolvida a Talidomida destinada a controlar a ansiedade, tensão e náuseas.

1957: A talidomida passa a ser comercializada em 146 países.

1960: São os descobertos os efeitos teratogênicos pela droga consumida por gestantes: durante os três primeiros meses de gravidez, interfere negativamente na formação do feto, provocando a focomelia.

1961: A talidomida é retirada de circulação em todos os países, menos o Brasil. Têm início processos indenizatórios em vários países.

1965 O Dr. Jacob Sheskin, medico israelense descobre os efeitos benéficos, na droga no tratamento dos “Eritemas Nodosos” provocados pela hanseníase (Lepra).Com isso a droga volta a ser comercializada.

Cientistas japoneses identificaram em 2010 como a talidomida interfere na formação fetal. Eles descobriram que o medicamento inativa a enzima cereblon , importante nos primeiros meses de vida para a formação dos membros. Por invadir a barreira placentária e interferir na sua formação.

Em 2012, a Grüenenthal Química, empresa produtora da talidomida pediu desculpas pelos danos causados.

Histórico da Talidomida no Brasil:

1957: Tem início a comercialização da droga

1965: A droga é retirada de circulação com pelo menos quatro anos de atraso. Na prática não deixou de ser comercializada indiscriminadamente nos casos reacionais de Hanseníase (eritemas nodosos), em função da desinformação, descontrole na distribuição, omissão governamental , auto medicação e poder econômico dos laboratórios. Com a utilização por gestantes portadores da Hanseníase surge a segunda geração de vítimas da Talidomida

1976: Têm inícios os processos judiciais contra os laboratórios e a união.

1982: Após várias manifestações que sensibilizaram a mídia, o governo brasileiro é obrigado a sancionar a lei n°7070 .de 20 de Dezembro de 1982. Tal ele concede pensão alimentícia vitalícia, que varia de meio até quatro salários mínimos, de acordo com o grau de deformação, levando se em conta quatro itens de dificuldade: alimentação, higiene, deambulação e incapacidade para o trabalho. De 1986 a 1991: Com a inflação galopante e as mudanças dos indexadores econômicos, defasam- se drasticamente os valores das pensões vitalícias.

1992: Surge a ABPST – Associação Brasileira dos Portadores da Síndrome da Talidomida. Esta associação tem por objetivo defender os direitos das vítimas da talidomida. Muitas das quais simplesmente nem recebiam as pensões que tinham direito.

1994: É publicada a primeira portaria 63, de 04 de Julho de 1994, que proíbe o uso da Talidomida para mulheres em idade fértil.

1996: É formado o grupo de trabalho para a elaboração da 1° portaria de controle da Talidomida

1997: É publicada a portaria n°354 de 15 de Agosto de 1997 que regulamenta o registro, produção, comercialização, prescrição e a dispensação dos produtos à base de Talidomida.

2003: É sancionada a lei n° 10.651, de 16 de Abril de 2003, dispõe sobre o controle do uso da Talidomida.

2005: É publicada a consulta pública da resolução N°63 para a proposta de novo regulamento técnico da Talidomida

2005: A publicação da resoluçãoN°356, de 10 de Outubro de 2005 suspende a consulta pública n°63

2006: É realizado Painel de utilização terapêutica da Talidomida, promovido pela ANVISA

2007: É realizada nova reunião na ANVISA, visando a flexibilização do uso da Talidomida

2009: Participação em reunião promovida pelo programa da Hanseníase, para discussão de documento visando, a orientação no uso controlado da Talidomida para profissionais em saúde.

2010: Promulgação da lei N°12.190 que concede indenização por danos morais as pessoas portadores da Síndrome da Talidomida.

2010: Reuniões com a ANVISA, MORHAN e UFRGS para aprimoramento da regulamentação legal da Talidomida, visando a edição de uma nova resolução para a aprovação do Conselho Nacional de Saúde.

DECÁDAS DE 1990 E 2000: A diversificação e a continuidade do uso da Talidomida no tratamento de: Lúpus, Câncer, Leucemia, Vitiligo, Aftas, tuberculose. Geraram o nascimento dezenas de novos casos de crianças vitimadas pela Talidomida (2°e3° gerações) principalmente em função da desinformação, inclusive de profissionais em área da saúde pala automedicação prática comum no Brasil .

Por ser o Brasil o segundo país em incidência de hanseníase do Mundo com uma população estimada pelo IBGE em 202,7 milhões e apresentando uma média nacional de 1,5 casos de hanseníase a cada 10000 habitantes, para se ter uma ideia de como a hanseníase é um problema de saúde pública só no ano de 2014 foram registrados 24612 novos casos. Esta condição tornou o Brasil o maior fabricante de Talidomida do mundo e a produzir a droga com o aval do governo.

A droga proibida em todos os continentes. Quando a talidomida começou há ser produzida no país, ela era fabricada por três laboratórios distintos e era conhecida por três nomes diferentes: Sedlis, Slip e Cedrin com a autorização do Ministério da Saúde.

Hoje é produzida no Brasil em nada menos que oito laboratórios :FURP (Fundação para o remédio popular) Tortuga companhia zootécnica agrária, Ecadil, Farbom, labogen S/A, Champion Farmoquímico Ltda, Microbiologia Farmacêutica ltda ,e No Laboratório da Fundação Ezequiel Dias, (Funed) em Minas Gerais. Toda a produção é enviada ao Ministério da Saúde que , a redistribui as secretárias de saúde dos estados. Nas diretorias Regionais de Saúde cadastradas, para fazer a distribuição, o medicamento é encaminhado para os postos de saúde. Vale lembrar que a comercialização desse medicamento é legal.

Em 1993 só a Funed foi a responsável pela produção de 2348 caixas de Talidomida o que totaliza 1.164 milhões de comprimidos. Ao sair do laboratório todo medicamento é encaminhado a Cme (Central de Medicamentos), que controla a aquisição e distribuição da droga. A produção de 1994 não foi divulgada pela Funed que, através de sua assessoria de imprensa, definiu o assunto como “polêmico” e por isso não forneceria os dados solicitados .

A produção da Talidomida que deveria destinar-se apenas a Rede Pública de Saúde, também encontra lugar certo em farmácias de manipulação, que são cadastradas para o fornecimento da Talidomida sob a retenção da receita médica. A informação é do Centro de Vigilância Sanitária da Secretária de Saúde Paulista.

Segundo informações oficiais, o controle na distribuição da Talidomida segue critérios rigorosos como a proibição de receitar a droga para mulheres em idade fértil e anotação em livro próprio de todo remédio entregue aos pacientes.

Porém a realidade do que ocorre com a distribuição da talidomida no Brasil, é bem outra. A Talidomida é distribuída nos postos de saúde sem uma fiscalização rígida, sendo permitido ao (a) paciente levar a cartela de comprimidos para casa, o que representa um risco pois este paciente pode fornecer um comprimido a um amigo (a) ou a uma vizinha ou vizinho.

Estas cartelas de comprimidos fornecidas nos postos de saúde a população não contém qualquer bula sobre os efeitos colaterais gravíssimos que eles podem provocar. A única advertência contida é o desenho de uma mulher grávida, com o símbolo de proibido. Desta forma as mulheres podem ser levadas a crerem que o remédio em questão é abortivo, e usa-lo na tentativa de interromper uma gravidez indesejada, sem saber que estão condenadas a gera uma criança com graves deformações.

Um outro aspecto, tem que ser levantado a baixa escolaridade, e mesmo o analfabetismo falando em torno de certas regiões do Brasil aliadas a desinformação e a falta de controle do fornecimento do medicamento novos casos de crianças defeituosas por consequência da Talidomida continuam acontecendo. Mulheres em idade fértil proibidas por lei de tomarem o medicamento, ainda usam a droga para aliviar enjoos e tensões. Absurdo é notar o descaso das autoridades em relação a estes acontecimentos. Não há qualquer indício de campanhas informativas que esclareçam a população dos perigos da Talidomida. Pelo contrário, As associações que reúnem as vítimas da droga esbarram o tempo todo na burocracia e na morosidade doa órgãos governamentais e chegam a esperar longos anos para receber os benefícios garantidos por lei.

Deformidades causadas pela talidomida: Por inativar a enzima Ceroblon, invadindo a barreira placentária e interferindo em sua formação a Talidomida inibe o desenvolvimento normal do feto (focomelia) dos membros superiores (53%dos casos) . O atrofiamento tanto de membros superiores e in outros 11% dividem –se em casos mais raros como cegueira, atrofia apenas dos membros inferiores e má formação da coluna vertebral e do tubo digestivo . O atrofiamento tanto de membros superiores e inferiores representa 25 % do total de deficiências, enquanto a surdez responde por 11%.

A talidomida em julgamento:

1967: Início do processo da talidomida na Alemanha

Processo contra a Grünenthal foi aberto em 13 de dezembro de 1967. A empresa fabricava o tranquilizante Contergan, cuja principal substância ativa era a talidomida, responsável por lesões graves em fetos humanos.

O sonífero e tranquilizante alemão Contergan, foram lançados no mercado em 1957. Ele era tido como assimilável, sem grandes efeitos colateral e muito efetivo. Na Alemanha, podia ser comprado sem receita médica. O medicamento logo se tornou um grande sucesso comercial, também no exterior.

E então ocorreu o inimaginável. O professor Wolfgang Stille, na época, um médico muito jovem num hospital de Frankfurt recorda-se. Um dia, um dos seus colegas mais velhos chamou a atenção dos demais médicos do hospital para o nascimento de um número cada vez maior de bebês sem braços e sem pernas.

Em todas as partes crianças vinham ao mundo com lesões, principalmente nos braços e pernas, mas às vezes também nas orelhas e olhos. Inicialmente, os médicos não conseguiam explicar as razões para tal, e as famílias sentiam-se abandonadas à própria sorte.

Primeiras provas

Petra Linnen, uma das vítimas do Contergan, teve experiências amargas: "Foi um verdadeiro calvário. Nós vivíamos num pequeno povoado. Hoje eu diria que as pessoas eram muito desconsideradas. Elas me tiravam do carrinho e me desenrolavam, para ver como eram as minhas deformações".

Apenas pouco a pouco levantaram a suspeita sobre a causa das deformações cada vez mais frequentes. Uma relação entre o medicamento e as lesões foi feita, pela primeira vez, em 1958. Três anos depois, o médico Widukind Lenz, de Hamburgo, apresentou as primeiras provas.

Ele constatara que todas as mães dos bebês deformados tinham ingerido o Contergan durante a gravidez. Apesar disto, a fábrica química Grünenthal, fabricante do produto, recusou-se a retirar do mercado o medicamento extremamente lucrativo.

Proibição do medicamento

No final de 1961, a venda de Contergan foi finalmente proibida na Alemanha. Na opinião de Tilman Kleinert, vítima da talidomida, um escândalo: "Não posso compreender que tenha demorado tanto – creio que três e meio a quatro anos – até o Departamento Federal de Saúde obrigar que se registrasse na bula que o remédio não deveria ser ingerido por gestantes".

Pouco a pouco, revelou-se a dimensão da catástrofe medicinal. Na Alemanha, nasceram cerca de 2.500 crianças com deformações. No mundo inteiro, foram 12 mil bebês. A promotoria pública abriu inquérito, a fim de apurar as responsabilidades na firma produtora do medicamento.

Cabia esclarecer se o produto fora lançado indevidamente no mercado, se a fabricante não deveria ter suspendido muito antes as vendas de Contergan. Além disso, tinha de ser acertada a indenização das vítimas.

Justiça lenta

O laboratório Grünenthal considerava-se inocente. Os advogados da empresa lançaram mão de todos os recursos possíveis a fim de impedir a realização de um processo. As investigações da promotoria pública estenderam-se durante seis anos e meio.

No dia 13 de dezembro de 1967, a promotoria pública de Aachen abriu o processo, fundamentado numa argumentação de 972 páginas, que acusava diversos diretores da Grünenthal pelo escândalo do Contergan.

Em 1968 começou o julgamento final. Nove funcionários executivos da empresa eram acusados, num processo que despertava enorme interesse da opinião pública. A fim de oferecer um número suficiente de lugares para os jornalistas e o público interessado, o julgamento foi realizado na cantina de uma empresa de mineração, nos subúrbios de Aachen.

Impunidade para os réus

Mas, já no início do julgamento, havia dúvidas se o gigantesco processo seria ou não levado até o fim. Infindáveis laudos periciais e contestações de legitimidade do processo fora discutidas meses a fio. Os advogados de defesa levantaram dúvidas de que as deformações pudessem ter sido causadas pelo medicamento.

As vítimas deixaram, pouco a pouco, de ser o centro e a motivação do processo. Para as famílias, o que importava era uma garantia financeira para o futuro dos filhos deficientes. Isto foi então aproveitado pelos advogados de defesa, que fizeram ofertas de indenização às famílias das vítimas, em nome da Grünenthal.

No final do mais complicado processo penal da história jurídica alemã, em dezembro de 1970, não houve uma sentença, mas apenas um acordo extrajudicial. Com o pagamento de 110 milhões de marcos do laboratório Grünenthal e outros 100 milhões dos cofres públicos: foi criado um fundo cuja renda é destinada à pensão vitalícia para as vítimas do Contergan.

Nova ação legal no escândalo talidomida.

Advogados lançar novo lance de compensação contra as empresas farmacêuticas britânicas e alemãs por trás da pílula contra enjoo na gravidez a talidomida que causou graves malformações congénitas.

Advogados emitiram novos processos contra a Grünenthal, a empresa farmacêutica alemã que produzia a talidomida, e Diageo Scotland, que no final de 1990 adquiriu Distillers Co (Bioquímicos), a empresa que distribuía a droga na Grã-Bretanha.

Uma nova ação legal foi lançada contra os fabricantes da talidomida, medicamento em nome de oito pessoas as quais alegam que eles nunca receberam uma indenização adequada por parte das empresas porque eles não foram capazes de provar que suas mães tomaram a talidomida ou suas deficiências foram consideradas inelegíveis.

À medida que esses pacientes envelhecem eles temem a deterioração de suas saúde bem como a intensificação das dores que já sentem.

Mais de 10.000 bebês foram afetados em todo o mundo, dos quais mais da metade morreu. Cerca de 460 vítimas da talidomida, reconhecidos, ainda vivem na Grã-Bretanha.

"Grünenthal e Distillers sempre afirmaram que o desastre da talidomida era uma tragédia inevitável e que eles fizeram tudo o esperado de empresas farmacêuticas no momento. Nossa pesquisa demonstrou que é um absurdo.”

"Ambas as empresas sabiam que sua droga estava causando severos danos nervosos e ambos foram explicitamente alertados para a possibilidade talidomida pode causar malformações graves. No entanto, o fármaco foi deixado no mercado por meses depois desse alerta.

"É hora de os responsáveis ​​sejam finalmente responsabilizados pelos erros do passado. Grünenthal, em particular, tem feito pouco a remediar os danos imensos que ela causou e tem que aceitar a responsabilidade pelas pessoas afetadas no Reino Unido.

"Sobreviventes talidomida no país tiveram suas vidas arruinadas por esta droga ainda não receberam qualquer justiça de Grünenthal, apesar da empresa que está sendo responsabilizado em outras partes do mundo."

Distillers concordou em pagar a indemnização das vítimas da talidomida reconhecidos em 1973, mas o novo caso legal reivindica para oito pessoas as devidas indenizações que foram prejudicadas devido a critérios médicos aplicados a época.

Sr. Davies, de Gwynedd, North Wales, nasceu com graves defeitos de ambas as pernas. Sua perna esquerda termina em um coto abaixo do joelho e perna direita tem apenas dois dedos.

Casado pai de dois filhos, disse: "Eu estou muito irritado com a maneira como eu e outros como eu, foram tratados ao longo dos anos. Nunca realmente foi dado qualquer apoio à minha deficiência e fizeram que a vida se tornasse muito difícil.

"Eu trabalhei toda a minha vida, mas eu estou preocupado que nem sempre será possível.”

"Eu tenho que usar uma prótese de perna e sofro de constante dor nas pernas, quadris e costas. Preocupa-me que a dor vai continuar a piorar e me impedir de fazer o meu trabalho. "

Ele acrescentou: "Eu sei que eu tenho mais sorte do que muitos como eu, ainda tenho meus braços, mas isso não quer dizer que eu deveria ter sido ignorado. É uma desgraça que há tantas pessoas tenham sido negada justiça desta maneira.”

"Ao meu ver, as empresas farmacêuticas procuram economizar dinheiro e ignorando o dever da obrigação cuidado que elas têm com as pessoas cujas vidas foram arruinadas.”

"Todo dia eu estou com dor e cada dia é uma luta. Espero agora, finalmente, obter a justiça que temos vindo a exigir por tantos anos. "

Um porta-voz da Diageo disse: "Nós levamos qualquer questão relativa à talidomida muito a sério.”

"Temos um longo histórico de fazer a coisa certa no nosso tratamento de talidomida as pessoas no Reino Unido como evidenciado pelo nosso relacionamento de longa data com o Thalidomide Trust and aquém fornecemos £ 60.000.000 de financiamento que nós fornecemos para garantir os cuidados de longa duração e remuneração às pessoas que realmente foram afetadas. Tanto quanto sabemos, não há processos judiciais atualmente emitidos contra nós com relação a este assunto.

Espanha realiza primeiro julgamento contra fabricante da talidomida

Cinquenta anos depois de sua retirada do mercado, começou nesta segunda-feira (14), em Madri, o primeiro julgamento na Espanha contra a empresa alemã Grünenthal, que fabricava a talidomida, um medicamento que provocou malformações em milhares de crianças em todo o mundo.

"Com este julgamento histórico, os afetados espanhóis pela talidomida esperam que (...) depois de mais de meio século de espera infinita, as vítimas espanholas vejam recompensado seu sofrimento, que começou como fetos, antes de nascer, e se prolonga até os nossos dias, com a amputação de seus braços e pernas", declarou antes do julgamento a Associação de Vítimas da Talidomida na Espanha, Avite.

A Avite exige da empresa Grünenthal 204 milhões de euros para seus cerca de 180 membros em função da gravidade de suas malformações.

Denunciando falta de reconhecimento público em seu país, onde "a mera existência oficial das vítimas espanholas não ocorreu até 2010", a Avite calcula que o número total das vítimas, muitas já falecidas, poderia alcançar pessoas.

"Com uma sentença favorável à nossa demanda, o laboratório alemão Grünenthal seria considerado oficialmente, pela primeira vez na história, responsável pelo ocorrido", explicou Avite.

Grünenthal havia pedido publicamente perdão em setembro de 2012, ou seja, 50 anos depois dos primeiros casos de malformação, afirmando que "sentia muito" seu longo silêncio.

Este medicamento, que era prescrito às grávidas no final dos anos 50 e começo dos 60 para combater as náuseas, acabou causando danos irreversíveis no desenvolvimento dos fetos.

Estima-se que entre 10.000 e 20.000 pessoas tenham nascido com más-formações, às vezes sem um dos membros, depois que as mães tomaram este medicamento.

A talidomida foi retirada do mercado no final de 1961 na Alemanha e na Grã-Bretanha. A Avite afirma que ainda foi preciso esperar meses para que o medicamento fosse proibido na Espanha.

A talidomida foi uma tragédia mundial causada por empresas farmacêuticas movidas somente pelo lucro, sem levar em consideração o ser humano mas o que se pode esperar de pessoas cuja ideologia política pregava a supremacia de sua raça e considerava os demais sub humanos .

Se o Dr Martin Johnson presidente da Talidomide Trust conseguir provar origem da Talidomida ao Governo Nazista da Alemanha o atual governo como sucessor do antigo será responsabilizado junto com a Grünenthal e a esperança de uma maior indenização para os sobreviventes da tragédia da talidomida poderá ser obtida.

Glossário da talidomida

Focomelia é uma anomalia congênita que impede a formação normal de braços e de pernas. Caracteriza-se pela aproximação ou encurtamento dos membros do feto, tornando-os semelhantes aos de uma foca . Por vezes os ossos largos estão ausentes, e mãos e pés rudimentares se prendem ao tronco por ossos pequenos e de forma irregular

Lúpus Eritematoso Sistêmico:

É uma doença autoimune do tecido conjuntivo de causa desconhecida que pode afetar qualquer parte do corpo. Assim como ocorre em outras doenças autoimunes, o Sistema imune ataca as próprias células e tecidos do corpo, resultando em inflamação e dano Focomelia é uma anomalia congênita que impede a formação normal de braços e de pernas. Caracteriza-se pela aproximação ou encurtamento dos membros do feto, tornando-os semelhantes aos de uma foca. Por vezes os ossos largos estão ausentes, e mãos e pés rudimentares se prendem ao tronco por ossos pequenos e de forma irregular.

Lúpus Eritematoso Sistêmico:

É uma doença autoimune do tecido conjuntivo de causa desconhecida que pode afetar qualquer parte do corpo. Assim como ocorre em outras doenças autoimune, o Sistema imune ataca as próprias células e tecidos do corpo, resultando em inflamação e dano tecidual uma em cada duas mil pessoas possuem esse problema, sendo mais comum em mulheres negra e latinas (atingindo uma a cada 245 mulheres).

Tecido Conjuntivo se refere ao grupo de tecidos orgânicos responsáveis por unir, ligar, nutrir, proteger e sustentar outros tecidos

Artrite Reumatoide É uma doença autoimune sistêmica caracterizada pela inflamação das articulações, (artrite) e que pode levar a incapacitação funcional dos pacientes acometidos. Além de danificar as articulações possuem manifestações sistêmicas que como rigidez matinal pelo menos durante uma hora, fadiga e perda de peso.

Quiral Um objeto ou sistema que não pode ser sobreposto a sua imagem especular.

Isómeros É um fenômeno no qual dois ou mais compostos diferentes apresentam a mesma fórmula molecular e diferente fórmula estrutural

Enatiomtros são moléculas que são imagens no espelho uma da outra e não são sobreponíveis nem por rotação nem por translação.

O enatimomêtro um dos esteroisómeros que composto quiral é pode ser a base do efeito pretendido.

RDC Resolução da Diretoria Colegiada

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

MORHAN Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase

FUNED Fundação Ezequiel Dias.

Tecido Conjuntivo se refere ao grupo de tecidos orgânicos responsáveis por unir, ligar, nutrir, proteger e sustentar outros tecidos

Artrite Reumatoide É uma doença autoimune sistêmica caracterizada pela inflamação das articulações (artrite) e que pode levar a incapacitação funcional dos pacientes acometidos. Além de danificar as articulações possuem manifestações sistêmicas que como rigidez matinal pelo menos durante uma hora, fadiga e perda de peso.

Isómeros É um fenômeno no qual dois ou mais compostos diferentes apresentam a mesma fórmula molecular e diferente fórmula estrutural

Enatiomtros são moléculas que são imagens no espelho uma da outra e não são sobreponíveis nem por rotação, nem por translação.

O enatimomêtro um dos esteroisómeros que composto quiral é pode ser a base do efeito pretendido.

RDC Resolução da Diretoria Colegiada.

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

MORHAN Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase.

Bibliografia

Thalidomide _Metabolys by The CyP2C subfamily Clinical Cancer Research an official Journal Of the American Association for Cancer Research 1964-1973

Talidomida no tratamento do Eritema Nodoso: Gerson Oliveira Penna, Celina M.T. Masotelli, Mariane M.A Stefani, Vanize O.Macedo, Maria de Fátima Maroja, Aiçar Chaul -2005

O que é a Talidomida Site da ABVT = Associação Brasileira das Vítimas da Talidomida.

Frances Kesley Canada Hierloon, series Hierlonn Publishin Inc 2009/08/15.

Phisician to be Honored, for historian decision on Thalidomide.

The Public’s Quiet Savior form Harmful Medicine. The New York Times Harris Gardnier, 13/09/2010.