Adams, Roger (1889-1971)

ROGER ADAMS (1889-1971)

Roger Adams era um descendente direto do segundo Presidente dos Estados Unidos, John Adams. Seus antepassados ​​mudaram para sudeste de New Hampshire, onde o pai de Roger, Austin W. Adams (1845-1916), ensinava em uma escola rural. Austin mudou-se para Boston em 1872, onde empregou-se nas estradas de ferro Old Colony e New Haven e trabalhou por toda a vida. Em 1880 Austin se casou com Lydia Curtis, que morava em Jamaica Plain (atualmente um bairro histórico de Boston), uma professora descendente de colonos pioneiros. Os Adams viveram durante vinte anos em Worcester Street, no setor residencial atraente da parte sul de Boston. Austin Adams era um pai amável e um homem com vocações acadêmicas. Manteve sua família em uma escala confortável, mas não luxuosa.

Roger Adams nasceu em 1889 e foi o último de uma família com três filhas e, aparentemente, teve uma infância feliz. Adams estudou na Boston Latin School e Cambridge Latin High School (agora chamada de Cambridge Rindge and Latin School). Adams entrou na Universidade de Harvard em 1905 e completou os requisitos para um grau de bacharel em três anos. Seu interesse por química pode ter sido despertado por ter frequentado o curso de C. L. Jackson sobre "a química da vida cotidiana" em seu primeiro ano de faculdade. De fato, em seu primeiro ano, Adams ganhou a bolsa de estudos Honorária "John Harvard" por ter obtido quatro notas com conceito A.

Em seu último ano, Adams fez cursos avançados e começou a pesquisa em Química Orgânica sob a orientação de H. A. Torrey. Seus anos em Harvard não foram destacados, obtendo notas altas em química, porém notas baixas em mineração. Após a graduação em Harvard em 1909, Adams trabalhou para a obtenção de seu PhD no Radcliffe College, apoiado por um estágio de ensino sob a direção de H. A. Torrey. Torrey morreu inesperadamente em 1910, de modo que Adams terminou seu PhD sob a orientação de Charles Loring Jackson, George Shannon Forbes e Latham Clarke.

Em seguida, Adams recebeu uma bolsa de estudos Parker para o exterior. Nos anos de 1912 e 1913 ele trabalhou no laboratório de Emil Fischer e Otto Diels em Berlim e no de Richard Willstätter. Um ingresso entre os papéis de Adams mostra que ele tomou um Zeppelin de Potsdam para Berlim; ele também viajou na Finlândia, Rússia e Suécia. Embora não resultasse em artigos científicos, o ano europeu de Adams foi o início de seu interesse na carreira científica.

Depois de retornar da Europa, em 1913, Adams voltou a Harvard e trabalhou como assistente de pesquisa para Charles L. Jackson, recebendo U$800/mês. Durante os próximos três anos, ele ensinou química orgânica na Universidade de Harvard e Radcliffe, iniciou o primeiro laboratório de química orgânica elementar na Universidade de Harvard e começou seu próprio programa de pesquisa. Durante esses três anos, Adams carregou uma alta carga horária de ensino em Harvard e Radcliffe e destacou-se como professor de muito sucesso. Tanto que James B. Conant, que o sucedeu, fê-lo com um certa apreensão , questionando-se sobre sua própria capacidade de despertar o interesse em Química Orgânica à uma classe fundamental.

Em 1916, Adams aceitou uma oferta de William A. Noyes, chefe do Departamento de Química de Illinois, para se tornar professor assistente com um salário de U$2.800 por mês. Adams era ambicioso para realizar algo notável na ciência e, sem dúvida, viu que o departamento de Illinois, já bem conhecido por sua pesquisa e ensino, oferecia mais oportunidades do que Harvard, bem como melhores instalações laboratoriais. Adams então assumiu o cargo em Illinois com a determinação de desenvolver o seu próprio programa de pesquisa e também o departamento. Apesar de muitas ofertas atraentes para se deslocar para outras posições na indústria ou na universidade, incluindo o MIT e Harvard, Urbana (cidade em Illinois) permaneceu sua casa para o resto de sua vida, durante 56 anos.

Adams sentiu que os sistemas universitários Europeu e Norte Americano eram ambos de mau gosto: um professor de cada departamento ou instituto controlando as atividades de absolutamente todos os estudantes de pesquisa e membros da equipe júnior. Esta atitude se refletiu na liderança de Adams no departamento de Illinois ao longo de linhas mais democráticas, que forneceu um modelo para outros departamentos de graduação de ciências em universidades dos Estados Unidos.

A política de Adams de ajudar seus colegas juniores a desenvolverem carreiras de pesquisa independentes foi enfatizada ainda mais em 1954, quando ele projetou o programa para a Fundação Sloan, que deu subsídios irrestritos para jovens trabalhadores promissores. Na University of Illinois Urbana-Champaign Adams assumiu o comando da Fábrica de Química Orgânica, aplicando-se o chamado programa Preps, iniciado por seu antecessor C. G. Derick, que consistia em fazer a síntese de compostos orgânicos que eram importados na Alemanha e, que por conta da Primeira Guerra Mundial, teve seu fornecimento interrompido. Nesta época o programa Preps foi o responsável por todo desenvolvimento químico ocorrido nos EUA.

O laboratório de Adams foi ampliado e reorganizado com a ajuda de estudantes, particularmente Ernest H. Volwiler e C. S. Marvel. Mais de 100 compostos importantes foram disponibilizados para venda e para uso em Illinois. Procedimentos de contabilização de custos rigorosos foram implementados no laboratório. Adams se tornou um sucesso financeiro, bem como científico. Os procedimentos desenvolvidos e testados no seu laboratório começaram a ser publicados anualmente pelo jornal Organic Synthesis, os quais James Bryant Conant referiu-se como o "Anuário Adams". De 1918 a 1926 Adams começou um período de intensa pesquisa com estudantes de doutorado e que resultaram em 73 publicações. Foram ao todo 45 doutorandos orientados por Adams, tais como E. H. Volwiler, J. R. Johnson, A. W. Ingersoll, S. M. McElvain, W. H. Carothers, W. R. Brode, C. R. Noller, R. I. J. Shriner, C. F. Rassweiler e que se tornaram conhecidos no meio acadêmico ou industrial.

Em Urbana, Adams desenvolveu vigorosamente a pesquisa na preparação de anestésicos para anestesia local com Oliver Kamm da faculdade de Illinois, e tornou-se um consultor para os laboratórios Abbot em 1917. Nesse mesmo ano, Adams foi arrastado para a pesquisa para o Exército dos EUA em gases venenosos na Universidade Americana, em Washington, DC. Lá, ele e Conant dirigiram grupos de pesquisas e E. P. Kohler, um velho amigo da faculdade de Adams de Harvard, esteve a cargo da chamada Seção Ofensa. Adams passou os últimos meses de 1918 como major do exército e foi reconhecido por Connant como a figura líder do grupo.

Adams casou-se com Lucile Wheeler em 29 de Agosto de 1918. A Sra. Adams pertencia a uma família bem conhecida de Vermont. Ela era graduada por Mount Holyoke, estudou dietética na Universidade de Columbia e ensinava economia doméstica na universidade de Illinois. Eles tiveram uma filha chamada Lucile e quatro netos.

Os Adams logo se mudaram se para uma casa grande na rua West Michigan número 603 em Urbana, onde muitos convidados, estudantes e visitantes ilustres foram recebidos. Esta casa foi o refúgio de Adams para o resto de sua vida. Em 1924 Adams foi acometido de uma grave doença, que o deixou afastado de suas atividades profissionais durante um ano. Durante esse tempo ele dedicou-se a colecionar selos, um passatempo que perdurou por muitos anos ao longo de sua vida.

Dentre os problemas importantes em que ele trabalhou durante sua carreia de pesquisa incluiu-se o desenvolvimento de óxido de platina para reações de hidrogenação catalítica. Este ganhou o nome de catalisador de Adams e é um dos catalisadores mais facilmente preparados e ativos para reações de hidrogenação. O catalisador pode ser preparado por fusão de nitrato de sódio com ácido cloroplatínico ou cloroplatinato de amônio. O grupo de Adams também desenvolveu um aparelho de baixa pressão para a utilização do catalisador, o qual teve um grande impacto na síntese e elucidação estrutural de compostos orgânicos, assim como de compostos bioquímicos.

Trabalhando no Laboratório de Noyes, Adams e seus mais de 250 estudantes fizeram muitas descobertas significativas, entre elas:

1) A Síntese de ésteres cloroalquila, através da combinação de aldeídos e cloretos de acila.

2) Desenvolvimento de anidridos de ácidos alifáticos, que formam cetonas na reação de Friedel-Crafts.

3) Determinação da estrutura do disalicilato e ácido desidroacético.

4) Síntese total e determinação da estereoquímica da polihidroxiantraquinona, utilizando de ftalidas conhecidas.

5) Síntese do ácido chaulmoógrico, utilizado na época no tratamento da lepra e do ácido hidnocárpico e dos seus derivados dihidratados.

6) Estudo do genêro das plantas Senecio, que é um dos maiores gêneros de plantas com flores, contendo mais de 1200 espécies e que apresentam os alcalóides da crotalaria. Estes estudos que abriram dois campos de estudo: estudos da pirrolizidina, que é a base dos alcaloides pirrolizidínicos e que são substâncias hidrossolúveis, não atropínicas, com efeitos hepatóxicos, pneumotóxicos, carciogênicos e mutagênicos. Contudo alcaloides contendo estruturas pirrolizidínicas podem também apresentar efeitos anti-diabetes e anti-tumorais. Atualmente a crotalaria está sendo plantada na cidade mineira de Uberaba em uma campanha intensiva contra a dengue, porque ela atrai as libélulas, que são predadoras de mosquitos, e se no local houver entre eles o aedes aegypti, certamente serão devorados também.

7) Determinação da estrutura do Gossipol para as indústrias das sementes de algodão. A estrutura do gossipol foi talvez a mais difícil de determinar.

8) Isolou e identificou o canabidiol da Cannabis sativa, mostrou sua relação com canabiol e sua relação com o tetrahidrocanabiol (THC). Sintetizou o canabinol e o tetrahidrocanabinol e seus análogos. A volumosa correspondência relacionadas com o seu trabalho sobre a maconha ilustra bem a sua capacidade administrativa e científica e da ilimitada energia e entusiasmo com que exerceu as suas pesquisas. De fato, seus trabalhos para esses compostos naturais são extraordinários, dada a dificuldade em determinar a estereoquímica, mesmo para esses compostos com a rotação restrita.

Como um todo, as pesquisas de Adams representam o ponto alto da química orgânica estrutural, particularmente em produtos naturais, antes da Revolução Instrumental e antes do surgimento da físico-química orgânica como um campo principal.

Em 1926, Adams foi escolhido por unanimidade como sucessor de W. A. Noyes como chefe do Departamento de Química na Universidade do Illinois. Nesta data o departamento foi reconhecido como um dos líderes em Química Orgânica e os traços característicos de um departamento de pós-graduação na concepção de Adams eram claros: o corpo docente deveria ser de notável capacidade. Na década de 1930 o grupo orgânico desse departamento foi formado por: Adams, Marvel, R. L. Shriner, R. C. Fuson e, mais tarde, H. R. Snyder, C. C. Priçe e N. J. Leonard. O sucesso de Adams nessa época é muito notório, sendo eleito para a Academia Nacional de Ciências em 1929.

Os equipamentos e as instalações em seu laboratório eram atuais, estudantes e alunos de graduação eram cuidadosamente selecionados e apanhados no entusiasmo contagiante e trabalho árduo duro da faculdade, fazendo que que eles também trabalhassem longas horas. As pesquisas foram cuidadosamente feitas, e prontamente preparadas para publicação e uma grande atenção foi dada para colocação dos graduados em posições adequadas. Adams foi ativamente interessado ​​no progresso de todos os graduados em química de Illinois depois que eles deixaram Urbana e os recomendava a novas posições e, quando surgia a ocasião, sua notável memória permitia-lhe para chamar a maioria deles pelo nome, principalmente àqueles que foram diretamente orientados por ele. Adams desenvolveu um esquema altamente bem sucedido para dirigir e graduar um estudante de pesquisa. Ao iniciar um estudante em uma pesquisa que prometia sucesso razoável e publicava o trabalho prontamente, ele construía a confiança do aluno em realizar experimentos mais difíceis. Tais problemas como difícil rotação em bifenilas ofereceu indispensável e excelente formação em síntese e medições físicas. Pesquisas difíceis em produtos naturais geralmente eram dadas para estudantes de graduação experientes ou pós doutorando. O magnetismo pessoal de Adams fazia interessante até mesmo a labuta encontrada em seus projetos de pesquisa, que dava bons resultados.

Sua natureza flutuante e voltada para o futuro, a sua personalidade extrovertida, o seu interesse em pessoas como indivíduos, e sua amplitude de conhecimento e experiência tornavam a conversa com ele divertida e encantadora, amplamente educacional no melhor sentido. O trabalho de Adams em síntese orgânica, sua circulação em volumes de reimpressão para as principais universidades americanas e estrangeiras e sua participação ativa nas sociedades científicas, aumentaram a reputação de seu departamento. O que ele realmente conseguiu em 1930 foi o desenvolvimento de um departamento de pós-graduação de estatura nacional que tinha força em todos significativos campos da química e representou um novo acréscimo a essa característica instituição de ensino americana.

Embora A. A. Noyes no MIT (mais tarde na Caltech) e G. N. Lewis em Berkeley tinham construído departamentos de físico-Química com vários colegas excelentes, o Departamento de Illinois era maior e oferecia uma gama mais ampla de oportunidades de pesquisa para os estudantes. O crescimento e a pesquisa da produção do departamento de Illinois são apresentados por uma pesquisa de trabalhos em química orgânica no Journal of the American Chemical Society. Em 25 anos a partir de 1914 até 1939, Illinois foi apenas ultrapassado quatro vezes no número de publicações de pesquisa orgânica avançada. Passou de quatro artigos em 1914 para 66 artigos em 1939 cientificamente de alta qualidade.

De fato, durante os anos 1920 até 1939, Illinois produziu 346 Doutores em química, 6% de todos os doutores do país neste campo. Adams dirigiu quase um terço do total de Illinois e foi o responsável por cerca de 2% dos doutorandos em todo o país para os anos 1920 até 1939. Adams orientou 3% dos doutorados americanos em todos os campos da química. Estima-se que em 1920 haviam 300 laboratórios de investigação industrial nos Estados Unidos e que em 1940 o número teria crescido para 2.200. Em 1927, a indústria química é acreditada para ter 3.3000 pessoas trabalhando em pesquisa, e em 1938, a despeito da depressão, o número tinha aumentado para 9.542. Adams tinha uma inclinação natural para o mundo dos negócios. Embora ele sempre se considerasse como um membro da profissão acadêmica, ele entendia de finanças e negócios e era ligado a empresários de quem tinha o respeito e a confiança.

Com efeito, ele serviu como consultor da A. E. Staley Co., M. W. Kellogg Co., e Coca-Cola, assim como a Abbott. Adams e Marvel se tornaram consultores para a Du Pont em 1928. Foi dado um grande impulso à pesquisa industrial com o sucesso espetacular do brilhante aluno de Adams, Wallace H. Carothers. A pesquisa de Carothers foi fundamental para os polímeros na DuPont entre 1928 a 1937, e resultou na descoberta do nylon e da borracha de neoprene. Adams, sempre muito próximo a ele, ficou profundamente arrasado pela sua morte em 1937.

Em julho de 1940, Vannevar Bush estava trabalhando para mobilizar cientistas americanos no esforço da Segunda Guerra Mundial. Bush queria trazer Adams para o Comitê de Investigação de Defesa Nacional que ele estava organizando para o presidente Franklin D. Roosevelt. Muitos acreditavam que Adams era o principal químico orgânico nos Estados Unidos, e o amigo e ex-colega de Harvard de Adams, James Bryant Conant tinha a intenção que Adams liderasse o projeto para desenvolver novos explosivos e criar produtos químicos sintéticos. No entanto, os esforços de Bush foram paralisados na obtenção de um certificado de segurança para Adams. O Exército deu o certificado, mas a Marinha recusou.

Neste momento, o Federal Bureau of Investigation, sob a direção de J. Edgar Hoover estava fazendo vigilância em "cidadãos americanos suspeitos" e vinha mantendo um arquivo sobre Roger Adams. O FBI tinha informado Hoover que Adams era um dos principais membros de um grupo da frente comunista aparente chamado Comitê de aniversário do Lincoln para o Avanço da Ciência. O FBI também tinha informações de que Adams era um membro contribuinte de uma revista de propaganda japonesa suspeita. Adams também foi suspeito aos olhos do FBI, porque ele estava fazendo estudos sobre os mecanismos químicos pelos quais a cannabis sativa afeta o cérebro. A planta tinha sido efetivamente proibida pela aprovação da Lei de Imposto de Marijuana 1937. Para os fins desta pesquisa Adams tinha obtido extrato de óleo vermelho da planta legalmente do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. Em 1939, este foi o foco principal do trabalho de Adams. Por estas razões, o Escritório de Inteligência Naval disse que nunca iria aprovar a habilitação de segurança para Adams.

Hoover viu que a pressão política estava construindo para dar a Adams habilitação de segurança e que o FBI poderia ter errado. Assim, eventualmente, recuou, indicando que o "Professor Adams" é um nome muito comum e pode haver alguma confusão. No entanto, Hoover continuou a suspeitar das lealdades políticas dos cientistas envolvidos na mobilização da Segunda Guerra Mundial por causa de sua visão de mundo internacionalistas. No final, Roger Adams obteve o seu certificado de segurança e encarregou-se de um esforço bem sucedido para a fabricação de borracha sintética para substituir os suprimentos de borracha natural do Extremo Oriente que tinham sidos cortados pela guerra. Esta foi uma continuação do trabalho feito por E. K. Bolton (amigo de Adams de Harvard) na DuPont.

No caso de Adams, o FBI teve grande parte de sua informação errada. Adams era politicamente ativo, mas sem vínculo com qualquer grupo chamado Comitê de aniversário do Lincoln para o Avanço da Ciência. Ele era um membro do Comitê de aniversário do Lincoln para a Democracia e Liberdade Intelectual (LBCDIF), que foi fundada pelo proeminente antropólogo Franz Boas para desacreditar as políticas raciais nazistas.

Depois da guerra, ele estava em Berlim, de novembro de 1945 até Fevereiro de 1946, como assessor científico do governo militar dos EUA sob o general Lucius D. Clay, onde exerceu influência significativa em reviver os compêndios alemães, Beilstein e Gmelin. Ele também visitou o Japão duas vezes com comissões de cientistas, e o plano que se seguiu para uma completa reorganização da ciência japonesa resultou em sua reconstrução.

Ao longo de linhas mais democráticas. Seu grupo teve uma longa conferência com o general MacArthur que fortemente elogiou o seu relatório e usou-o como uma base para a política científica no Japão. Roger Adams foi para uma geração o líder da Química Orgânica nos Estados Unidos.

Além de publicar excelente pesquisa em química estrutural e estéreoquímica e à formação de cerca de 250 doutores e pós-doutorandos em Illinois, ele desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento de pós-graduação em ciência da educação. A sua influência sobre o crescimento de pesquisa química industrial foi ótima, tanto pessoal como através dos alunos que ele treinou. Seus serviços ao país em duas guerras mundiais e à comunidade científica valeram-lhe o papel de estadista científico no cenário mundial. Ele combinava qualidades pessoais de carisma, força, inteligência elevada, e extraordinária capacidade para trabalho árduo.

Devido aos trabalhos de Adams e suas das contribuições significativas para o campo da Química Orgânica, o Prêmio Roger Adams foi estabelecido em 1959 como um Prêmio Nacional da American Chemical Society (ACS) em reconhecimento à contribuições relevantes para o campo da Química Orgânica. O prêmio é concedido a cada dois anos, onde o nome do laureado é apresentado no Simpósio Nacional de Química Orgânica, que é organizado pela Divisão de ACS de Química Orgânica.

Prêmios e honrarias de Roger Adams:

Medalha William H. Nichols (1927)

Prêmio Willard Gibbs (1936)

Medalha Elliott Cresson (1944)

Medalha Priestley da American Chemical Society (1946)

Medalha Perkin (1954)

Medalha Franklin (1960)

Medalha Nacional de Ciência (1964)

American Institute of Chemists Medalha de Ouro (1964)

Alpha Chi Sigma Hall of Fame (1989)

BIBLIOGRAFIA:

D. S. Tarbell, A. T. Roger Adams Scientist and Statesman, American Chemical Society: 1981.

D. S. Tarbell, Ann T. Tarbell, R. M. Joyce (1980). "The Students of Ira Remsen and Roger Adams". Isis 71 (4): 620–626. doi:10.1086/352596. JSTOR 230504.

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