Romãzeira
Punica granatum L.
Nomes comuns
Romãnzeira, romãzeira, romãnzeira, milgreira, romeira, romãnzeira-de-jardim
Família e descrição
Do género Punica, família Punicaceae, a romãzeira é um arbusto ou pequena árvore de folha caduca, que pode atingir cerca de 5 m de altura.
Possui ramos de cor cinzenta acastanhada, os mais jovens de secção quadrangular. Os exemplares silvestres possuem espinhos nos ramos.
As folhas são verdes lustrosas, opostas, simples e oblongas.
As flores são hermafroditas, ou seja, possuem ambos os sexos em funcionamento. A sua floração ocorre entre maio e setembro e as flores, cor-de-laranja-escuro (por vezes brancas) ocorrem em grupos de uma a três.
O fruto – romã – é de estrutura complexa, esférico, coriáceo, coroado por dentes de cálice. Interiormente é compartimentado por membranas que albergam numerosas sementes prismáticas rodeadas de uma polpa carnosa, comestível, de rosa intenso, transparente e sabor doce.
A propagação é feita por sementes e estacas.
Origem e habitat
É uma planta originária do extremo oriental Mediterrânico e do Himalaia, daí se estendendo por todo o Mediterrânico.
Em Portugal é cultivado sobretudo a sul do Tejo, onde também se encontra em estado silvestre, em bosques e sebes de campos hortícolas.
Pode ser cultivada em pleno sol ou meia sombra, é resistente à secura e tolera vários tipos de solo.
Utilizações e curiosidades
A romãzeira foi cultivada na antiguidade pelos fenícios, gregos e egípcios.
A importância do seu fruto – romã – é milenar, aparecendo em textos bíblicos associada às paixões e à fecundidade, sendo também considerada pelos gregos como símbolo do amor e da fecundidade.
A árvore da romã foi consagrada à deusa Afrodite, pois acreditava-se nos seus poderes afrodisíacos.
Para os judeus, é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo.
Existem também relatos sobre a sua presença nos jardins do Rei Salomão. Também em Roma a romã era usada nas cerimónias e cultos, considerada símbolo de ordem, riqueza e fecundidade.
Na Idade Média a romã era frequentemente considerada um fruto cortês e sanguíneo, figurando nos contos e fábulas de muitos países.
As romãs possuem antioxidantes úteis no combate a doenças cardíacas e envelhecimento.
Ramos, flores e frutos são ricos em taninos e têm sido usados como adstringentes e curtientes.
A raiz é utilizada como desparasitante intestinal.
É uma planta resistente, raramente é afetada por pestes ou doenças.