Padreiro
Acer pseudoplatanus L.
Nomes comuns
Ácer, bordo, padreiro, plátano-bastardo, falso-plátano, ácer-branco
Família e descrição
Pertencente à família Aceraceae, o Acer pseudoplatanus é uma árvore de folha caduca, de crescimento rápido, que pode alcançar os 30 m de altura.
Esta árvore possui uma grande copa, de forma ovoide.
O tronco é acinzentado, escamoso nas árvores adultas.
As suas folhas são verdes, ovadas, com cerca de 10 a 20 cm de comprimento, com um grande pecíolo que pode ter tons avermelhados. Tem 5 lóbulos agudos e margens irregularmente serradas.
As flores, amarelas esverdeadas, surgem entre maio e junho. Dispõem-se numa espécie de panícula pendente com até 12 cm de comprimento. É uma espécie monoica, o que significa que o mesmo exemplar contém órgãos reprodutores femininos e masculinos.
O fruto, sâmara, surge no fim do verão, geralmente agrupadas em pares. Excecionalmente podem aparecer três sâmaras em lugar de duas.
Origem e habitat
É natural do centro e sul da Europa.
Na Península Ibérica encontra-se principalmente nas montanhas da Galiza, Cordilheira Cantábrica e Pirinéus ocidentais.
Pode encontrar-se também plantada ou semi-espontânea noutros locais. Aparece nos bosques de faias, de carvalho-roble e carvalho-negral.
Não tolera grandes períodos de secura. Resiste aos frios invernais intensos e aos calores de verão desde que possua água em abundância.
Pode desenvolver-se em solos calcários ou silícios.
Tolerante a locais sombrios, Acer pseudoplatanus, prefere os locais frescos e as regiões montanhosas, embora suporte bem o calor e à secura. É exigente quanto ao solo que deve ser fértil e rico em matéria orgânica.
Na Península Ibérica aparece desde os 200 m até pouco mais de 1800 m.
Utilizações e curiosidades
A origem do nome genérico, Acer, utilizado pelos romanos, faz alusão à dureza e firmeza da sua madeira.
Segundo alguns autores, Acer, deriva do vocábulo Celta, que significa espinha ou ponta, pela sua madeira ser usada para fabricar pontas de lanças.
O restritivo específico pseudoplatanus, faz referência à semelhança das suas folhas com as do plátano.
A sua madeira é de cor pálida com uma granulação contínua, sendo leve e fácil de trabalhar, muito apreciada em tornearia, marcenaria e carpintaria.
As folhas, frutos e córtex da raiz têm sido utilizados como medicinais, atribuindo-se a estas componentes, propriedades adstringentes.
As folhas maceradas em vinho, usaram-se em forma de colírio, para evitar o choro involuntário; o cozimento das suas raízes foi considerado um remédio contra a sarna. No entanto, todas estas propriedades parecem não ter confirmação atual.
Do seu tronco e ramos, se for efetuada uma incisão na primavera, surge um líquido açucarado agradável de beber, que de acordo com alguns autores, era tomado habitualmente por algumas pessoas.
É também muito utilizada como espécie ornamental, em parques, jardins e arruamentos.