Pilriteiro
Crataegus monogyna Jacq.
Nomes comuns
Pilriteiro, escambrulheiro, espinha-branca, cambroeira, espinheiro-alvar, espinheiro-branco, espinheiro-ordinário, estrapoeiro, estrepeiro, pirliteiro, abronceiro, escalheiro
Família e descrição
Da família Rosaceae, o pilriteiro é um arbusto de folha caduca que pode alcançar 10 m de altura.
O seu tronco é liso, cinzento-pardo, escurecendo com a idade. Os ramos são de cor vermelho-púrpura ou pardo-avermelhado, com espinhos retos de 2 a 4 cm que surgem no caule.
As folhas são simples, alternas, com 3 a 5 lóbulos de margem serrada, verde brilhante.
Com uma floração intensa de fevereiro a maio, as flores, pentâmeras, brancas e odoríferas surgem agrupadas em corimbos. Os estames são de cor púrpura.
O fruto, não comestível, surge em julho e permanece até outubro, é vermelho escuro brilhante, de 6 a 10 mm, redondo, coroado por restos de sépalas.
Origem e habitat
Esta planta é originária das regiões temperadas e frias da Europa e Ásia.
Na Península Ibérica é uma espécie muito abundante.
Geralmente, integra as orlas de bosques caducos ou mistos, incluindo galerias ripícolas, podendo também surgir espontaneamente em carvalhais e sobreirais, em colinas pedregosas e nas laterais dos caminhos.
Utilizações e curiosidades
O nome do género provém do adjectivo grego Krataios: forte, robusto, alusivo à sua madeira que é duríssima, e muito resistente, de cor branca ou rosada, apreciada em tornearia e boa como combustível e para fabrico do carvão. O nome monogyna, provém do grego mono = um e gynos = pistilo.
É uma planta melífera.
O pilriteiro, apesar de ser um arbusto silvestre, é muito frequente como planta ornamental, sendo muito decorativo quando em floração ou frutificação.
Dão alimento e refúgio a numerosos animais pequenos (insetos, aves canoras, pequenos mamíferos), pelo que é necessário conservá-lo, não só no seu estado natural, mas também em jardins e parques.
Com interesse ornamental. Em certos países os seus frutos são utilizados na preparação de bebidas alcoólicas.
Os frutos são ainda utilizados pelas suas propriedades diuréticas e adstringentes, atualmente são-lhe atribuídos ação de hipotensores.
A flor do pilriteiro é utilizada em infusão, como regulador do ritmo cardíaco e goza também de propriedades sedativas.
O pilriteiro pode ser utilizado como porta-enxerto de pereiras.
Utiliza-se para formar sebes espinhosas resistindo bem às podas. Recomendada para zonas urbanas poluídas e zonas litorais.