Fiteira
Cordyline australis (Forster) Endlicher
Nomes comuns
Fiteira, árvore-da-couve, lírio-palma
Família e descrição
A fiteira, da família Asparagaceae, é uma planta lenhosa arborescente, sempre-verde, com 12 (20) m de altura, no seu local de origem, não ultrapassando os 4 ou 6 m de altura, quando cultivada.
O tronco é ramificado apenas na parte superior (nos exemplares adultos), podendo ter até 1,5 m de diâmetro.
As folhas são agrupadas em roseta na extremidade dos ramos, compridas e estreitas, de 30 a 100 x 3 a 6 cm, sésseis, paralelinérveas.
As flores estão dispostas em grandes panículas terminais, ramosas, muito pequenas, brancas, aromáticas, rodeadas por 6 peças abertas em estrela; 6 estames e um ovário súpero, que acaba num estigma curtamente trilobado.
O fruto, é uma baga branca, globosa, pequena, com cerca de 4 mm de diâmetro, com várias sementes negras.
Origem e habitat
É originária da Oceânia (endémica da Nova Zelândia).
Surge numa vasta gama de habitats, desde orlas de florestas, margens de rios, pântanos e zonas abertas (clareiras).
Utilizações e curiosidades
Cordyline australis é uma das poucas árvores da Nova Zelândia que pode recuperar-se na sequência do fogo.
A espécie renova o seu tronco a partir de gemas existentes no rizoma e que estão protegidas sob o solo. Essa estratégia, é obviamente, vantajosa para a planta que regenera rapidamente, antes da restante flora que foi atingida pelo fogo.
As sementes possuem um óleo combustível, que as mantem viáveis por vários anos e a seguir a um incendio germinam rapidamente aproveitando ao máximo a luz e as clareiras formadas pelas chamas.
O fruto de C. australis é uma fonte de alimento favorito para o pombo Nova Zelândia e outros pássaros nativos. As sementes de são ricas em ácido linoleico, um dos ácidos gordos essenciais.
Cultiva-se frequentemente como planta ornamental em jardins e parques.
Das folhas obtém-se uma fibra têxtil de boa qualidade, produzindo-se também um xarope açucarado, rico em frutose.
Os maoris utilizavam o suco das folhas de C. australis para tratar lesões e feridas.
A ponta das folhas era comida crua como tónica e purificadora do sangue.
Os rebentos jovens eram comidos pelas mães que amamentavam e pelas crianças com cólicas.