Louro-cerejo
Prunus laurocerasus L.
Nomes comuns
Louro-cerejo, loiro-cerejo, loiro-inglês, loureiro-cerejeira, loureiro-de-trebizonda, loureiro-real, loureiro-romano, loureiro rasteiro.
Família e descrição
Pertencente à família Rosaceae, género Prunus, o Prunus laurocerasus é um arbusto ou pequena árvore de folha persistente que pode alcançar os 8 metros de altura e que tem uma copa muito ramificada, com ramos divergentes.
O tronco possui uma casca castanho-escura com numerosas saliências.
As folhas são alongadas em forma de lança, de base arredondada, com margem ligeiramente dentada, lisas e rijas, verde-escuras, lustrosas na página superior.
As flores brancas surgem em abril e dispõem-se em cachos com 8 a 13 cm de comprimento. São flores aromáticas, pequenas, com 5 pétalas de cerca de 4mm.
O fruto é uma drupa, semelhante a uma cereja, que surge entre julho e agosto e que se agrupa em cachos. A cor varia entre verde, no início, vermelho e, finalmente, negro, quando maduro.
Origem e habitat
Esta espécie é natural do sudeste da Europa e Ásia Menor.
Cultivada e subespontânea em locais de clima temperado, pode aparecer em bosques luminosos de folhosas e encostas sombrias.
Tolera a secura e o ensombramento e tem preferência por solos húmidos e profundos, ricos em matéria orgânica.
Utilizações e curiosidades
Esta espécie é “prima” da amendoeira, pessegueiro, ameixeira, damasqueiro, cerejeira, etc.
É por vezes confundido com o loureiro, o que faz com que o restritivo específico seja laurocerasus, sendo que lauro deriva do género Laurus, pois as folhas são semelhantes às do loureiro (Laurus nobilis) e cerasus deriva da semelhança do fruto com as cerejas.
Distingue-se facilmente do loureiro pelos racimos mais curtos, que raramente ultrapassam o tamanho das folhas, pelas folhas que são largamente elípticas, que quando trituradas cheiram a amêndoa amarga e pelas glândulas repartidas pela nervura mediana.
As flores desta espécie possuem um cheiro a amêndoa amarga, assim como as folhas quando trituradas.
As folhas frescas contêm um heterósido cianógeno, que por hidrólise produz ácido cianídrico que pode originar intoxicações graves.
Planta ornamental da qual se obtém uma “água destilada de louro-cerejo”, que quando desprovida da quase totalidade do ácido cianídrico, é utilizada como aromatizante e medicinal no tratamento de infecções bronco-pulmunares.
Introduzida como ornamental em Portugal e Sul da Europa, é muito cultivada em jardins e parques, sendo utilizada em sebes e topiária, uma vez que suporta bem a poda.