Máquinas Administram?


Em geral o trabalho administrativo, tanto de auxiliares, assistentes ou do próprio profissional de formação, possui características diretas e analíticas. Isto é, há questões frias que podem ser resolvidas de modo automático e já, bem dizer, robótico, que se misturam a questões analíticas e unitárias onde haverá sempre uma situação diferente, com causas diversas e exceções específicas. A nossa questão é: seria uma máquina capaz de interpor nessas questões? Até onde a inteligência artificial virá a ter influência nas decisões humanas dentro do ramo trabalhista?

A humanidade está dividida entre pessoas que temem o inovador e aquelas que o procuram. Para as empresas, inovação pode ser uma oportunidade perigosa. O aprimoramento tecnológico exige um valor X, não é atoa, podemos observar como as ideias mais impressionantes aos olhos veem de grandes redes empreendedoras com capital gigantesco. A razão desses números têm haver de fato com material e produção, mas além disso, o novo é de certo modo proibido. Teriam então as empresas que trabalhar às escondidas para gerar novas ideias ou devemos apenas esperar que o outro se arrisque e depois criar o produto? São questões assim que levam o mercado a se dividir, tal como a população, entre o medo e a ansiedade. Vivemos hoje em uma disputa silenciosa de quem vai criar e quem vai comprar.

Na parte administrativa existem diversas questões que podem ser aprimoradas pela tecnologia e inclusive pelas próprias máquinas, se vão ser essas inovações criadas pelo próprio ramo se inovando ou algo inventado por outro setor e nós pagaremos para copiar, cabe as minhas e as suas atitudes decidir.

Não ceder ao medo do investimento.

Eu estou gerando uma ideia que vai tirar o meu emprego? Talvez.

Talvez o seu emprego, com o nome que ele tem, não exista mais daqui cem ou dez anos. E teriam as suas habilidades que ser transferidas para outro cargo. Digamos um setor de humanos, para onde o seu funcionário robô encaminhará as situações que não pode resolver ou que a sua devida máquina de resolução de problemas não foi programada para entender. Partes das suas funções foram tiradas e funções novas serão acrescentadas por conta disso. A história mostra que não precisamos mais do escrivão, no entanto, ainda temos escritores.

É trabalho das ciências tecnológicas desenvolver, mudar, marchar cada dia um passo a mais para o futuro e ela não vai esperar que você sente e descanse, muito menos diminuir o passo quando correrem atrás dela, então porque não caminhar ao seu lado?

O profissional que se adapta nunca é um profissional desempregado.

Rosabel Poetry

Autora, Poeta & Redatora