A Comunicação do Século


Desde que o ser humano colocou seus santos pezinhos nessa Terra, uma coisa sempre ficou implícita nas nossas muitas definições de mundo. O fato de sermos o que somos. E afinal o que somos? De uma certa forma, sempre houve dúvida em nós sobre tudo, e junto da dúvida a preguiça. Vivemos em uma era em que o conhecimento nunca esteve tão acessível e tão pouco acessado. Dizemos coisas para as pessoas que na realidade não temos certeza, mas preferimos deixar assim do que pesquisar a informação real. Conferir o que acabamos de falar. Uma ação que hoje deveria ser muito simples e infelizmente não é. A resposta está em nosso bolso, literalmente, porém, a preguiça de saber, o trabalho de checar e o medo de estar errado nos travam em um tipo de medo da confirmação.

Tempos antes de nós, o acesso às respostas não funcionava dessa maneira prática. Os livros eram taxados como proibidos, crianças só tinham o conhecimento dos pais para contar e os pais só tinham o conhecimento que outros pais lhe passavam. Não estou falando de muitos séculos atrás, o próprio término da Segunda Guerra Mundial só foi declarado para algumas pessoas depois de dois ou três anos. Dois a três anos de angústia e medo, sem saber se a guerra tinha acabado ou não. Já passamos da hora de admitir que não valorizamos como deveríamos a passagem de informação rápida que temos atualmente.

O que quero apontar aqui é simples. Todos podemos, e a grande maioria têm acesso para isso, nos tornar dominantes de algum assunto de interesse. Dependeria apenas de nós descobrir pelo que nos atraímos e investir nosso tempo nisso. Ao em vez de desperdiçar esse mesmo tempo com futilidades ou qualquer ato fora do nosso interesse real, poderíamos usar do mesmo acesso para trazer informações úteis ao nosso cotidiano ou para ter uma maior satisfação pessoal.

Rosabel Poetry

Autora, Poeta & Redatora