Bullying - Fazendo e Sofrendo


Um dos temas mais tratados e ignorados nos tempos de hoje, depois de tantos anos de conscientização, fazendo uso de programas, projetos, avisos em geral e tantas outras fontes, é triste que ainda tenhamos de tocar no assunto. Mas o mundo sempre se moveu pelo medo ou não é verdade?

É interessante olhar a cena dos dois pontos, desde os próprios “bully” de quem se origina a palavra e a ação até as chamadas vítimas. Em quase todo caso é priorizada a imagem da vítima, podemos ver isso em notícias, filmes e etc, no entanto, sugiro abandonar essa abordagem por um instante, avalie a situação pelo agressor. A maioria das pessoas que comete esse tipo de agressão (física, verbal, virtual) têm uma vida não muito confortável e o humor negro funciona de certa forma como uma vingança. Você sente raiva por ser zoado e como consequência você zoa os outros e sente aquele doce gostinho da vingança. A pessoa atingida tem duas opções: fraquejar e ceder ao medo ou buscar uma nova forma de força. Uma das formas mais prazerosas e práticas de conseguir força é através da prática do mal. Ou, nesse caso, repassar a prática do bullying.

Esse ciclo vicioso de um faz e o outro repete é o que manteve essas agressões entre nós tantos anos. Não existe idade para o bullying, não existe lugar e qualquer coisa te faz um alvo. Se forçarmos a memória para esse tema, não demoraremos a perceber que todos somos vítimas e todos somos agressores. Momentos em que aquela velha escolha tem de ser feita de novo: Ceder ou buscar forças. E onde buscar forças? Se a resposta fosse um pouquinho mais acessível talvez não houvesse tanto bullying; pois simplesmente não haveria tantos agressores.

Rosabel Poetry

Autora, Poeta & Redatora