Reportagem especial

Greve no IFSP (IST)

Por: Luciano Francisco Lisboa Junior

No início de março, o Brasil começou a ser paralisado pela grande greve dos docentes e técnicos administrativos das universidades federais e dos IFs. Os servidores lutam pela reestruturação de suas carreiras, pela recomposição salarial referente às inflações de 2017 (governo Temer) até agora, pela recomposição orçamentária e por diversas outras reivindicações que proporcionarão um ambiente de ensino melhor. Inúmeras instituições já aderiram ao movimento em todo o país.

No IFSP Ilha Solteira, a comissão de mobilização do campus organizou uma primeira assembleia no dia 3 de abril, para decidir qual seria a postura local. Nessa reunião, foi aprovada por unanimidade uma paralisação de 1 dia para 10 de abril. A assembleia foi aberta e houve grande participação de estudantes. No dia 10, estudantes, docentes e técnicos administrativos se encontraram na Praça das Araras para uma aula aberta sobre o movimento grevista e confeccionaram cartazes a respeito da greve.

Após a paralisação, realizaram-se mais duas assembleias e, na última, que aconteceu em 24 de abril, foi deflagrada uma greve por tempo indeterminado, com início em 29/04. O resultado foi alcançado com 15 votos a favor, 4 contra e 10 abstenções. Vale destacar que os servidores estão amparados pelo direito de aderir à greve e também pelo direito de não aderir a ela. Então, nem todos os servidores de Ilha Solteira estarão de fato paralisados a partir do dia 29. No caso deste campus, houve adesão de 100% dos técnicos administrativos e os docentes ainda estão em processo de decisão sobre a continuidade das aulas e sobre as adequações a serem realizadas para que elas aconteçam. 

Mesmo sem adesão completa, há total apoio à greve pelos docentes, para que se consigam melhores condições de trabalho e a manutenção da qualidade de ensino oferecida pelas instituições educacionais federais. Isso implica necessariamente em um ambiente digno, acolhedor e propício para estudantes e funcionários.

Aula Aberta na Praça das Araras, durante o dia de paralisação

Servidores e estudantes durante a primeira assembleia do campus este ano