Ribeira de Cima- Zambujal de Alcaria
miniguia de campo disponível no posto de turismo de Porto de Mós
Descrição do transecto
Local: Ribeira de Cima, (Porto de Mós)
percurso:
De Porto de Mós siga pela estrada 362 em direcção a Serro Ventoso. Em Ribeira de Cima, no final da recta, antes de iniciar a subida, vire no corte para a esquerda que vai em direcção a uma empresa de corte de pedra. Passando a acesso para a empresa pare e estacione num largo junto às margens do ribeiro.
Inicie o percurso pelo vale no caminho de pé-posto junto à linha de água em direcção a montante (Sul), junto ao ribeiro a vegetação densa típica de galeria ripicola conferindo a frescura necessária ao desenvolvimento de um tipo de vegetação de porte arbustivo e herbáceo determinante para a ocorrência de espécies de fauna, em particular de aves mais adaptadas a este tipo de habita tais como as toutinegras (Sylvia atricapillae e melanocephala) , rouxinol-comum, pisco e carriça.
Nas encostas, predomina um povoamento muito denso de pinhal com a espécie Pinheiro-de-Alepo Pinus halepensis , salpicado com pequenas manchas de pinheiro-bravo e eucaliptos, transformando uma paisagem que outrora foi de olival. Nesta área onde domina o Gavião-da-europa encontramos várias espécies de chapim, tentilhão, esterlinha-de-cabeça-listada, pombo-torcaz, tordoveia, e, melro entre outros.
À medida que progredimos no percurso , à distância de cerca de 1,5km do ponto de inicio, o vale bastante encaixado e húmido, abre, e revela zonas abertas, mais amplas e secas com campos agrícolas onde o olival é dominante. Nesta área é possível observar a Poupa, a Perdiz, Petinha-dos-campos, e,como invernante, o esquivo Melro-de-Colar. No período estival é possível observar o Andorinhão-real que nidifica nas falésias a Sul.
A partir daqui e seguindo o itinerário, mantêm-se a paisagem de olival até perto de localidade de Zambujal de Alcaria onde encontramos uma nova linha de água (não permanente, onde, há 2 variáveis a considerar:
1 - virar em direcção a Oeste e subir pelo trilho em direcção a Chão das Pias
2 - ao encontrar a segunda linha de água seguir o caminho que a acompanha em direcção a montante (Sul) até encontrar o magnífico anfiteatro natural que dá pelo nome de Fórnea.
local (flora e vegetação presente)
A presença de água à superfície ( não permanente) e a geomorfologia deste vale muito encaixado permite a ocorrência de um conjunto de flora e vegetação espontânea associada a galerias ripicolas com os choupos (Populus sp.) e salgueiros (Salix atrocinerea), conferindo a frescura necessária ao desenvolvimento de um tipo de vegetação de porte arbustivo e herbáceo determinante para a ocorrência de espécies de fauna, em particular de aves mais adaptadas a este tipo de habitat.
O olival que outrora ocupava as encostas do vale foi substituído por um povoamento denso de Pinheiro de alepo Pinus halepensis, seguindo-se nas quotas mais altas e com desnível bastante acentuado espécies mais tolerantes à secura e exposição solar , um coberto arbustivo denso com predominância de pilriteiros (Crataegus monogyna), abrunheiros (Prunus spinosa) e carrasco (Quercus coccifera).
De notar a presença de pequenos núcleos de cedros (Cupressus lusitânica) junto à linha de água na passagem do vale (mais húmido) para os povoamentos de olival em campos agrícolas.
Se o transecto pretendido seguir a opção fórnea então, nas margens do leito sazonal do ribeiro da Fórnea, algumas figueiras (Ficus carica) atingem grandes dimensões, tal como grandes pilriteiros (Crataegus monogyna), loureiros (Laurus nobilis) e medronheiros (Arbutus unedo). É também aí que se encontram dois exemplares preciosos de uma árvore já rara em Portugal: a zelha (Acer monspessulanus), espécie de folhagem verde-amarelado, caduca, característica da vegetação mediterrânica.
espécies de aves a destacar
Gavião da Europa (Accipiter nisus) e Melro -de-Colar (Turdus torquatus)
outras aves possíveis de observar ao longo do percurso
toutinegra de barrete, toutinegra de cabeça preta, rouxinol ,petinha-dos campos, melro, chapim-carvoeiro; pica pau, tordo comum, tordo-ruivo, poupa, carriça, chapim azul, chapim real, tentilhão, perdiz, gaio, gralha preta, corvo, , entre outros