Anfibios

A região geográfica compreendida entre os rios Douro e Tejo alberga na generalidade grande diversidade de espécies, o que se explica por ter sido aí que populações naturais encontraram refúgio e conseguiram permanecer durante as glaciações do Pleistoceno - que tornaram as áreas mais a norte inóspitas para muitas das espécies - mas também por ser uma zona de transição entre as zonas biogeográficas atlântica e mediterrânica, conferindo-lhe um carácter particularmente rico e diverso em habitats.

O elevado número de espécies de anfíbios (a maioria das espécies portuguesas) que pode ser encontrado no concelho de Porto de Mós é um bom reflexo deste conjunto de factores.

Mesmo meios urbanos, incluindo centros de cidades, podem albergar consideráveis populações de diversas espécies de répteis e anfíbios, especialmente se dotados de alguns espaços verdes que funcionem como corredores entre zonas de habitat mais favorável. A manuntenção de zonas florestadas, charcos e a conservação das zonas ribeirinhas revestem-se aqui de particular importância. Muitas das espécies encontram mesmo o seu nicho em ambientes mais urbanizados como muros de quintas e jardins, campos agrícolas, lagos artificiais ou charcos. A existência de massas de água é crucial para a reprodução da maioria das espécies de anfíbios.