Lista de espécies

INFORMAÇÃO TÉCNICA

Critérios taxonómicos e nomenclaturais

A taxonomia e a nomenclatura das espécies (e taxa intraespecíficos) das plantas vasculares listadas correspondem às adotadas na Checklist da Flora de Portugal (2011), projecto coordenado pela Associação Lusitana de Fitossociologia (ALFA).

A informação relativa aos caracteres morfológicos dos taxon baseia-se na descrição morfológica contida na Flora Ibérica (Castroviejo et al., 1986-2014), na Nova Flora de Portugal (Franco, 1971, 1984; Franco e Afonso, 1994, 1998, 2003), e em observações de campo.

Mapas de distribuição

A distribuição geográfica apresentada para a presença nas áreas selecionadas para as visitas baseia-se apenas em dados de observação de campo e de herbário, relativo a uma selecção de espécies restrita tendo em conta o objeto e a utilidade deste trabalho.

Os critérios adotados para a seleção das áreas propostas para as visitas tiveram em conta a conjugação de um conjunto de fatores, nomeadamente:

- áreas naturalizadas ou semi-naturalizadas em terrenos baldios com percursos públicos sinalizados 

- áreas distintas em tipo de solos, habitats e orografia

- uma distribuição espacial equitativa no território    

Os inventários de campo tiveram em conta uma metodologia de prospeção e realizados em seis campanhas de campo nomeadamente

- primavera , verão e outono de 2016 nas áreas abrangidas pelas freguesias de Arrimal, Serro Ventoso e Pedreiras

- primavera, verão, outono e inverno de 2020 em todas as áreas selecionadas  fortemente condicionada pela limitação imposta com as restrições à mobilidade em consequência da pandemia COVID 19

Os inventários de campo tiveram a colaboração de vários voluntários estrangeiros ao serviço do programa ERASMUS na recolha de material para herbário, georreferenciação e fotografia das espécies inventariadas 

Metodologia 

As áreas selecionadas para as visitas  que enquadram a  área de estudo foram dividida em quadrículas de 1x1Km INSPIRE em ETRS89 na projeção LAEA, que corresponde ao sistema utilizado a nível europeu para a comunicação espacial das espécies constantes na Directiva Habitats.

 Das 31 quadriculas selecionadas resultou a representação gráfica da localização de cada espécie, tendo sido prospetadas todas as quadrículas em que pelo menos 5 ha estivessem incluídos nas áreas objeto de prospeção. Das referidas quadrículas selecionou-se metade através de uma amostragem regular, assegurando assim que a área seria amostrada sistematicamente e tendo em consideração que a única quadrícula de área fora da rede natura 2000 (Juncal)  fosse amostrada. Desta forma foram selecionadas 31 quadrículas a serem prospetadas.

 A generalidade das espécies foi identificada no terreno, não obstante terem sido coletados alguns exemplares para posterior identificação

 

Tendo em conta o cariz  educacional deste projeto, não se identificaram híbridos entre espécies 

Sempre que existiu uma espécie com mais do que duas subespécies ou variedades de difícil diferenciação, optou-se por apenas referir a espécie 

A lista  das plantas vasculares  identificadas apresenta referências ao facto de serem raras, endémicas, localizadas e ameaçadas ou em perigo de extinção de acordo com os critérios da categoria de ameaça da IUCN em Portugal Continental, e referenciadas ou listadas nos anexos da Directiva Habitats, em que o II, é o de proteção mais elevado, o IV, o de proteção intermédio e o V o de proteção mais baixo).

Apenas se consideram os taxa que ocorram em habitats naturais e semi-naturais, estabelecendo-se e propagando-se por reprodução vegetativa ou sexuada. Assim, foram excluídos todos os taxa cultivados, quer para fins paisagísticos, quer florestais ou agrícolas, que persistem temporariamente em ambientes muito alterados pelo homem. O nome aceite de cada taxon é seguido da abreviatura do nome do autor [segundo Brummitt & Powell 1992; International Plant Names Index (IPNI) http://www.ipni.org/index.html]. 

Esta lista, é,  um trabalho inacabado,  pelo facto de a nomenclatura, a taxonomia e a corologia botânicas estarem, permanentemente, sujeitas a adições e correções, reinterpretados, ou corrigidos os seus nomes em acordo com as regras do ICBN (Código Internacional de Nomenclatura Botânica), mas também, pelo potencial de  serem descobertos no território novos taxa indígenas   (exemplo da Arenaria grandiflora em 2020)

Por uma questão de organização e de limitação para um formato adequado, a lista de espécies presente no livro representa apenas uma parte das espécies presentes no Concelho de Porto de Mós e nas excursões propostas, deixando para o utilizador a árdua tarefa de a completar com os seus próprios registos que poderão ser confirmados  através do sítio web de apoio ao projeto “Discover Porto de Mós” , que conta com atualizações frequentes com base na ocorrência de novos registos.