FIGUEIRINHAS - FIGUEIREDO

miniguia de campo disponível no posto de turismo de Porto de Mós

Descrição do transecto

Local: Figueirinhas, Serro Ventoso (Porto de Mós)

percurso:

Ao chegar a Serro Ventoso,seguir à direita as placas que indicam ECOPISTA, até chegar ao campo de futebol de Bezerra. A parti daí seguir a pé sentido Norte em caminho de pé-posto em direcção a Figueiredo.

As encostas que ladeiam o vale apresentam um coberto arbustivo denso com predominância de carrasco e medronheiro salpicado com pequenas manchas de pinhal e eucaliptos, transformando uma paisagem que outrora foi de olival e campos agrícolas como testemunham os muros de pedra solta e as velhas oliveiras que se destacam com os seus ramos secos no verde dominante da paisagem.

Destaca-se a presença de espécies residentes como o pisco, a toutinegra-do-mato e do pica-pau-verde, de invernantes como o tordo-ruivo ou nidificantes como a rola brava, espécie cada vez mais rara em Portugal

Seguindo o percurso subimos a encosta a direcção a Leste e avançamos ao encontro do vale passando por uma mancha de carvalho cerquinho e ladeando os terrenos agrícolas que ocupam a área mais profunda, e fértil do vale

Ao aproximar da localidade de Figueiredo presenciamos a ocorrência de água corrente no pequeno ribeiro que corre no fundo do vale servido pelas várias surgências a montante da localidade, o que permite a ocorrência de espécies que ocupam este tipo de habitats mais húmidos como a alvéola amarela ou o bico-de-lacre.

local (flora e vegetação presente)

O inicio do percurso apresenta uma área com alguma perturbação onde é notória a presença de espécies invasoras como a haquea picante (Hakea sericea).Ao descermos para o vale, deixando para trás uma área de povoamento de pinheiro-bravo (Pinus pinaster) a vegetação espontânea é caracterizada por mato alto com a dominância de carrasco (Quercus coccifera), que ocupam nas encostas do vale os Olivais abandonados. Nestas áreas mais expostas surgem outras espécies de porte arbustivo como o folhado (Viburnum tinus); zambujeiro (Olea europaea var.sylvestris); medronheiro (Arbutus unedo); aroeira (Pistacia lentiscus), e o lentisco bastardo (Phillyrea angustifolia),habitat que oferece alimentação e refugio a um conjunto de espécies de aves invernantes e residentes.

Seguindo para Norte e para uma quota mais baixa, sempre pela área mais húmida do vale entramos numa zona de carvalhal com dominância de carvalho-cerquinho (Quercus faginea), habitat constituído por árvores de grande porte, que permitem áreas de sombra e a presença de no estrato arbustivo de espécies como a gilbardeira (Ruscus aculeatus) ,e, no estrato herbáceo de espécies como a rosa albardeira (Paeonia broteroi). Nas clareiras ocorrem comunidades herbáceas de grande valor biológico.

espécies de aves a destacar

Dada a diversidade de biótopos presentes neste pequeno percurso, são várias as espécies possíveis, destacamos a Toutinegra-de-cabeça-preta (Sylvia melanocephala) pela facilidade de a encontrar e a, Rola-brava (Streptopelia turtur), que nidifica regularmente nesta área.

outras aves possíveis de observar ao longo do percurso

chapim (de crista, real, carvoeiro, azul, rabilongo), pica-pau-verde, torcicolo, tordo (comum,ruivo,pinto), poupa, carriça, pisco, tentilhão,pintaroxo, perdiz, gaio, gralha preta, corvo, alvéolas (branca, cinzenta e amarela) e, bico-de-lacre. entre outros