Rota das Moiras

Local – Bezerra – Serro Ventoso – Porto de Mós

Inicio do Percurso – Bezerra Rua principal

– coordenadas 39º32'47.94"N 8º50'50.43"W

- Sentido: Bezerra – Picoto - Cuto de Cavalarias – Portela Vale Espinho – Casais do Chão da Mendiga – Mato Velho – Malhadais - Bezerra

Tipo – circular; Distância – 9,77km ; Altitude 315 - 603m; Declive médio 10,8% a -8,6%

Grau de dificuldade – moderado

O tema

De todas as heranças que esses povos nos deixaram, a moura (ou moira) é sem dúvida, uma das que exerceu um especial fascínio no nosso imaginário colectivo.

Embora não existam lendas de moiras encantadas na cultura islâmica, já nas culturas cristãs peninsulares, de matriz celta e germânica, podemos afirmar que a sua presença afirma-se como um dos mais sentimentais, maravilhosos e encantadores produtos do nosso imaginário tradicional.

Estas lendas têm uma origem popular e propagam-se oralmente ao longo de inúmeras gerações. Serviam para transmitir os valores essenciais às sucessivas gerações e tornaram-se, desta forma, vestígios de usos, costumes e tradições das épocas mais arcaicas e originais.

As suas características afirmam-se numa linguagem de grande simplicidade, compreensibilidade e densidade simbólica.

São várias as lendas que encontramos nesta região, aqui transcrevemos algumas:

Moiras

Aos pastores do Mato Velho apareciam moiras que lhes pediam merendeiras sem sal, em troca de saquinhos com bolas pretas, quando aqueles guardavam os rebanhos na Serra da Figueira. A bolinhas eram oiro encantado.

Bruxas da Póvoa

No sítio da Póvoa, bailavam as bruxas à meia noite, quando o luar estava entre nuvens. Os casados eram esmurrados, se por lá passassem e aos solteiros contavam os três. Uns e outros evitavam passar por lá.

Cabra de Oiro

Cerca de um quilómetro do lugar de Serro Ventoso, há uma fonte chamada “a Fonte da Cabra”, onde está enterrada uma cabra de oiro. Durante a noite vai ali beber o seu cabrito, também de oiro, o qual se ouve chorar como uma criança.