Excursão 9

Local Chão Nogueira (Alqueidão da Serra)

Pela sua situação geográfica ( limite norte do Maciço Calcário Estremenho ) a uma altitude (493m) a área proposta para a visita proporciona uma paisagem de grande plano, sendo possível avistar um território que se estende por mais de 20Km quase até ao mar

.

A área proposta para a visita integra um mosaico complexo de estruturas naturais como calcários oolíticos (com pequenos grãos que se assemelham, na forma, a ovos de peixe, daí o nome), vales de solos profundos (chamados de "covões"), lajes calcárias, dolinas cultivadas com culturas de sequeiro e até uma pequena charca temporária (Lagoa Chão Nogueira) que num passado recente era utilizada pelas crianças para uns banhos refrescantes no verão

localização


paisagem


Caracterização

Solo

Derivado de calcários cársicos do Jurássico.

Depósitos areníticos e terra rossa

Ccalcários, margas e conglomerados

Calcários oolíticos

Habitas presentes em destaque:

Charcos temporários mediterrânicos

Carrascal

Pinhal e eucaliptal

Lajes calcárias

Prados rupícolas calcários

Matos baixos calcícolas

Vegetação

Juncos e herbáceas pequenas de floração precoce nas margens de charco temporário em depressão com solos argilosos de origem calcária , enquadrada numa área de parcelas agrícolas com um envolvente de povoamento florestal de eucaliptal, ou misto de eucaliptos e pinheiros.

Prados anuais em clareiras de matos dominados por carrasco (Quercus coccifera) numa etapa de substituição por degradação do carvalhal de carvalho-cerquinho (Quercus faginea) com loureiros (Laurus nobilis), do qual se mantem alguns exemplares na bordadura das parcelas agrícolas.

Urzais e tojais em povoamento florestal misto de pinhero-bravo (Pinus pinaster) e eucaliptos (Eucalyptus globulus), com orlas espinhosas composta por silvas (Rubus ulmifolius) , salsaparrilha (Smilax aspera ), e, ruiva-brava (Rubia peregrina)

Lajes calcárias e fendas rochosas colonizadas por fetos , espécies arbustivas como a gilbardeira (Ruscus aculeatus) , trepadeiras como a e salsaparrilha (Smilax aspera) , suculentas do género Sedum sp. e o Saxifraga cintrana, um endemismo lusitano com o estatuto de vulnerável com preferência por locais sombrios e frescos ao abrigo das pedras .

Matos baixos calcícolas com dominância de tomilho (Tymus sp.) e alecrim (Rosmarinus sp.), em clareiras ou sob coberto de povoamento jovem de pinheiro-bravo (Pinus pinaster)

Prados rupícolas calcários, ricos em diversidade de espécies de plantas com um calendário florístico que nos presenteia com uma variedade de cores e formas ao longo do ano, como o Narcissus bulbocdium a Ophrys fusca e a Gagea lusitana no Inverno, a Anemone palmata e a Arenarria conimbricensis a Mantisalca salmantica e a Merendera montana no verão ou a Ononis pusilla e a Scilla autumnalis no Outono,

Existência de percurso assinalado: PR7

O percurso proposto, enquadra um mosaico de vegetação que integra povoamento florestal de pinheiro bravo e eucaliptos, matos , afloramentos rochosos e pequenas parcelas de campos agrícolas, situadas em depressões com solos mais estruturados limitadas por muros de pedra solta.