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VIAGENS NA MINHA TERRA
Almeida Garrett
trabalho de roteiro
1. Capítulo I – O desejo de autenticidade, característico do Romantismo, manifesta-se no pormenor da data da narração. Registe todos os dados importantes desse tempo de início de viagem.
2. «Vou nada menos que a Santarém», afirma o narrador no capítulo I das Viagens na Minha Terra para concluir no último capítulo: «Assim termina a nossa viagem a Santarém e assim termina este livro.»
Como justificas, então, o plural Viagens que nos surge no título da obra?
3. «Vou nada menos que a Santarém: e protesto que de tudo quanto vir e ouvir de quanto eu pensare sentir se há de fazer crónica.» (capítulo I)
«... e declaro abertamente ao benévolo leitor a profunda ideia que está oculta debaixo desta ligeira aparência de uma viagenzita que parece feita a brincar, e no fim de contas é uma coisa séria, grave, pensada como um livro novo da feira de Leipzig (...)»
«... nesta minha viagem Tejo arriba está simbolizada a marcha do nosso progresso socia]: espero que o leitor entendesse agora.» (capítulo II).
3.1. Considerando a frase do cap. I, preenche o esquema que se segue, explicitando os diferentes recursos narrativos ou tipos de discurso presentes no texto da obra:
Inventariação das matérias versadas por Garrett nas Viagens:
a) De quanto o autorviu resultaram textos ____________________________
b) De quanto o autorouviu resultaram textos __________________________
c) De quanto o autorpensou resultaram textos _________________________
d) De quanto o autorsentiu resultaram textos __________________________
3.2. Faz uma recolha de fragmentos que exemplifiquem os vários tipos de discurso assinalados.
3.3. Explica a «profunda ideia... oculta» (Questão 3.) referida pelo narrador.
3.4. Classifica o narrador a partir da sua presença neste excerto.
3.5. O narrador das Viagens não é um mero doador passivo do discurso: conta e organiza o texto de uma forma dialogante e viva.
Comprova-o, baseando-te nos excertos transcritos.
4. No 2º capítulo, o narrador estabelece os polos de uma dialética ao nível filosófico e literário.
4.1. Distingue-os.
4.2. Qual deles identifica esta obra?
5. Atenta na narração da disputa entre campinos e ílhavos, no capítulo I.
5.1. Evidencia o uso popular da linguagem.
5.2. Que valor atribuis ao uso das imagens metafóricas?
5.3.A propósito desta «cena», reflete acerca das ligações entre Romantismo e a vida e tradição populares.
6. A integração do narratário na narrativa é uma das novidades na técnica da prosa de Garrett.
6.1. Relendo os capítulos III e V, regista as repercussões desta técnica narrativa:
nas funções da linguagem;
nas variedades da língua;
na construção da frase.
7. Chega o autor ao pinhal da Azambuja e não o acha – capítulo V.
7.1. Como explica o autor este «fenómeno pasmoso»?
7.2. Confrontado o cap. V com o cap. III, notamos que o autor-narrador se preocupa com um outro problema: a relação entre literatura e realidade (social ou natural).
7.2.1. Qual a opinião que Garrett deixa transparecer sobre essa relação?
7.2.2. Como é desenhado por Garrett o esquema de um romance ou de um drama romântico?
8. Delimita no capítulo VIII os discursos descritivo, poético e reflexivo (de pendor ensaístico).
8.1. Distingue, na descrição, as características clássicas das românticas.
8.2. Lê o texto a partir de «Eu amo a Charneca».
8.2.1. Regista a frase em que Garrett define o seu estado de alma face à contemplação da Charneca.
8.2.2. Esse mesmo espaço, que inspirou Garrett a escrever versos foi cenário de um acontecimento histórico importante que, ao ser evocado, fez desaparecer toda a beleza da Charneca. Que acontecimento foi esse?
9. Proceda à leitura do cap. X. Este capítulo contém as principais características da obra: crónica de viagem, ensaio e novela.
9.1. Consulta o Dicionário de Literatura, ou outra obra desse género, e regista informação sobre cada um daqueles conceitos.
9.2. Exemplifica, com o texto, estes três aspetos.
9.3. Partindo de uma sugestão de adaptação cinematográfica, menciona:
posicionamento da câmara;
movimentação da câmara.
9.4. Lê a última frase deste capítulo. Qual a sua função face à matéria que se segue?
10. Consulta a entrada «ROUXINOL», no Dicionário dos Símbolos. Regista as conclusões sobre a simbologia do rouxinol na literatura.
11. Tendo em conta os capítulos VIII e X (ou outros), comenta esta afirmação de Jacinto do Prado Coelho: «O moderno na prosa literária portuguesa foi, sem dúvida criação de Garrett».
Explicita o conceito de modernidade na prosa do escritor;
Indica alguns aspetos mais evidentes e exuberantes de modernidade da linguagem nas Viagens.
12. Capítulo XI - Atenta no início da narração da novela e identifica:
tempo em que a ação decorre;
primeira personagem a ser apresentada.
A última “pincelada” do retrato da avó revela um aspeto da sua caracterização que contribui para acentuar o seu dramatismo. Porquê?
13. O capítulo XII oferece o retrato físico e psicológico de Joaninha.
Regista todos os dados desse retrato. (pode ser por tópicos)
14. Com base no capítulo XIII descodifica os símbolos apresentados: o frade; o barão.
15. Faz o retrato moral de Frei Dinis, a partir da leitura do capítulo XV.
16. Atente no capítulo XVI.
16.1. Faz a biografia de Frei Dinis.
16.2. Refere os membros da família da casa do Vale e a relação entre eles.
16.3. Começa a desenvolver-se um mistério. Nem tudo fica dito neste capítulo. Identifica isso no texto.
Qual o dia da semana preferido por Frei Dinis?
16.4. Continua a ler o texto por forma a registar dados sobre:
a formação académica de Carlos;
a relação Carlos/Joaninha e Carlos/Frei Dinis;
indícios de mistério;
decisão de Carlos;
razões dessa decisão;
causas da cegueira da avó.
17. Capítulo XVIII - Refere o acontecimento histórico de que se fala e situe-o cronologicamente.
18. Capítulo XX ‑ O retrato físico e psicológico de Carlos apresenta as principais características do herói romântico. Inventaria os traços que definem esse retrato.
19. Capítulo XXII - Carlos não tinha conseguido dormir toda a noite. O que o perturbara ao ponto de lhe tirar o sono?
20. Capítulo XXIII
Diagnosticando a atitude psicológica que domina Carlos, refere um hipotético desfecho que ela indicia.
Consulta no Dicionário dos Símbolos a simbologia de VERDE e de ESMERALDA.
Aceitando a simbologia aí proposta, que desenlace poderá, desde já, antever-se para uma personagem que venha a rejeitar Joaninha?
21. Indica, justificando, quais são as personagens principais da novela.
22. Associa a conceção a que obedece o retrato de Joaninha com as reflexões do narrador no capítulo XXIV.
23. Encontra marcas da estética romântica nos retratos de Joaninha e Georgina.
24. Capítulo XXVI - A novela será interrompida agora para se retomar a viagem. Recorda:
Onde se encontra Garrett?
O tempo da viagem é o presente. De que mês? De que ano?
Qual o meio de transporte em que viaja o autor?
24.1. Deteta no texto referentes que evocam o discurso dramático (teatral).
25. Capítulo XXIX - Garrett utiliza aqui a belíssima metáfora do Livro de Pedrapara se referir a Santarém e à sociedade portuguesa.
25.1. Comenta o valor expressivo desta metáfora.
25.2. Denuncia o valor cultural da lenda popular de Santa Iria:
na produção literária de Garrett;
no projeto do romantismo português;
no património nacional.
26. Cap. XXXII - Carlos é gravemente ferido na guerra e dá entrada no Hospital de Santarém.
Onde se encontra Carlos quando acorda?
Quem o vela?
27. Capítulos XXXIV e XXXV - Lê atentamente os dois capítulos.
Consulta os teus apontamentos sobre as características da tragédia e regista informação sobre agnórise (reconhecimento) e clímax. Identifica esses momentos no texto.
28. Capítulo XLI – 3º parágrafo.
Sintetiza as últimas cenas da história da Menina dos Rouxinóis.
29. Capítulo XLII - O narrador empreende o regresso a Lisboa e para no Vale de Santarém, diante da mesma casa e da mesma janela que já conhecemos. Note:
que dia da semana é?
que personagens ainda aí residem?
com quem dialoga Garrett?
o que aconteceu a Joaninha?
30. Capítulos XLIV a XLVIII – Lê a Carta de Carlos a Joaninha e conclua:
O valor da Carta como forma de analepse, sua função no tratamento do tempo.
Função informativa e indicial da Carta:
- na estrutura da novela;
- na descrição de personagens;
- na caracterização de Carlos;
- significado literário; a carta como documento linguístico (e psicolinguístico).
31. A guerra civil é um tema central de Viagens na Minha Terra.
Referindo-te às personagens masculinas da «história da menina dos rouxinóis» ‑ Carlos e Frei Dinis ‑, expõe, numa breve composição, como se desenvolve este tema a nível individual, familiar e coletivo.
LUSOFONIA, plataforma de apoio ao estudo da língua portuguesa no mundo, 2009-05-09