Fernando de Lima


Fernando de Lima Pacheco Leite (1927-2005)

RUMO PERDIDO

fiz-me ao mar

no meu veleiro branco


lindo o céu

lindo o mar

tudo prata do luar


fiz-me ao mar

no meu veleiro branco


depois

a noite foi longa e negra

e negro o céu

e negro o mar


ai meu veleiro branco

perdido no meio do mar


quem me dera

quem me dera

ai quem me dera não me ter feito ao mar


onde está a noite bela

as estrelas

e o luar?


ai meu veleiro branco

que te perdeste no mar

DESALENTO

fui cavaleiro andante

horizontes rubros de sóis nascentes chamavam-me

caminhei cego

transpus oceanos

galguei montanhas

atravessei vales profundos


só topei cinzas esfriadas há muito

esperanças mortas juncando o caminho

‑ cadáveres carbonizados

dos ideais que sonhei


Fernando de Lima Pacheco Leite (1927-2005)

in Antologia Poética dos Açores, vol. II. Prefácio, seleção e notas de Ruy Galvão de Carvalho, Angra do Heroísmo, Secretaria Regional da Educação e Cultura, 1979.





MIRAGEM

Já veloz, o "S. Miguel" dobrou o extremo do molhe, deixando para trás rolos de fumo negro que se rarefaziam, acinzentando ainda mais a tarde.

Maria acenou pela derradeira vez com o lencinho e, seguida da mãe e da irmã, desceu vagarosamente as escadas, de mãos nos bolsos, o olhar apático e molhado.

Uma lancha de pesca, que voltava da faina, era seguida por um sem número de garças e maçaricos que, a piar, iam apanhando a arraia-miúda, que um pescador escolhia e atirava à água, e partiam ligeiras, com o peixe atravessado no bico, a caminho do ninho...

*

* *

Casara há oito dias e, tão bruscamente, o destino separava-os .. Não. Não era o destino que os afastava um do outro... Não. Eles assim o quiseram. ‑ Maria esforçava-se por raciocinar dessa forma, mas agora, depois de ele ter partido, qualquer coisa que de vazio lhe ficara na alma agourava-lhe que o não veria mais... Mas não. Eles assim o tinham combinado: casavam. João partiria primeiro e ela esperaria mais uns meses, quiçá um ano, e, de novo, estaria junto do marido que acabava de partir para a América, confiante, impelido pela miragem de todo o emigrante: o Novo Mundo, a Fortuna!...

*

* *

Chegou a primeira carta.

Palavras de amor. Notícias dos parentes.

O estado em que iam as formalidades que andava a cumprir para a vinda dela para a América. Estava já empregado; era uma fábrica de material de guerra e ganhava bastante. Dizia-se que iam mobilizar os emigrantes, mas, com certeza, Deus o livraria disso; ele não fora para a guerra, mas para a paz, para o trabalho...

Passaram-se quatro meses.

Inquieta já, Maria recebeu uma segunda carta. Vinha registada e continha dinheiro, e a primeira cousa que seus olhos viram foi uma fotografia onde João, perfilado, envergava o uniforme de marinheiro dos Estados Unidos.

Sem saber se devia rir ou chorar, mostrou o retrato à família, que a rodeava, inquieta, e começou lendo a missiva.

Sempre fora mobilizado. Estava numa escola de treino e em breve partiria para o Pacífico. Ela não se arreliasse; em breve acabaria a guerra, os japoneses estavam quase derrotados. Para o ano estariam juntos. Ela que rezasse.

Maria chorou toda a noite e fez uma promessa ao Senhor Santo Cristo.

Talvez tivesse sido um disparate ele ter ido naquela altura. Podiam muito bem ter esperado, mas aquela ânsia dele para casarem e depois poder manda-la buscar... Seria o que Deus quisesse.

*

* *

Volveram meses. Decorreu um ano.

Após a última carta que recebera de João ‑ proveniente de Okinawa e onde lhe dizia que ainda não entrara em luta e que tivesse confiança ‑ seguiu-se um silêncio enorme. Iam já fazer dois anos que ele tinha embarcado e mais de dez meses que não escrevia...

*

* *

Um dia, ao passar em frente da loja do Joaquim Cantador ‑ onde era o correio da aldeia ‑ este saiu-lhe ao encontro com um grande sobrescrito na mão.

Uma onda de alegria alagou-lhe o coração. Rasgou o invólucro da carta e começou a lê-la.

Era uma epístola breve, dactilografada e assinada pelo cônsul norte-americano, que lhe pedia a sua comparência, no dia seguinte, no consulado, por ter uma comunicação importante a fazer-lhe.

Ficou indecisa. Não fazia a menor ideia do que fosse. Ah! Era talvez por causa dos "papéis". Sim, com certeza era por isso. Se calhar era a ordem de embarcar. E correu para casa a dar a notícia.

Ao outro dia, um pouco antes da hora marcada, Maria apresentou-se no consulado, mostrando a carta. Mandaram-lhe que esperasse.

Dali a minutos introduziram-na num gabinete onde estava sentado um senhor louro, de meia-idade e de óculos sem aros: ‑ era o cônsul.

Convidou-a, amavelmente, a sentar-se e, no seu português mascavado de espanhol, começou com dificuldade, a expor-lhe o que queria.

Recebera do Ministério da Marinha do seu país um ofício em que lhe comunicavam a morte do marinheiro João de Sousa, natural de S. Miguel e morto em combate, dois meses, em...

Fernando de Lima

in Diário dos Açores, 8 de Fevereiro de 1947

(republicado em Dez contos e outros escritos, Fernando de Lima; org. de Eduíno de Jesus ; recolha e introdução de Filomena Medeiros, Ponta Delgada, Coingra, 2004.)


Fernando de Lima, nascido em Ponta Delgada em 1927, fez parte, em 1946, do grupo fundador do Círculo Literário Antero de Quental, juntamente com Eduíno de Jesus, Fernando Aires, Jacinto Soares de Albergaria e Eduardo Vasconcelos Moniz, os dois últimos já falecidos.

Este Círculo, que reunia regularmente no Bar-Jade e em casa do seu amigo e "Mestre", Prof. Ruy GaIvão de Carvalho, em Ponta Delgada e que contava também com a protecção de Almeida Pavão e de Côrtes-Rodrigues,1 promoveu palestras, colóquios e recitais de poesia por Carlos Wallenstein, cujos programas atestam o interesse em divulgar não só os autores clássicos, mas também os modernistas e mesmo jovens poetas, como por exemplo, Eugénio de Andrade (nascido em 1923).

Ruy Galvão de Carvalho na Introdução Preambular ao ensaio de Jacinto Soares de Albergaria sobre Afonso Duarte2 escreve: "Gostosamente aceitamos o honroso convite (para prefaciar o ensaio) por dois motivos: o primeiro por ter sido ele nosso antigo aluno no Liceu Nacional de Ponta Delgada, ao tempo uma geração académica que cultivava com entusiasmo juvenil as coisas do Espírito e da Sensibilidade... "

Urbano Bettencourt no artigo "De Cabo Verde aos Açores: à luz da Claridade"3 refere os Recitais de Poesia, promovidos pelo Círculo Literário Antero de Quental e realizados por Carlos Wallenstein no Cine-Jade em 1949; e chama também a atenção para a importância deste grupo na divulgação da literatura açoriana no Brasil, nomeadamente através dos contactos entre Eduardo Vasconcelos Moniz, que emigrou para Porto Alegre, no Brasil - onde aliás veio a ser assassinado - e Luiz António Assis Brasil, actualmente professor na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul4.

Vamberto Freitas diz que, apesar de não ter seguido de uma forma tão nítida o ruralismo introduzido na Horta no princípio do século, o "Grupo de Ponta Delgada" teve o mérito de fazer chegar as "noções fundamentais do neo-realismo, e daí a ideologização, digamos assim, da nossa ficção.”5

Pedro da Silveira no seu artigo "Aqueles Anos de 1940 e tal”6 refere: "Relativamente a este grupo de 1947... não quero deixar sem registo uma coisa: que encontrei nele bem maior receptividade do que no grupo anterior, da minha geração, quanto a exprimirmo-nos na criação literária como açorianos, dizendo da realidade açoriana".

Tendo ficado a residir e a trabalhar em Ponta Delgada após terminar o liceu, Fernando de Lima não deixou de cultivar o interesse pelas artes, mantendo contactos tanto com os antigos colegas a estudar no continente como com outras figuras da cultura, quer nas suas deslocações a Portugal continental e estrangeiro, em serviço ou em turismo, quer através de correspondência, nomeadamente com os açorianos Eduíno Borges Garcia e Eduíno de Jesus e com o cabo-verdiano Manuel Lopes, que residiu na Horta entre 1944 e 1955.

Em Ponta Delgada frequentou a tertúlia de "A Ilha" – cujo 1° Encontro se deu em Dezembro de 1951 - juntamente com José Barbosa, Dias de Melo, Jacinto Soares de Albergaria e Carreiro da Costa, entre outros e, em Lisboa, por intermédio de seu tio, Rebelo de Bettencourt, chegou a participar em alguns encontros da tertúlia "Tábua Rasa" (1957) onde se incluíam nomes como Ferreira de Castro e Saúl Dias, pseudónimo de Júlio Maria dos Reis Pereira (irmão de José Régio).

O acompanhamento como intérprete que fazia pontualmente a individualidades estrangeiras por intermédio do Bureau de Turismo Terra Nostra permitiu-lhe também contactos que deram origem a algumas das suas crónicas.

A 3 de Agosto de 1957 o jornal "A Ilha" noticiava o início de uma rubrica cinematográfica no Emissor Regional dos Açores da autoria de Fernando de Lima e intitulada "Crónica de Cinema".

A recolha da obra de Fernando de Lima, que se encontrava dispersa em jornais e revistas de meados do século XX, deve-se a uma sugestão feita pelo Dr. Urbano Bettencourt, professor da cadeira de Literatura Açoriana, que frequentámos na Universidade dos Açores no ano lectivo de 2002/2003, e a quem não podemos deixar de agradecer reconhecidamente todo o apoio prestado.

Fernando de Lima escreveu contos, alguns poemas, crónicas, crítica literária e história e crítica de cinema.

Nesta última rubrica e para além de dois artigos publicados na revista de cultura e arte Açória7 incluem-se as já referidas crónicas radiofónicas que faziam um historial do cinema, desde os seus primórdios até à invenção do sonoro, dando especial destaque aos cinemas americano, alemão e francês e a personalidades célebres naquela arte como Georges Méliès, Charlot, Flaherty, Cecil B. de Mille, etc.

As crónicas de Fernando de Lima, versando temas maís diversos como história, figuras públicas, turismo ou acontecimentos locais, revestem-se de um realismo descritivo, sem poupar oportunas críticas veladas ou implícitas, como, por exemplo, em "Contrastes"8.

Nos artigos sobre crítica literária está patente o interesse do autor pelos escritores modernos e realistas. Corroborando as opiniões de Rebelo de Bettencourt e Eduíno de Jesus, manifestou também o seu apoio à criação de uma Literatura Açoriana e a necessidade de que "os que escrevem tratem temas açorianos, temas que digam ao mundo o que é a terra Açoriana, o que é a sua gente e do que ela é capaz”9.

Os poemas, alguns deles escritos e publicados sob o pseudónimo de Armindo Viegas, falam de mar, barcos, viagens e desejo de partir, de sonho e desilusão, revelando um forte sentimento de frustração e amargura, uma "poesia de circunstância e romanesca", no dizer de Ruy Gaivão de Carvalho.10

Os seus contos, dum realismo cru, privilegiam como personagens os mais desprotegidos da sorte e carenciados social e economicamente, aqueles que, sem recursos ou alternativas, têm de render-se ao fatalismo do seu amargo destino.

Os espaços físicos descritos nas suas narrativas são os da vida no mar, na pequena cidade ou no campo, mas sempre muito limitados, a condizer com espaços sociais sem grandes perspectivas ou possibilidades de futuro coarctadas por um destino inexorável, uma falta de sorte que se associa à falta de recursos ou mesmo à miséria.

Predominam as expectativas goradas por forças exteriores à personagem, que vê frustrarem-se as suas esperanças de um futuro melhor, seja na figura de Maria em "Miragem" – cuja expectativa de se ir juntar ao marido emigrado é destruída pela morte deste em combate, ao serviço da marinha dos Estados Unidos -, seja na personagem da velha mãe viúva que vê regressar o filho emigrante, casado com uma americana e demonstrando total desinteresse pela terra e a casa que o viram nascer e, pior ainda, desprezo pela própria mãe ("Um Emigrante Voltou").

A sensação de desespero volta a estar patente em "Rotina" na personagem do rendeiro que esperava obter uma redução da renda por parte do senhorio e acaba vendo-a aumentada; ou na do pescador João que, além de não conseguir pescar nada devido ao temporal, ao voltar a casa, vem encontrar o filho doente e a precisar de ser visto por um médico com urgência, em "A Ceia do Mar", Há ainda os casos dos que morrem depois de uma vida dura e cheia de vicissitudes, em que a perda da esperança é agravada pelo desprezo e abandono a que foram votados pela mulher amada, como o Madeira em "Uma História do Mar" e Laló em "Bem Aventurados os que Choram". Este último é, entretanto, o único conto em que o narrador demonstra um envolvimento pessoal com a personagem e a situação narrada.

Para além dessa luta das classes mais desfavorecidas contra um destino inexorável, vemos o dilema psicológico causado pelas hesitações de outras personagens na escolha de uma opção de vida, como entre permanecer na terra natal levando uma vida mediana ou emigrar para a América, país de sonho - o caso de Alberto em "Embarque" - ou entre a vida de sacerdócio e a laica, como em "Último Dia" e "Retorno".

Embora estes três últimos contos nos deixem uma certa nota de ligeira expectativa e de esperança, a narrativa de Fernando de Lima decorre, de uma forma geral, num ambiente de grande tristeza, desânimo e de impotência perante o destino e o peso das condições sociais.

Concluiremos citando Eduíno de Jesus: "Fernando de Lima é um contista que trouxe para o conto açoriano novos processos técnicos e novos motivos de criação... a sua originalidade - de que Rebelo de Bettencourt foi o primeiro a aperceber-se - breve aglutinou as possíveis influências, revelando-se possuidora de um impulso seguro e de um humaníssimo sentido das realidades. Seja através de uma velada ironia, como em Embarque, ou de uma amargura quase desesperada, como n' A Ceia do Mar, sempre Fernando de Lima se apresenta com os olhos postos na vida, nua e crua como a presencia à sua beira, mas extraindo dela aquilo que se lhe afigura mais conforme com a sua índole, com a sua fatalista concepção do mundo. Os heróis das suas histórias trazem, desde o inicio, o ferrete que os sagra felizes ou desgraçados; têm todos um destino a que nenhum esforço, a que nenhuma luta, a que nada os poderá furtar.

Senhor de uma técnica equilibrada que concilia algumas das directrizes de certas escolas contemporâneas, conciso sem o exagero de um Hemingway, escrupuloso e exacto na escolha vocabular, modelando a frase com um verdadeiro espírito artístico, Fernando de Lima é o primeiro contista da sua geração".11

“Introdução” a Dez contos e outros escritos, Fernando de Lima; org. de Eduíno de Jesus ; recolha e introdução de Filomena Medeiros, Ponta Delgada, Coingra, 2004.

______________________


(1) Fernando Aires no depoimento escrito em homenagem a Eduíno de Jesus sob o título "Eduíno de Jesus - Uma camaradagem de mais de 60 anos", III Jornadas Culturais da Casa dos Açores da Nova Inglaterra, de 26 de Outubro a 16 de Novembro de 2002 - Boletim Informativo da Casa dos Açores da Nova Inglaterra, vol. I, nº 16 – Outubro/Novembro 2002, p. 10.

(2) Jacinto Soares de Albergaria A Lição dum Homem, Ponta Delgada, 1975, pp. 1-2.

(3) Urbano Bettencourt, O Gosto das Palavras III, Lisboa, Ed. Salamandra, 1999, p. 153.

(4) Urbano Bettencourt, "Pedro da Silveira - a escrita e o mundo", in Ilhas conforme as circunstâncias, Lisboa, Ed. Salamandra, 2003, p. 124. Para um aprofundamento desta 'questão veja-se o depoimento do próprio Luiz Antonio de Assis Brasil, "De como conheci Pedro da Silveira", in SAAL, nº 4, revista SABER/AÇORES, nº 43, Ponta Delgada, Junho, 2003.

(5) Vamberto Freitas, Mar Cavado - Da Literatura Açoriana e Outras Narrativas, Lisboa, Ed. Salamandra, 1998, p. 87.

(6) Onésimo Teotónio Almeida (Org. e Introdução), Da Literatura Açoriana -subsídios para um balanço, Angra do Heroísmo, SREC, 1986, p. 38.

(7) Açória - Fascículo de Cultura e Arte, com organização de Jacinto Soares de Albergaria, Ponta Delgada, 1958 e 1959.

(8) Diário dos Açores, 4 de Dezembro de 1946.

(9) Fernando de Lima, "Independência Literária", in Página de Letras do Diário dos Açores, 23 de Abril de 1948.

(10) Antologia Poética dos Açores (II volume) - Prefácio, selecção e notas de Ruy GaIvão de Carvalho, Colecção Gaivota, vol. 41, Angra do Heroísmo, SREC, 1979, p. 269.

(11) Eduíno de Jesus, "Breve Notícia sobre Fernando de Lima" in Página Açoriana n° 2, da Revista d'Aquém e d'Além Mar, Ano III, N° 32, Fevereiro de 1953.


Na foto, da esquerda para direita  ‑ em pé: António Viveiros Tavares, Carlos Manuel Serpa de Almeida Lima, Eduíno de Jesus, Fernando Lima, e Luís Amaral. Sentados: Jacinto Soares Albergaria, Eduardo Bettencourt Avila, Fernando Aires e Carlos Franco Barbosa.

(Fotografia tirada no jardim em frente ao Liceu Antero de Quental, Ponta Delgada, em Abril de 1946. Os nomes em itálico são dos elementos que pertenciam ao Círculo Literário de 40, segundo informa Maria João Ruivo que cedeu a foto para a página Comunidades <http://programas.rtp.pt/icmblogs/rtp/comunidades/index.php?k=Literatura-acoriana-aquela-geracao-de-40-URBANO-BETTENCOURT-12.rtp&post=40794>)



Jacinto Soares de Albergaria e Fernando de Lima com o professor Ruy Galvão de Carvalho (ao centro).

Fotografia do acervo Família F. Lima disponibilizada na página Comunidades <http://programas.rtp.pt/icmblogs/rtp/comunidades/index.php?k=Literatura-acoriana-aquela-geracao-de-40-URBANO-BETTENCOURT-12.rtp&post=40794>


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