Ao longo dos últimos 60 anos, o MP tem se mostrado uma das teorias mais bem sucedidas de toda a ciência ao combinar a mecânica quântica, a relatividade restrita, a simetria de calibre e muita teoria de grupos para descrever a matéria e suas interações fundamentais com incrível precisão. Em 2012, a última peça teoricamente proposta para a consistência do modelo, o bóson de Higgs, foi finalmente detectada experimentalmente, demonstrando de forma inquestionável o sucesso da teoria.
Contudo, é bem sabido que o MP tem seus problemas. Trata-se de uma teoria incompleta, afinal não é capaz de descrever a matéria escura, que compõe cerca de 84% do universo, e nem de incorporar a gravidade de uma maneira consistente. Consequentemente, físiques ao redor do mundo vêm tentando encontrar novos fenômenos que desafiem o MP, com a esperança de encontrarem dicas de como estender a teoria. Uma das formas de se fazer isso é através de medições ultra precisas dos parâmetros do MP, como as massas das partículas ou o momento magnético anômalo do múon, posto que tais parâmetros são severamente vinculados pelas simetrias do MP.