Da Resistência à Liberdade: A Jornada pela Independência de Cuba

Autora: Maria Eduarda S. Santana

14 jun.2023.

foto: imagem da guerra de independência de Cuba, que ocorreu de 1895 a 1898.
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Cuba é uma ilha localizada no Mar do Caribe e é considerada o último país da América a ficar independente. Colonizada pelos espanhóis no final do século XV,  se tornou uma importante colônia, com plantações de açúcar e tabaco que impulsionaram sua economia.


 O Processo da independência de Cuba é um marco histórico complexo e multifacetado. Ocorreu no final do século XIX e início do século XX. Quando Cuba começou um movimento para libertar a ilha do domínio colonial espanhol e estabelecer sua própria soberania como nação. 


 A Guerra dos Dez Anos, ocorrida entre os anos de 1868 a 1878, culminou na guerra de independência.  Quando os chamados “Independentistas”, formados por representantes das classes alta, média e baixa, liderados por Carlos Manuel de Céspedes, queriam a libertação dos escravos, a Independência total da ilha e o fim do domínio espanhol. Durante dez anos (1868–1878) os Independentistas atacaram as forças militares, mas a superioridade militar espanhola e a falta de apoio internacional efetivo dificultaram a sua luta. No entanto, após tantas mortes e o alto custo econômico, foi assinado um tratado de paz em 1878, o chamado “Pacto de Zanjón”. O acordo estabelecia uma anistia entre os rebeldes, para acalmar os ânimos, mas não concedeu a independência. Todavia, a guerra foi muito importante para a luta de independência cubana, que ajudou o movimento a ganhar forças nas décadas seguintes. 

 

 Ao longo dos anos a resistência cubana, compostos por José Martí, Antonio Maceo, Mambises e o Partido Revolucionário Cubano e outros, contra o domínio espanhol foi ganhando força e José Martí, um poeta ativista político, foi uma figura muito importante na luta e mobilização contra os espanhóis. José Martí fundou o Partido Revolucionário Cubano e liderou a “Guerra de Independência Cubana” em 1895 quando também proclamou o início da revolta, mas logo após morreu e deixou outros líderes para seguir o seu legado, como Antônio Maceo, Calixto García e Máximo Gómes. 

 

  A guerra de independência de Cuba durou de 1895 a 1898. Uma guerra desgastante foi travada, marcada pela violência e brutalidade.Os espanhóis reuniram a população rural em campos de concentração, realizando a “reconcentración”, para evitar que apoiassem os independentistas. Uma ação que gerou uma enorme crise humanitária, onde milhares de cubanos morreram de doenças e fome nos campos de concentração. 

 

 Naquele momento, Estados Unidos estavam interessados em ampliar sua influência e entrar na corrida imperialista, desta forma, decidem intervir na guerra de independência Cubana, que acabou se transformando em uma guerra hispano-americana, envolvendo várias colônias, que teve como pretexto inicial o naufrágio do USS Maine - um navio dos EUA - no porto de Havana. 

 A guerra terminou com a intervenção militar dos Estados Unidos em 1898, após a assinatura do Tratado de Paris, que pôs fim à Guerra Hispano-Americana. A Espanha teve que ceder as suas últimas colônias nas Américas e na Ásia (Cuba, Porto Rico, Guam e Filipinas) aos Estados Unidos e reconheceu a Independência de Cuba. Também foi pago, pelos Estados Unidos, uma quantia de 20 milhões de dólares a Espanha como uma compensação econômica. O tratado de Paris também acordou que um território de Cuba, na Baía de Guantánamo, seria cedido aos Estados Unidos para ocupação militar e o direito de intervir nos assuntos cubanos. 


Em 1902, os Estados Unidos concederam a independência formal a Cuba, mas também impuseram a Emenda Platt, que concedia aos Estados Unidos amplos poderes e influência sobre os assuntos cubanos, considerada como o ano da independência de Cuba.

 

   Embora finalmente independente, Cuba continuou sob o controle e influência dos Estados Unidos de diversas formas ao longo das décadas seguintes, até que a revolução cubana abre uma nova fase deste processo