Comemorado todo dia 26 de julho, o “Dia da Rebeldia de Cuba” foi marcado pela luta armada liderada por Fidel Castro e seus companheiros, a fim de combater o regime ditatorial de Fulgêncio Batista. Esse evento tem grande importância na história de Cuba, simbolizando um dos marcos da Revolução Cubana e representando a resistência do povo cubano e a busca por liberdade e justiça.

A princípio, vale ressaltar que Cuba estava submetida ao governo despótico de Fulgêncio Batista, assim, em uma situação de extrema instabilidade nos âmbitos social, econômico e político. A ditadura de Batista se destacou pela corrupção, repressão política, censura e pelas diversas violações dos direitos humanos. Nesse período histórico, a população cubana se via mergulhada na desigualdade social. Enquanto uma pequena parte se encontrava na opulência, outra grande parcela desta residia na pobreza, com acesso limitado a saúde, educação e qualquer meio que pudessem usar para expressar opiniões. Ademais, a economia estava frágil, em particular, a produção e exportação de açúcar, na qual eles eram dependentes, sofriam frequentes oscilações de preços, consequentemente, impactando negativamente no país.

Diante desse cenário, Fidel Castro, Ernesto Che Guevara, Raúl Castro e um grupo de jovens revolucionários compreenderam a necessidade de adotar medidas radicais para buscar mudanças significativas para a sociedade. Foi então que, no dia 26 de julho de 1953, os rebeldes atacaram o quartel militar Moncada, em Santiago de Cuba, na tentativa de iniciar uma revolta armada contra o governo de Batista. Embora a ação tenha fracassado, ela sinalizou o começo de um movimento revolucionário que eventualmente cessaria o governo de Batista. No mesmo ano, o discurso de Fidel Castro intitulado "A História Me Absolverá" foi pronunciado pelo próprio durante seu julgamento, defendendo sua causa e explicando os motivos da tentativa de derrubada do regime de Fulgêncio

Batista. Ainda nesse contexto, muitos dos participantes foram presos e mortos. Em 1955, Fidel Castro e outros revolucionários foram absolvidos politicamente.

Portanto, 26 de julho vai além de uma simples comemoração de um evento que ocorreu no passado, representa o início do processo revolucionário, que até hoje resiste apesar de todos as dificuldades. Em suma, é um marco na identidade nacional cubana e revolucionária que moldou o futuro da história do país.