A Bienal Livro Rio,  o maior evento literário do país, aconteceu de 3 a 12 de dezembro. A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro direcionou às Unidades Escolares, alunos e professores voucher para a aquisição de livros. 

Em uma parceria da GERER com a Gerência de Leitura lançamos uma circular com orientação de cada umas das 1.543 escolas planejar, pelo menos, 20% para títulos que contemplassem a renovação de acervo privilegiando Literaturas Africanas, Afro-brasileiras e Indígenas (Leis n° 10.639/03 e nº 11.645/08). Um investimento da Rede de cerca de R$360 mil reais. A GERER então, criou uma lista de sugestões de livros disponíveis na Bienal que contemplassem essa perspectiva. Foram mais de 200 sugestões de livros. 

Durante a Bienal, pudemos presenciar as editoras mudando a configuração da disposição dos títulos da lista, dando destaque à eles, afinal, as 1543 escolas da rede realizavam a busca com uma lista de MAIS DE DUZENTOS TÍTULOS DE LITERATURA AFRICANA, AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA. Algumas editoras colocaram cartazes para informar possuírem esses títulos. 

Sabe o que é ver aqueles livros que ficavam escondidos ganhando destaque? O que é autores negros e indígenas tendo seus títulos esgotados? Ver a ampliação da diversidade de perspectivas dos povos racializados?  Os livros chegando nas escolas. As crianças tendo acesso à essas leituras e os trabalhos desenvolvidos pelas professoras com esse repertório ampliado...

Dos 645.638 alunos e alunas da rede, cerca de 341mil são negros e indígenas (cerca de 121 mil, não declarados). 20% ainda não é proporcionalidade. Mas é começo!

Quando dizemos que estamos construindo juntos a escola em que gostaríamos de ter estudado é sobre isso. 

A GERER TÁ ON!

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