Programa:
“Território e Identidade 

A Pequena África como espaço educador”

Data da exibição:  03/09/2021

Horário: 12h




Apresentação:  Luciana Guimarães


Release:

Pequena África é uma região da cidade do Rio de Janeiro, próxima ao Centro, que abarca a região portuária e os bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo. O nome foi dado pelo compositor Heitor dos Prazeres no começo do século 20, e já foi exaltado em livros, músicas e enredos de escolas de samba, mas permanece desconhecido para a maioria dos brasileiros – apesar de representar fatos essenciais da nossa história.

Reconhecida como o lar histórico da comunidade afro-brasileira na Região Portuária do Rio de Janeiro, a Pequena África despertou maior atenção após declarada ilegalidade no Brasil do comércio de pessoas para escravização, em 1831. Entre 1850 e 1920, indivíduos libertos permaneceram trabalhando na região. Africanos e afro-brasileiros libertos da Bahia ou do interior viajaram para a Pequena África a procura de trabalho e de um senso de comunidade. A Pequena África frequentemente acolheu negros de todo o país, onde se ergueram casas, locais de convívio cotidiano e centros religiosos.

Lugar de luta e resistência que marcou a história da cidade e, principalmente, dos negros, a área que abrange desde a Zona Portuária até a Cidade Nova, hoje é lugar de encontros de turistas e moradores que buscam diversão no Rio de Janeiro. A principal referência da região é o Cais do Valongo, declarado recentemente Patrimônio Histórico da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Segundo historiadores, o Cais do Valongo, construído no fim do século XIX, foi o maior porto atracador de navios negreiros da América Latina. Ele recebeu mais de 1 milhão de pessoas entre os anos de 1774 e 1831. No ano de 1843, ele foi reformado para a chegada da Imperatriz Tereza Cristina, futura mulher do Imperador Dom Pedro II, e passou a se chamar Cais da Imperatriz.

Apesar dessa rica história, a herança africana do Rio e a longa história da escravidão são muitas vezes negligenciadas. Mesmo com a renovação da Região Portuária com o Porto Maravilha e da criação de um Circuito de Herança Africana, a história negra dos locais permanece amplamente desconhecida.

Por essa razão, propomos uma roda de conversa com professora pesquisadora da rede Fabíola da Cunha, que desenvolveu pesquisa sobre a região  e sua exploração pelas escolas de Educação Infantil do entorno, com a finalidade de apresentar uma perspectiva educativa de exploração desse território, do ponto de vista de um processo educativo que inclui a preservação do patrimônio e da memória para reconhecimento e valorização da diversidade histórica que permeiam os espaços da cidade. A intenção é promover a ampliação do olhar sobre as possibilidades de conhecimentos que podem ser tecidos a partir do (re)conhecimento desse território, valorizando a identidade de um território expressivo no cenário histórico da cidade do Rio de Janeiro.



Sobre a convidada

Fabíola da Cunha 

Mestre em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estácio de Sá (UNESA) com fomento da CAPES, na linha de pesquisa em Representações Sociais e Práticas Educativas. Graduada em PEDAGOGIA, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Professora da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Atualmente lotada na Escola de Formação de Professores Paulo Freire.

Sugestões da Professora Fabíola Cunha:

 Para trabalhar com as crianças

Bucala: A pequena princesa do quilombo do cabula 

Meu crespo é de rainha 

Heroínas Negras 

O mundo no black power de Tayó 

As tranças de Bintou 

Sulwe 

O menino Nito

Betina 

Minha mãe é negra sim!

Livros da Série Kiriku 

Amoras

Anansi: o velho sábio 

A Neta de Anita

Os nove pentes d’África

Livros para Professores

Bell Hooks:

O feminismo é para todo mundo

Olhares Negros, Raça e Representação

Erguer a voz

 

Laurentino Gomes:

1808

1822

1889

Escravidão vol. I e vol. II

 

Carolina Maria de Jesus:

Quarto de despejo

 

Silvio Almeida

Racismo estrutural

 

 

- Link para acessar publicações do MEC:

https://historiahoje.com/livros-sobre-relacoes-etnico-raciais-mec-download-gratuito/

 

- Filmografia:

O Menino que descobriu o vento.

Sugestões da GERER:

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Curta metragem "Desterro" - Siyanda: Cinema Experimental do Negro (6min10seg)