Programa: "Etnomatemática na Sala de Aula" no Canal do Professor
Professora Convidada Ms. Luane Bento dos Santos (SEEDUC)
Data: 02/07/2021
Horário: 11h
Apresentação: Luciana Guimarães Nascimento
Convidada/Entrevistada: Professora Ms. Luane Bento dos Santos
Doutoranda em Ciências Sociais na PUC-RIO. Mestra em Relações Étnico-raciais/CEFET-RJ. Docente de Sociologia na Educação Básica. Pesquisadora de Estética Negra, Relações Étnico-raciais e Etnomatemática.
Participantes: Professor Luiz Felipe Lins (E.M. Francis Hime); Professor Cleiton da Silva Resplande (E.M. Professora Leocádia Torres)
Professores de Matemática na SME/RJ
Release:
No último 28 de junho, iniciou-se a 16ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, um projeto nacional dirigido às escolas públicas e privadas brasileiras. Realizado pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada - IMPA, com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática – SBM, e promovida com recursos do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC, o evento envolve jovens estudantes matriculados em turmas do 6º ao 9º ano de escolaridade.
Tendo como um dos objetivos contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica, o evento visa difundir conhecimentos sobre a área, promovendo a inclusão social. Por isso, hoje focaremos em uma proposta metodológica que considera a natureza cultural da aprendizagem matemática, a Etnomatemática.
Contextualizada sócio-historicamente, a Etnomatemática apresenta-se como área de investigação que revela circunstâncias sobre os saberes matemáticos nas diferentes culturas, destacando-se como uma tendência do processo ensino-aprendizagem por estabelecer vínculos entre práticas cotidianas, diferentes áreas do conhecimento e a matemática escolar.
E, por acreditarmos que a Matemática é fundamental para o mundo em que vivemos, estando presente em quase tudo a nossa volta, defendemos que os jovens estudantes conheçam e reconheçam uma matemática mais cultural, ligada ao cotidiano de diversos grupos étnico-raciais. Nesse sentido, pretendemos agregar saberes ancestrais ao desenvolvimento desses conhecimentos, destacando sua aplicabilidade em outras Ciências.
Consideramos que a Etnomatemática se destaca como uma proposta pedagógica capaz de auxiliar as dificuldades de aprendizagem, decorrentes da falta de interesse demonstrada por um elevado número de alunos pela Matemática, no cotidiano. Assim, pretendemos incentivar essa metodologia nas ações pedagógicas, considerando as relações interpessoais durante o movimento de construção e reconstrução dos conhecimentos, agregando valores culturais ao processo educativo.
Diante disso, apresentamos a professora Luane Bento dos Santos, doutoranda em Ciências Sociais na PUC-RIO, mestra em Relações Étnico-raciais/CEFET-RJ, docente de Sociologia na Educação Básica na SEEDUC/RJ, pesquisadora de estética negra, relações étnico-raciais e Etnomatemática, para conversar conosco sobre o desenvolvimento de sua pesquisa e trabalho com a Etnomatemática a partir da dimensão cultural e da presença matemática nos penteados trançados.
E, para enriquecer essa conversa, vamos dialogar sobre as possibilidades da Etnomatemática nas salas de aula, com a participação dos professores de Matemática desta rede de ensino, Cleiton Resplande, regente na E.M. Professora Leocádia Torres – 10º CRE, e Luiz Felipe Lins, regente na E.M. Francis Hime – 7ª CRE.
Materiais complementares cedidos pela professora Luane Bento dos Santos
https://www.facebook.com/negraluanne
@luanebentosantos
Referências:
Dissertação de Mestrado: “PARA ALÉM DA ESTÉTICA: UMA ABORDAGEM ETNOMATEMÁTICA PARA A CULTURA DE TRANÇAR CABELOS NOS GRUPOS AFRO-BRASILEIROS”
Artigo: “AS MATEMÁTICAS DAS NEGRAS QUE NINGUÉM VÊ: SABERES EMANCIPATÓRIOS TECIDOS POR TRANCISTAS AFRO”
Artigo: “CONHECIMENTOS ETNOMATEMÁTICOS PRODUZIDOS POR MULHERES NEGRAS TRANÇADEIRAS. ETHNOMATHEMATICAL KNOWLEDGE PRODUCED BY BLACK BRAID WOMEN.”