Os Nespereirenses decidiram. Está decidido!
No passado dia 11 de Outubro, os Nespereirenses disseram claramente que queriam mudança nos destinos da freguesia.
Quem, como eu, assistiu de perto à votação junto da escola da Feira reparou que eram muitos os que esperavam as notícias de quem seria o vencedor ou os vencedores do acto eleitoral.
A ansiedade era geral, tanto pelos apoiantes de A, como de B, assim como os do C e D. Certo que os apoiantes de A e B estavam em maior número, mas também mais ansiosos.
Não estive a “contar cabeças” mas pude apreciar que foram muitos mais os apoiantes dos vencedores do que propriamente os dos vencidos. Aliás foi um facto durante o período eleitoral que os vencedores foram vencedores em toda a linha.
Nessa noite, pelo que se lá viu, parece que houve uma dúzia de totalistas do euromilhões, pois temos que reconhecer que passou da vulgar euforia.
Eu fui um dos vencidos, não tenho problema em o afirmar. Fiz parte da equipa que não tendo tido nenhuma responsabilidade nos mandatos anteriores, estava na linha daquilo que Nespereira foi em termos autárquicos nos últimos 16 anos.
Tive a honra de pertencer à Assembleia de Freguesia tendo sido seu presidente nos últimos quatro anos.
Não vou aqui relatar o que se passou nestes anos em que lá estive, podem estar descansados. Vou apenas dizer o que foi para mim o momento mais alto e o momento mais “baixo” durante o desempenho das minhas funções.
Infelizmente ou felizmente, como queiram, esses dois momentos tiveram como referência o mesmo assunto. As escolas para Nespereira.
Para mim o momento mais alto foi quando as pessoas da nossa freguesia souberam que a escola até ao antigo 9º ano tinha sido aprovada pelo Governo, com verbas inscritas no PIDAC. Enfim, o reconhecimento que Nespereira precisava de uma escola que garantisse a escolaridade obrigatória.
Em contraponto com o “episódio” anterior, o momento mais “baixo” foi quando em Assembleia Municipal foi aprovada a carta educativa para Cinfães, onde o executivo “decepou” a aspiração legítima de muitos Nespereirenses.
Mas, como se costuma dizer, a vida continua e a esperança é a ultima a morrer.
Os Nespereirenses entenderam que Nespereira precisava de uma mudança de rumo.
Os Nespereirenses disseram claramente que queriam que o executivo camarário continuasse pois, em sua opinião, o trabalho era positivo e disseram claramente que queriam que a junta de freguesia fosse “do executivo camarário”
Agora Nespereira irá certamente “colher” os proveitos.
O problema para mim nunca esteve na noiva, pois essa todos amamos, mas sim na costureira ou alfaiate. Pronto não é o alfaiate quem dá o pano! Mas tem que o arranjar.
E com isto só posso desejar boa sorte aos vencedores e, aos Nespereirenses o melhor!