Decorreu no passado dia 30 de Junho, a eleição para os órgãos sociais da renovada ou nova, como quiserem, Associação Empresarial de Cinfães.
Cinfães, como todos sabem é dos concelhos mais pobres do país. Em quase todas as estatísticas se quisermos ver o nome do nosso concelho, será melhor começar pelo fim da listagem, pois rapidamente lá aparecemos nós. Certo que nuns lugares mais acima, os nosso vizinhos também lá estão.
Curiosamente (ou não) apareceu recentemente o nome de Cinfães, num estudo em que se dizia, mais coisa menos coisa, que Cinfães (Município) tinha uma boa capacidade financeira e era cumpridora no que toca aos compromissos assumidos, resta aqui dizer também que no oposto estará o município vizinho de Castelo de Paiva.
Também é do conhecimento geral que Cinfães tem um grande número de associações que vão desde as Desportivas, Culturais e ultimamente com enorme visibilidade, fruto da necessidade, as Sociais. As associações, cada uma com as suas especificidades, foram criadas ao longo dos muitos anos, nas diversas freguesias do nosso concelho, pela necessidade em prestar um qualquer serviço colectivo em prol da comunidade.
No ano de 2004, foi criada a Associação Empresarial de Cinfães, por alguns empresários Cinfanenses, sendo o principal mentor do projecto o Sr. Pedro Brás Correia da Silva, de Cinfães. Devido a factos vários, que não adianta aqui referir, a Associação não avançou como seria esperado, ficando inactiva até aos dias de hoje.
Os anos passaram e o que era necessário na altura, continua a ser necessário agora. Esta associação é necessária ao nosso concelho. Não deverá ser mais uma associação. Não deveremos “olhar” para este texto e no fim dizer, ou pensar, que é mais uma associação para “sacar uns cobres” à CMC. Pelo contrário, foi a própria CMC que a “espevitou” ao aperceber-se que este era um dos poucos municípios que não tinha uma associação que representasse a sua economia e as suas empresas.
Em qualquer concelho deste país existem indústrias, pequenas ou grandes, existe o pequeno comércio e superfícies comerciais de grande dimensão, existem os empresários em nome individual e nos últimos anos com algum significado aparecem as empresas de âmbito social que já criam muitos postos de trabalho. Também nesses concelhos existem associações que representam as suas actividades económicas. Essas associações são um instrumento que os empresários têm ao seu dispor para reivindicar melhores condições para as suas empresas, fomentar a formação dos recursos humanos, vitais para o funcionamento de qualquer actividade, e incentivar à qualificação dos próprios empresários.
Pois também em Cinfães estava mais que na hora de haver uma associação que defendesse os interesses dos empresários Cinfanenses. Essa Associação já existe, mas apesar de já ter saído do berço, ainda está a dar os primeiros passos, que como sabem custam muito a articular e sincronizar. Precisa ainda de ajuda. Precisa da ajuda de todos os Cinfanenses que têm o seu negócio, a sua empresa.
Numa economia cada vez mais selectiva e exigente, cabe ao empresário estar informado e “formado” de forma a saber definir o rumo da sua actividade e potenciar o capital humano e produtivo da sua terra e do seu concelho. É muito difícil conseguir apoios estando isolados e com falta de informação. Esta Associação poderá divulgar e publicitar a informação e cativar formação para os seus associados.
Num primeiro acto, esteve neste mês de Julho, em Lousada, representada pelo seu Presidente Sr. Rogério Reis (de Souselo), na assinatura do “pacto para a empregabilidade” da região do Tâmega, onde marcaram também presença os Presidentes dos diversos municípios da região e dirigentes máximos do Instituto do Emprego e Formação Profissional.
Brevemente os empresários Cinfanenses irão receber informação sobre o plano de acção que está a ser desenvolvido pela Associação Empresarial de Cinfães.
Rui Semblano (Julho de 2010)