“No entanto, não devem e não podem ser confundidos erros e perda de valores. Os primeiros são perdoáveis, os segundos nunca, porque uma vez perdidos não permitem “correr atrás do prejuízo”.”
Não é nada de novo, mas é no entanto algo que sucessiva e frequentemente se repete a cada passo – a rápida metamorfose dos valores de cada um.
É bem verdade que todos nós, na condição de humanos, somos seres potencialmente errantes, o que não é bom, mas que pode ser minimizado se tivermos ao menos a dignidade de reconhecer os erros, o que nem sempre acontece.
No entanto, não devem e não podem ser confundidos erros e perda de valores. Os primeiros são perdoáveis, os segundos nunca, porque uma vez perdidos não permitem “correr atrás do prejuízo”.
Todos nós temos direito a mudar de opinião, mudar de ideias, mudar de gostos enfim, mas tal não significa que possamos ou devamos perder a coerência, porque esse é dentro dos valores, um dos pilares da nossa integridade moral.
E se formos coerentes, muitas coisas podem acontecer, sem que outras aconteçam...podemos mudar de companhias, mas sem nunca adulterarmos o valor do companheirismo; podemos mudar de relações amorosas, mas tendo sempre presente o que é o amor; podemos perder velhos, fazer novos ou manter ainda que apenas na memória os nossos amigos, mas sempre conscientes do que é e do que significa a amizade.
Amizade... esse é talvez o valor que mais vezes se anuncia apenas da boca para fora, pois se for verdadeira é leal, se for sentida é intemporal, mesmo que isso não signifique (e não deve significar) submissão ou concordância absoluta, terá que significar passado, presente e futuro.
Mas talvez o mais difícil seja ser fiel à verdadeira amizade, quando em causa estão interesses pessoais, assentes num desmesurado egocentrismo.
Não é de facto para todos!!!