A TEORIA DO "TEM QUE SE..."

"Vivemos num tempo em que por tudo, mas também por nada, a expressão que mais ouvimos, é a do “tem que se…”

Tem que se…

É corrente e recorrente, a expressão com que inicio estas linhas.

A frequência com que é dita, é inversamente proporcional ao número de vezes em que dela resulta algo de útil, poderei mesmo dizer, de inútil que seja.

É verdade. Vivemos num tempo em que por tudo, mas também por nada, a expressão que mais ouvimos, é a do “tem que se…”.

Tem que se fazer…tem que se ir…tem que se ajudar…tem que se arranjar…

Cá por mim, sempre digo que quando ouvirem algo do género, façam, vão, ajudem e arranjem!!! Caso contrário e em bom português, podem esperar sentados.

Os teóricos do “tem que se”, raramente contribuem para a efectivação do que quer que seja, mais, são ainda capazes de desmobilizar quem, eventualmente bem intencionado e com vontade, “se prepara para, mas acaba por não”.

Pois bem, restam os mais avisados, aqueles que já não se deixam “embalar” e sabem que “se querem, têm que”.

Se querem fazer, têm que avançar com coragem e determinação, como aconteceu com o conjunto de atletas que no Verão passado, impediram que se fechassem as portas do nosso Nespereira Futebol Clube.

Se querem ajudar, têm que abnegada e desinteressadamente trabalhar em prol do bem comum, de objectivos partilhados, como aconteceu recentemente com todas aquelas e aqueles que deram corpo às galas “Noite de Sol”, primeiro em Nespereira e depois em Gaia, ou como aconteceu também com todos os que trocaram as cadeiras do café, pelos caminhos onde cantaram as Janeiras, iniciativas de angariação de fundos para a construção do Complexo Social.

Se querem promover e divulgar, têm que de forma altruísta, sem esperar nada em troca, que não seja a consciência de bem fazer aquilo que podem e sabem, colaborar e dar o melhor de si, por si e pelos outros, como aconteceu com todas aquelas e aqueles que levaram a Cinfania à Casa da Música, desde os músicos aos coralistas, passando por todo o pessoal envolvido na logística, os compositores e maestros, e claro o promotor do evento, a Câmara Municipal de Cinfães.

Não muitos infelizmente, mas outros exemplos aqui caberiam com justiça, no entanto, acredito serem estes suficientes para que se perceba, que o mérito de quem faz, não pode e não deve ser confundido com as falaciosas e inconsequentes teorias dos que apenas dizem que tem que se fazer!

Cláudio Oliveira

P.S.- Cabe no mérito de quem faz, a determinação do autor deste site, que afinal…faz!