O cotidiano tranqüilo de Dona Pasquella é subitamente quebrado quando é presenteada com um par de convites para um concerto musical.
O que seria apenas uma oportunidade de fazer um programa torna-se o estopim para uma série de confusões, suspeitas e revelações, envolvendo o marido que passa mal, o menino que tem que ser meticulosamente cuidado e o próprio público que é acolhido no ambiente da velhinha como um querido confidente de visita.
De forma leve, emotiva e, principalmente, divertida, "Chá-de-Cadeira" é uma delicada reflexão sobre como as pessoas podem ser criativas para burlar a solidão, temperando-a com memórias e planos, num jogo entre a realidade a fantasia. "Chá-de-Cadeira" utiliza a linguagem da "commedia dell'arte" para criar um espetáculo que tem como principal característica a cumplicidade com o público, possibilitando um estimulante jogo entre Intérprete e Platéia, onde o improviso - próprio da linguagem - está em sintonia com o desencadear do roteiro pré-elaborado.
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