Quinta-feira, 9 de Janeiro de 2003, 18:05
Glup! O Sapo e a Princesa, com a Cia. Caricaturas de Teatro, e A Carroça do Manu, com o grupo Caixa de Imagens utilizam técnicas e encantamento do teatro de bonecos
A partir de sábado, dois espetáculos engordam a programação para a criançada, em São Paulo. São eles Glup! O Sapo e a Princesa, com a Cia. Caricaturas de Teatro, e A Carroça do Manu, com o grupo Caixa de Imagens. Ambos utilizam as técnicas e o encantamento do teatro de bonecos.
Baseado na fábula dos irmãos Grimm, Glup! O Sapo e a Princesa abre a temporada infantil do Teatro Crowne Plaza, a partir das 16 horas. Adaptado pelo ator, bonequeiro e artista plástico Ivaldo de Melo, o espetáculo conta a história de uma princesinha que pede ao sapo para buscar sua bola de ouro no fundo do brejo e, como recompensa, ela lhe dará um beijo. Mimada a menina usa seu poder de forma incorreta e não quer beijar o sapo nem cumprir suas promessas. Mal sabe ela que o bicho é um príncipe enfeitiçado pela bruxa.
A questão da promessa, forte no universo infantil, assim como as leis da natureza, são tratados com humor pela Cia. Caricaturas de Teatro, formada por Melo, Célia Sales e Roberta Casanova, responsáveis pela direção.
O bonequeiro observa que, para as crianças, a magia e o bom caráter são mais importantes do que a beleza. O sapo, apesar de não ser um herói e belo, é um ser cativante, afirma. Além do sapo e da princesa, também participam da história o papagaio esperto e tirador de sarro, que pontua as ações, a minhoca, a cobra e a bruxa.
Segundo Melo, Glup! é uma peça divertida e versátil, que extrapola a linguagem da manipulação. Usamos diferentes técnicas, como manipulação direta, com o ator interagindo diante do público, ainda vara, balcão e bonecos de luva, conta o ator.
Apreciado pelos espetáculos individuais que realiza com pequenos bonecos dentro de uma caixa preta, desta vez o Grupo Caixa de Imagens leva ao Hall de Convivência do Sesc Consolação a peça A Carroça do Manu, que pode ser conferida por até cem pessoas ao mesmo tempo, sentadas em esteiras em volta da carroça.
Com direção de André Boll e dramaturgia de Paulo Rogério Lopes em parceria com o Caixa de Imagens, formado por Carlos Gaúcho, Mônica Simões e Evelyn Cristina, o espetáculo coloca em cena um personagem bem brasileiro, baseado em observações feitas junto aos moradores de rua e vendedores ambulantes, além de Pedro Malasartes e Macunaíma.
Para contracenar com Manu, um boneco de 30 centímetros manipulado por duas atrizes, o ator Carlos Gaúcho senta num banquinho ao lado da carroça com seu violão. A música acústica ao vivo e a proximidade do público tornam o espetáculo bem intimista, diz Mônica. A gente brinca que ele é de quintal. Amanhã e no dia 18, o grupo realiza a oficina gratuita Teatro de Papel, das 13 às 15 horas.
Serviço - A Carroça do Manu. Sábado, às 11 horas.
Entrada franca. Sesc Consolação. Rua Dr. Vila Nova, 245, em São
Paulo, tel. (11) 3234-3000. Até 25/1; Glup! O Sapo e a
Princesa. Sábado e domingo, às 16 horas. R$ 7,50 (estudantes)
e R$ 15,00. Teatro Crowne Plaza. Rua Frei Caneca, 1.360, em São
Paulo, tel. (11) 289-0985. Até 23/2
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Festival define programação de eventos
programação de eventos do 33 Festival de Inverno da UFMG que será realizado de 8 a 28 de julho, em Diamantina privilegiará espetáculos com características mais experimentais e acadêmicas em detrimento de shows e peças comerciais.
Segundo o coordenador-geral do Festival, Fabrício Fernandino, dois outros motivos também contribuíram para o redimensionamento dos eventos do Festival: o racionamento de energia que impediu a realização de shows no palco da Praça do Mercado e a redução de 30% de recursos para a área. "Pensamos mais no perfil do público do Festival de Inverno, composto principalmente por estudantes e professores universitários", justifica Fernandino. Segundo ele, haverá mais espetáculos derivados de oficinas do que nos anos anteriores.
Um exemplo é a peça Solitude, dirigida pela paulista Alice K., que ministrará a oficina Corporeidade Oriental, da área de Artes Cênicas. Ambas são baseadas na tradição do teatro clássico Nô e na dança Butoh, de origem oriental. Outro, é o espetáculo multimídia Q, da Sociedade Lira Eletrônica Black Maria, de Belo Horizonte. Um dos integrantes do grupo, Ricardo Aleixo, participará do Festival como professor da oficina Letra, Imagem, Corpo/Voz, da área de Literatura. Estão programadas apresentações de mostras de alunos da Oficina de Música Popular do Nordeste, que promoverão um arrastão do frevo pelas ruas da cidade. Professores da oficina de Música de Câmara também se farão presentes.
Entre os eventos desvinculados das oficinas, o destaque será o espetáculo musical São Paulo-Rio, de José Miguel Wisnick e banda, que terá participação especial da veterana cantora Elza Soares. Outro destaque é o grupo paulista Caixa de Imagens, de teatro de bonecos, que volta ao Festival pelo segundo ano consecutivo e promete sucesso similar ao do ano passado. Para esta edição do evento, o grupo apresentará dois espetáculos: A Florista e A Carroça de Manu.
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Para a garotada que está de férias tem teatro de bonecos. O grupo Caixa de Imigens está percorrendo São Paulo até o final do mês com o espetáculo A carroça de Manu. A peça é apresentada nas escolas municipais da cidade. E aos sábados também no Sesc Consolação, sempre às onze da manhã, com entrada gratuita.