ESTADO DE SÃO PAULO 19/04/2008
(DIB CARNEIRO NETO)
FÁBULA SÓBRIA EM HOMENAGEM AO JAPÃO
AS AVENTURAS DE URASHIMA TARO FALA DE PESCADORES,GAIVOTAS,TARTARUGAS E DRAGÕES.
Muitas manifestações artísticas, cinema, dança,teatro,artes plásticas, comemoram este ano o centenário da imigração japonesa no Brasil. O teatro infantil felizmente não está de fora desta festa importante, que celebra sobretudo a contribuição de um povo para a formação de outro. "As Aventuras de Urashima Taro", em cartaz no Sesc Ipiranga, somente aos domingos , às 16 horas, baseia-se num conto tradicional japonês sobre respeito, perseverança e confiança. E também sobre o tempo e a fugacidade da vida.
A adaptação de Paulo Rogério Lopes, feita para Cia. Pé no Canto encenar, flui com poesia e graça. O texto tem um tom fabular preciso, como poucos autores sabem dominar. Um pequeno pescador salva uma tartaruga apenas para que, mais adiante, agente entenda por que as gaivotas vivem descendo ao mar. Pensa que é para se alimentar de peixes? Não só. A fábula é linda.
O interesse do público não arrefece. Ainda que simples na execução, é encantador e bastante criativo, por exemplo, o recurso da passagem do tempo por meio de uma janela que alterna as quatro estações do ano. A direção de André Capuano também lança mão de trechos musicais ao vivo, estilização de meias máscaras e bonecos, mas privilegia a linguagem narrativa dos contadores de historia , muito provavelmente por que o diretor soube enxergar o entrosamento perfeito entre os dois atores da peça, Joaz Campos, também um dos autores da trilha, e Elder Fraga.
Sem exibicionismo ególatras, ambos se completam e jogam a favor do espetáculo. São dois atores com empatia e talento, e que funcionam muito bem como dupla, remetendo a outras célebres dobradinhas artísticas, sobretudo as chamadas "duplas caipiras". Mesmo nos momentos que a pláteia mirin se empolga com a simpatia cativante de ambos, Joaz Campos e Elder Fraga não se rendem às facilidades das brincadeiras interativas e seguram as rédeas de um espetáculo que opta por ser sóbrio e inteligente.
Como nossos irmãos do Japão.
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04/03/2008 - 16h14
NATALIA ENGLER
do Guia da Folha
Uma tradicional lenda japonesa, passada de geração em geração, pelo menos desde o século 8, é o ponto de partida do novo espetáculo da cia. Pé no Canto. A peça "As Aventuras de Urashima Taro", em cartaz no Sesc Ipiranga, mescla manipulação de bonecos, máscaras e música ao vivo para contar a história do pescador Urashima Taro.
Quando jovem, ele salva a vida de uma tartaruguinha. Anos mais tarde, durante uma tempestade, ela vem ao seu resgate e o leva para conhecer o reino da princesa Dragão, no fundo do mar. Em meio a tantas maravilhas, Urashima não sente o tempo passar. Quando resolve voltar para casa, descobre que mais de 300 anos se passaram.
"O conto lida com a poesia da passagem do tempo, fala de memória, saudade, evolução e renovação", explica Joaz Campos, que faz um dos pescadores que narra a história.
De acordo com o ator, o grupo já havia trabalhado a lenda há alguns anos. Não chegou a encená-la por acreditar que, na época, não conseguiria extrair toda a sua riqueza. Em 2007, a companhia realizou uma pesquisa sobre as versões existentes do conto antes de criar a sua própria.
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Divulgação
"As Aventuras de Urashima Taro" mescla manipulação de bonecos e música ao vivo
http://br.youtube.com/watch?v=-xxVHklksJ0
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Alagoas em Tempo Real
08/09/08 20:20
Dois atores interpretam vários personagens nos 55 minutos de duração da montagem. São utilizados bonecos de manipulação direta, ilusionismo e música ao vivo, produzida especialmente para a história. As Aventuras de Urashima Taro conta a trajetória do pequeno Urashima que, após uma fracassada pescaria, salva a vida de uma tartaruguinha, sem saber que este simples gesto mudaria para sempre o seu destino.
Anos depois, o mesmo Urashima - agora um belo rapaz - é salvo de uma tempestade e levado para conhecer o Reino Submarino. Em meio a tantas maravilhas, o jovem pescador não sente a rapidez do tempo passar e, quando resolve voltar para a terra firme, se depara com a maior surpresa de sua vida. “É instigante perceber a atenção das crianças à fabula do pescador que viaja para o fundo do mar, namora uma princesa e volta para casa após ter passado mais de 300 anos”, descreve o autor.
Ele destaca que a intenção é mostrar a rapidez que o tempo passa quando se faz algo prazeroso. “Devemos refletir se estamos aproveitando nosso tempo e as oportunidades da vida e vivendo com prazer”, frisa. Urashima Taro é um conto tradicional japonês que, conforme Lopes, permite mostrar como a forma de contar a história é parecida, tanto no Japão quanto no Brasil. Os contadores são dois caipiras e utilizam a linguagem própria dos “causos”.
Além das imagens fantásticas que o conto apresenta em pinceladas - deixando para o imaginário pessoal completar a paisagem -, a composição do personagem Urashima cria um dos heróis mais simpáticos de todos os tempos, por exemplo: logo de cara salva uma tartaruguinha, apesar se ser um pescador.
De acordo com o autor, no Japão até hoje tem gente que acredita que o Urashima viveu de verdade, ficou 300 anos no fundo mar e depois voltou como se fosse ontem. “Nossa obrigação como contadores de histórias é, antes de mais nada, estimular a criatividade e poder lúdico de nossos ouvintes, ou, em outras palavras, fazer mais e mais pessoas acreditarem que Urashima Taro realmente viveu, ficou 300 anos no fundo do mar e depois voltou como se fosse ontem”.
Grupo
Em comemoração ao Centenário da Imigração Japonesa no Brasil no ano de 2008, a Cia. Pé no Canto, depois de um longo período de pesquisas, adaptou o conto popular japonês Urashima Taro que tem grande apelo popular no Japão.
O grupo convidou o dramaturgo premiado Paulo Rogério Lopes para desenvolver a dramaturgia até chegar ao texto As Aventuras de Urashima Taro. O diretor André Capuano, pesquisador da Commedia dell´arte juntou-se aos atores Joaz Campos e Elder Fraga para a montagem desse conto.
A companhia busca desde sua formação original a interatividade das várias linguagens, tendo em seu repertório os espetáculos: Musicausos, espetáculo construído em parceria com a atriz e diretora Georgette Fadel; Rádio Itinerante e Uma Galinha Caipira, peças que durante dois anos circularam pela periferia de São Paulo com o apoio da Lei Municipal de Fomento ao Teatro no ano 2004/2005, em parceria com o grupo Caixa de Imagens; e Fantasmas do Tempo, espetáculo contemplado com o prêmio Myriam Muniz, no ano de 2006.
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22/12/2008 - 08h18
da Folha Online
O Sesc Pompéia apresenta neste sábado (27) e domingo (28) o espetáculo infantil "As Aventuras de Urashima Tarô", com a Cia. Pé no Canto.
A história conta como, após uma fracassada pescaria, o pequeno Urashima salva a vida de uma tartaruguinha, sem saber que este simples gesto mudaria para sempre o seu destino.
Anos depois, o mesmo Urashima, que se tornou um belo rapaz, é salvo de uma tempestade --pela mesma tartaruga-- e levado para conhecer o Reino Submarino.
A peça, produzida em comemoração ao Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, é um conto do folclore japonês, livremente adaptado pelo dramaturgo Paulo Rogério Lopes e dirigido por André Capuano.
Sesc Pompéia - r. Clélia, 93, Pompéia, região oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3871-7700. Sáb. (27): 13h30 e dom. (28): 12h. Ingr.: R$ 8 e R$ 4 (meia-entrada). Classificação etária: livre.
Divulgação
"As Aventuras de Urashima Taro" mescla manipulação de bonecos e música ao vivo