Brinquedos óticos

Data de publicação: May 16, 2015 8:30:31 PM

Esta viagem pelo mundo dos brinquedos óticos iniciou-se já em 1825 quando John Ayrton Paris inventou o THAUMATROPE, aparelho que demonstra a persistência retiniana das imagens. Estava então aberto o caminho para, ainda durante essa década e seguinte do século XIX, outros autores criarem o PHENAKISTISCOPE (por Joseph Plateau) ou o ZOOTROPE (por George Horner). Estes são três dos mais importantes brinquedos óticos que no início do último quarto do século XIX levaram Émile Reynaud a criar o PRAXINOSCOPE, muito idêntico ao Zootrope, mas com a diferença das imagens animadas se verem projetadas em pequenos espelhos e não espreitando pelas fendas abertas num tambor, como acontece no Zootrope.

1. Flipbook

Criado em 1868 por John Barns Linnet os flip-books são pequenos livros “animados”.

Em Várias páginas, normalmente entre 25 a 50 folhas com o formato de mais ou menos 5×12 cm, são criadas uma sequencia de desenho e ao pegar esse livro ou caderno com o polegar, e saltar as folhas em uma velocidade constante, um pequeno desenho animado é gerado, sendo quase imperceptível ao olho fazer a “divisão” dos desenhos, assimilando-os como uma sequência de imagens continuas.

Exemplo de flipbook

2. Folioscópio

Este brinquedo é bastante semelhante ao anterior, apenas diferindo na forma. Em uma folha de mais ou menos 20 x 8 cm, desdobramo-la ao meio, e, na segunda metade da folha faz-ses um simples desenho.Ao enrolar e desenrolar sobre a segunda folha, obtemos uma ilusão de movimento.

A passagem de um desenho para outro, é anulada pela persistência da imagem na retina. A semelhança destes dois desenhos permite-nos identificá-los como sendo o mesmo. As suas diferenças são interpretadas como sendo o movimento

Inventado por Willian Fitton em 1825, O aparelho era um disco de papelão onde em um lado havia o desenho de uma gaiola e no outro o de um passarinho. Ao fazê-lo rodar sobre um fio esticado, as duas imagens fundiam-se dando a impressão de que o pássaro estava dentro da gaiola.

Este brinquedo é bastante semelhante ao anterior, apenas diferindo na forma. Em uma folha de mais ou menos 20 x 8 cm, desdobramo-la ao meio, e, na segunda metade da folha faz-ses um simples desenho.Ao enrolar e desenrolar sobre a segunda folha, obtemos uma ilusão de movimento.

A passagem de um desenho para outro, é anulada pela persistência da imagem na retina. A semelhança destes dois desenhos permite-nos identificá-los como sendo o mesmo. As suas diferenças são interpretadas como sendo o movimento.

Folioscópio

Folioscópios criados pelos meus alunos OMB 12.6 (2014(15), disponíveis na lista de reprodução:

https://www.youtube.com/playlist?list=PLy-0kr7V3YTmvMNDG3Tq_iOQlkA4xNY0K

3. Taumatropo

Inventado por Willian Fitton em 1825, O aparelho era um disco de papelão onde em um lado havia o desenho de uma gaiola e no outro o de um passarinho. Ao fazê-lo rodar sobre um fio esticado, as duas imagens fundiam-se dando a impressão de que o pássaro estava dentro da gaiola.

Taumatropo

Alguns exemplos: www.minieco.co.uk/diy-thaumatropes/ e thebroodinghen.blogspot.co.uk/2011/02/kissing-thaumatrope.html

Mais sobre o taumatropo: Ver PDF em anexo.

4. Fenaquistoscópio

O Fenaquistoscópio consiste num disco preso pelo centro com um arame ou uma agulha grossa de forma a poder-se fazê-lo girar rapidamente. Nas extremidades do disco, e entre as ranhuras, eram desenhadas 16 figuras em posições diferentes, mas sequenciais. O observador só tinha de segurar o disco em frente a um espelho com as imagens voltadas para este. Olhando através das ranhuras e girando o disco, as figuras adquirem movimento, era então possível obter uma sequência de imagens animadas.

Este aparelho foi inventado e m 1832, pelo físico belga Joseph Antoine Plateau, que se inspirou nos trabalhos desenvolvidos por Peter Mark Roget e Michael Faraday. Plateau foi o primeiro a medir o tempo da persistência retiniana, e a reconhecer que o olho e o cérebro necessitavam de um período de descanso entre as imagens, e percebeu que existia um número ótimo de imagens por segundo para produzir uma imagem animada, determinando que eram necessárias 16 imagens.

5. Zootropo

O Zootropo ou Daedalum descreve-se como sendo um cilindro oco tendo rasgadas nas bordas superiores um certo número de fendas espaçadas regularmente uma das outras. Qualquer desenho colocado no interior dos intervalos situados entre as fendas é visível através das fendas opostas. Se esses desenhos reproduzem as fases sucessivas de uma ação obtém-se, fazendo girar o cilindro, o mesmo efeito de movimento que se observa com o Fenaquistiscópio e/ou Estroboscópio, não havendo a necessidade de colar o olho ao aparelho, já que quando gira parece transparente e várias pessoas podem simultaneamente admirar o fenómeno.

O Daedalum foi rapidamente comercializado e passou-se a denominar de Zootroscópio. Forneciam-se com o aparelho coleções de fitas com desenhos que se colocavam e se substituíam na face interior do cilindro. Inventado em 1834 por William George Horner, partindo dos estudos de Simon Stampfer, trata-se de mais um dos brinquedos ópticos que permite visionar um movimento contínuo ou em ação cíclica.

Esta versão permite "mexer" em cada boneco e criar animações personalizadas:

6. Praxinoscópio

Inventado pelo francês Émile Reynaud (1877), este brinquedo óptico surgiu do aperfeiçoamento do zootropo.

A diferença significativa é que no praxinoscópio, o visionamento das “tiras animadas” não se faz espreitando pelas ranhuras do aparelho mas sim pela sua projecção num espelho circular colocado no interior do “tambor”.

Sua construção é mais apurada. No entanto, terá a vantagem de não cansar tanto a vista e de haver uma desfocagem menor do que é representado em animação.

A multiplicação das figuras desenhadas e a adaptação de uma lanterna de projeção possibilitam a realização de truques que dão a ilusão de movimento.

Praxinoscópio

7. Fuzil fotográfico

Conhecido também como fuzil cronofotográfico. Foi desenvolvido em 1878 pelo fisiologista francês Étienne-Jules Marey. Era um tambor forrado por dentro com uma chapa fotográfica circular. Este instrumento era capaz de produzir 12 frames consecutivos por segundo, sendo que todos os frames ficavam registrados na mesma imagem.

Os seus estudos baseiam-se na experiência desenvolvida, em 1872, pelo inglês Edward Muybridge, pai do cinema de animação (stop-motion), que decompõe o movimento do galope de um cavalo.

Edward Muybridge instalou 24 máquinas fotográficas em intervalos regulares ao longo da pista de corrida e liga a cada máquina fios que atravessam a pista. Com a passagem do cavalo, os fios são cortados, desencadeando o disparo sucessivo dos obturadores, que produzem as 24 imagens em sucessão:

(Clique para ver o GIF animado em movimento)

Ver "Historia do Cinema de Animação" (Stop-motion) (EN): https://youtu.be/ospbRx_n8TQ

Fuzil Fotográfico

8. Cinetoscópio

O Cinetoscópio é um instrumento de projecção interna de filmes inventado por William Kennedy Laurie Dickson, chefe engenheiro da Edison Laboratories de Thomas Edison, em 1889, e patenteado por Edson em 1891. É um sistema de engrenagem para uma tira de 15m de película de celulóide e permitia a observação através de um furo (as imagens só podem ser vistas por um espectador de cada vez). Foi o precursor de todos os aparelhos de filmagem e a largura de seu filme, de 35mm, passou a ser considerada internacionalmente.

Cinetoscópio

9. Fantasmagorias

Termo de origem francesa (fantasmagorie, a arte de criação de ilusões de óptica), que diz respeito ao conjunto de imagens bizarras que são entrevistas como se de um sonho se tratasse.

Por analogia, podemos dizer que uma cena que muda constantemente de local de acção, por exemplo, é uma fantasmagoria ou caleidoscópio, de que pode ser sinónimo. Um dos mais completos exemplos de fantasmagorias é o de Quevedo em Los sueños (1627). Lewis Carrol também nos deixou o longo poema Phantasmagoria (1869), que abre de forma fantástica, criando a atmosfera necessária à entrada em cena de fantasmas e espíritos.

A técnica aplica-se da mesma forma ao cinema, por exemplo, em The Adventures of Baron Munchausen (1989), de Terry Gilliam.

Retirado do blog: precinema.wordpress.com em out2013

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Em Portugal na Cinanima: http://sites.aebenfica.org/apontamentos-tic/animacao/mala

No site "Optical Toys": www.opticaltoys.com

No Reino Unido: www.grand-illusions.com/acatalog/Optical_Toys.html