O que é?
Como aplicar?
Quando usar?
As entrevistas podem ser estruturadas e seguir um roteiro de perguntas, ou relativamente desestruturadas, permitindo desvios flexíveis em um formato conversacional (HANINGTON e MARTIN, 2012). Pode-se também definir tipos de entrevistas considerando os tipos de públicos-alvo.
A entrevista é uma técnica que procura, em uma conversa com o entrevistado, obter informações através de perguntas (VIANNA et al., 2012). Elas são conduzidas pessoalmente para que características de expressão pessoal e linguagem corporal sejam percebidas na conversação, mas elas podem ser conduzidas remotamente por telefone ou usando mídias sociais (HANINGTON e MARTIN, 2012).
Geralmente, deve-se ir ao encontro do entrevistado em sua casa, trabalho ou outro ambiente relacionado ao tema do projeto, e conversar sobre assuntos relevantes seguindo um protocolo predeterminado que pode ser flexibilizado em função da conversa (VIANNA et al., 2012). As entrevistas com stakeholders se concentram em informações de papeis específicos ou pessoas que podem ter um interesse adquirido em um assunto específico (HANINGTON e MARTIN, 2012). As entrevistas podem ser realizadas individualmente, em casais ou com grupos estratégicos.
As entrevistas em pares ou em grupos são eficientes e muitas vezes fornecem uma conversa mais natural, com participantes lembrando ou desafiando uns aos outros sobre detalhes e histórico (HANINGTON e MARTIN, 2012), ressaltando apenas que se deve ter o cuidado de moderar a influência que uma pessoa pode ter sobre a outra.
A partir dos dados das entrevistas, perspectivas de um todo serão percebidas, sendo possível identificar polaridades que auxiliarão no desenvolvimento de Personas, fornecendo insumos para a geração de ideias (VIANNA et al., 2012).
Veja este vídeo para complementar mais os conceitos explicados aqui:
Categoria
- Coleta de dados
Contras
- Sua execução pode ser demasiadamente demorada, dependendo da duração de cada entrevista e da quantidade usuários
- Se a entrevista não conter as perguntas adequadas, ela pode não ser tão útil quando poderia ser
- Há a possibilidade de o usuário entrevistado não estar em um bom dia para responder perguntas, interferindo no resultado final
- A forma de o entrevistador realizar as perguntas ao entrevistado por induzir as respostas
Prós
- É um momento que se tem a oportunidade de extrair informações e percepções importantes dos usuários quando a entrevista é bem feita
Entrevistas são particularmente úteis quando se deseja obter a história por trás das experiências de vida do entrevistado (VIANNA et al., 2012). As perguntas feitas durante as entrevistas variam dependendo da natureza do que se quer perguntar (HANINGTON e MARTIN, 2012). Se a entrevista for elaborada para fins exploratórios, o formato não estruturado e os desvios flexíveis são uma boa pedida. No entanto, se a entrevista for elaborada para fins mais rigorosos onde a consistência entre as sessões é necessária, as perguntas devem ser lidas exatamente como estão escritas por cada entrevistador, para evitar interferências ou interpretações alteradas do entrevistador ao entrevistado (HANINGTON e MARTIN, 2012).
Através das entrevistas é possível expandir o entendimento sobre comportamentos sociais, descobrir as exceções à regra, mapear casos extremos, suas origens e consequências (VIANNA et al., 2012).
Exemplo
Para exemplificar, veja a imagem a abaixo retirada do Portal do Professor do Ministério da Educação e Cultura. A imagem mostra um roteiro de uma Entrevista com o tema "Conhecendo meu colega de classe". Observe que, apesar de ser um exemplo simples, todas as perguntas giram em torno do tema da entrevista. Este exemplo faz parte de uma atividade de classe a ser realizada em dupla, cujo objetivo de cada um é conhecer seu colega.
Referências
- Hanington, B., & Martin, B. (2012). Universal methods of design: 100 ways to research complex problems, develop innovative ideas, and design effective solutions. Rockport Publishers.
- Vianna, Mauricio; Vianna, Ysmar; Adler, Isabel; Lucena, Brenda; Russo, Beatriz. Design Thinking: inovação em negócios. Rio de Janeiro: MJV Press, 2012